Como tinha sido previsto, não tardou muito para a senhora GreenWood entrar em contato com Clifford. Um mês havia se passado e nada de tão sério e estranho havia acontecido, as expectativas da mulher estavam altas para essa nova secretária. Rebecca estava nervosa, não por estar perdendo dinheiro ou por ter que enfrentar a mulher em si, mas sim por medo do que isso poderia resultar mais futuramente no relacionamento de mãe e filho dos GreenWood. Um suspiro saiu de seus lábios enquanto estava distraída, o alarme no celular a despertou do seu devaneio e então ela se levantou, pegou a bolsa e o casaco e caminhou até a sala do chefe para avisar que iria se encontrar com a mãe dele. — Certo. — Edward juntou as mãos e apoiou a cabeça nelas e então encarou a loira. — Por favor, não deixe que minha mãe lhe insulte, conheço a figura... Tenho medo que ela xingue até sua quarta geração. — Deu um leve riso se levantando e caminhando até a mesma. — Qualquer coisa, peça para que ela venha diretamen
Rebecca estava sentada na mesa do café tomando seu chá-preto enquanto olhava para as pessoas que passavam pelo lugar de forma distraída. Mal percebeu quando uma mão se aproximou e tocou seu braço a tirando de seus pensamentos. – Huh? – Olhou para o lado vendo o homem de olhos cinzas segurando um café gelado. – O moço gentil. – Posso fazer companhia? – Arthur sorriu gentilmente recebendo apenas um aceno, estranhou um pouco o silêncio da loira. – Aconteceu algo com seu filho? Parece distraída. – Não, graças a Deus ele está bem. – Sorriu levemente colocando a mão sobre a bochecha e só então o GreenWood mais velho viu a vermelhidão. – Está tudo bem? Sua bochecha... – Esticou o braço, mas Rebecca segurou sua mão e a afastou suspirando. – Uma alergia, acho que a maquiagem que usei me deu reação. – Disse por fim, então mudou a expressão facial para algo mais leve e gentil tentando fazer com que o homem à sua frente esquecesse aquilo, mas Arthur percebeu um leve arranhão, era quase um co
Edward estava em seu quarto lendo alguns relatórios enquanto Rebecca preparava a janta. O caçula dos GreenWood se sentia estranho pelo silêncio da mais velha, sabia que algo não tinha dado certo no almoço, mas Rebecca não falaria de jeito nenhum e ele sabia daquilo, também não a forçaria a dizer nada. Além disso, ela mal estava olhando em seus olhos, sentia medo que sua mãe tivesse a assustado tanto, a ameaçado ao ponto dela talvez ter aceitado o contrato, ou até mesmo estar pensando em renunciar ao cargo Edward recebeu uma ligação do motorista de sua mãe e franziu o cenho achando aquilo fora do comum, mas levantou-se e foi para a varanda do seu quarto atender. – Rogers, aconteceu alguma coisa? – Edward disse assim que atendeu. – Arthur está bem? – Boa noite, Senhor GreenWood. – Rogers o cumprimentou e deu um suspiro. – Eu sei que não deveria me meter nos assuntos da sua família, mas achei muito errado o que aconteceu hoje no restaurante no horário do almoço, então achei melhor con
Edward observava cada movimento de Rebecca enquanto a mesma parecia distraída em meio a pensamentos nