— Você está bem? — Edward perguntou olhando Rebecca, que estava distraída com a paisagem fora da janela do carro.— Huh? Estou sim. — Sorriu colocando a mão em cima de sua coxa, apertando-a de leve. — Estou apenas preocupada com tudo isso. — Ao ouvir Edward bufar, um pequeno risinho saiu dos lábios da loira. — É inevitável, temos diversas diferenças, seja idade ou status social, e ainda tem algo que não estou pronta para contar… Tem a sua mãe e tudo mais, precisamos ir com calma.— Minha mãe, eu mesmo lido, não precisa se preocupar com ela. — Edward estacionou o carro na garagem e a encarou. — Idade, condição, tudo isso é bobeira, coisa da sua cabeça, não precisa se preocupar, são apenas três anos de diferença, Becca…Rebecca respirou fundo e concordou com a cabeça sentindo o peito ficar pesado, sabia que deveria ser sincera com o mesmo, mas não sabia até onde iriam.— Antes de começar a trabalhar com você, eu havia prometido para minha amiga que não me apaixonaria. — Ambos riram da s
Edward acordou sentindo o peso no seu peito. Ao abrir os olhos deu de cara com Rebecca ainda dormindo abraçada em seu corpo. Achou aquilo extremamente fofo e tirou uma foto colocando como papel de parede do celular. Céus, nem sequer tinham um relacionamento e ele já estava totalmente rendido por ela. O celular da mesma começou a apitar e com medo que a acordasse, pegou o celular e desligou o alarme.Antes de devolver o celular na mesinha, sua atenção foi capturada para as mensagens de alguém a chamando para sair. “Podemos nos encontrar no lugar de sempre na hora do seu almoço? Gostaria de conversar”. Edward sentiu uma fisgada de ciúmes. Deixou o celular na mesinha e se levantou com delicadeza. Nem sequer tinham algo sério e ele estava queimando em ciúmes.Caminhou diretamente para o banheiro a fim de tomar um banho para esquecer o ciúme. Não tinha aquele direito. Ficou um tempo embaixo da água quente quando ouviu batidas na porta.— Edward? — Rebecca o chamou preguiçosamente. — Irei
Rebecca e Arthur estavam conversando acaloradamente quando Edward mandou uma mensagem perguntando onde ela estava e se iria demorar. Rebecca suspirou pesadamente tirando a carteira da bolsa. — Preciso voltar para o trabalho. — Arthur levantou a mão parando a mesma. — Não precisa pagar, eu pago. Vai lá, seu chefe deve estar te esperando. — Arthur sorriu vendo Rebecca ficar levemente brava. — Da próxima você paga, tudo bem? Só vai lá, antes que ele comece a te ligar. Rebecca concordou, mesmo estando um pouco relutante, assim que saiu viu Arthur ficar sombrio enquanto olhava para o celular. Estava dividida, não sabia se deveria ir até o seu chefe ou se deveria entrar na lanchonete novamente e perguntar se ele estava bem. No fundo, sentia que ele precisava desabafar, mas não conseguia. Toda vez que chegava ao ponto de contar o que tanto lhe afligia, sua atenção era desviada para outra coisa. Ele só não queria ter que reviver os mortos naquele momento. Rebecca caminhou até a sala do ch
— Becca? — Edward a chamou pela casa toda, mas não a estava encontrando. Ele sentiu um nó na garganta ao imaginar o quanto a magoara com aquelas palavras impensadas. Estava arrependido, mas precisava ter dito, sua mãe nunca aceitaria esse relacionamento, e enquanto ele não se tornasse mais poderoso financeiramente, nunca conseguiria a proteger. Enquanto a Vintage fosse a maior empresa do país, Phoenix nunca chegaria aos pés de bater contra ela. Sua intenção com aquela parceria era realmente poder alavancar a empresa e criar uma fortaleza capaz de proteger Rebecca de tudo o que pudesse acontecer. Tinha revirado todos os cômodos da casa procurando pela sua secretária, mas não a encontrava de forma alguma. Seu coração se apertou de angústia, e ele começou a temer o pior. Sentiu um arrepio percorrer sua espinha enquanto imaginava que Rebecca poderia tê-lo abandonado para sempre, acreditando que ele realmente não a queria. Ele a procurou em todos os lugares que pôde pensar, ligou para
Edward estava em seu quarto quando sua mãe ligou para ele. Sinceramente, não queria ter que atender, e não o fez. — Finalmente me atendeu! — Soltou uma risada. — Preciso que venha aqui para casa, tenho novidades! Estou eufórica e preciso contar a novidade, seu irmão também está aqui. Era a décima ligação quando Edward finalmente se deu por vencido e atendeu, sua mãe parecia animada, o que causou certa estranheza para o mesmo. — Não estou muito a fim de sair de casa. — Revirou os olhos soltando um longo suspiro, não passava das 19 horas. — Seja lá qual é a novidade, acredito que possa me contar pelo telefone. — Não! Preciso que veja com seus próprios olhos, é sobre Arthur. — Elizabeth disse de forma autoritária. — É bom comparecer, o jantar será em meia hora, te espero. Elizabeth desligou na cara de Edward, o fazendo ficar irritado. Não queria, mas era sobre o seu irmão, e ele precisava saber o que estava acontecendo. Seu peito pesou em culpa, sentia o cheiro da comida sendo prepa
Edward entrava no grande salão ansioso e nervoso, veria a ex cunhada e o irmão, sabia que o irmão ainda estava na cadeira de rodas, e isso o fazia se sentir culpado. Culpado por roubar cinco anos da vida do irmão e ter sido um dos motivos para o término do noivado do irmão. Involuntariamente segurou a mão de Rebecca com força e respirou fundo, esquecendo completamente dos repórteres e conhecidos na festa. Céus! Rebecca arregalou os olhos e tentou se soltar, sabia que estavam em público e que aquilo poderia ser algo negativo para Edward, fofocas em todos os lados e a sua mãe a retalhando. — Edward, acho melhor soltar minha mão. — Cochichou e logo tentou se soltar novamente. — Por favor, eu preciso desse emprego, se sua mãe vê você tão próximo a mim dessa forma ela pode surtar, sabemos que ela não está nada contente com o fato de eu não ter assinado o contrato. — Desculpa, estou nervoso. — Riu sem graça soltando a mão da loira enquanto respirava fundo. — Não estou nem um pouco cont
Quando a música acabou voltaram aos seus lugares, Edward se sentou ao lado de Rebecca emburrado, Victoria mantinha uma expressão de curiosidade, já Elizabeth estava séria e ficou ainda mais séria quando Arthur se sentou ao lado de Rebecca. Eles se conheciam desde quando? Ela seria a moça da cafeteria com quem tinha visto o filho na semana passada? Quando pensou em abrir a boca para perguntar qualquer coisa, o celular da loira vibrou e a mesma ficou tensa. — Desculpem, preciso atender, pode ser importante. — Rebecca se levantou um pouco inquieta, mas parou quando Edward segurou seu pulso. — Você não veio a trabalho, não precisa atender. Eu pedi para que ninguém ligasse para você. — Edward disse lentamente. — Desculpem, é uma ligação pessoal, eu preciso atender. — Arthur viu a mesma tensa e ficou da mesma forma, então esticou o braço e segurou o pulso do irmão para que o mesmo a soltasse, imaginando que pudesse ser relacionado a Tom. — S-só um momento, voltarei logo. — Vocês se con
— Vocês já se conheciam? — Edward perguntou baixo enquanto caminhavam até o estacionamento do hospital. — Sim, mas eu não sabia que ela era sua secretária e ela muito menos que eu era seu irmão. — Arthur suspirou colocando as mãos em seus bolsos. — Vocês parecem próximos. — Olhou o irmão de canto de olho esperando que o irmão negasse. — De certa forma. — Riu consigo mesmo, lembrando dos breves momentos que havia tido com a loira. — Ela foi a única que me deu a mão quando eu estava sozinho, a única que não me olhou com pena e que não me abandonou. — Você nunca foi abandonado. — Edward o encarou de forma séria. — Você me abandonou quando eu mais precisava. — Arthur o encarou com a expressão magoada. — Quando eu mais precisei, você se fechou em uma bolha de culpa e se afastou, você me largou, assim como Victoria. — Arthur… — Edward sentiu o peito despedaçar-se, sabia que ele tinha razão e sabia que estava fazendo aquelas perguntas por puro ciume. — Acho que ela irá te contar agora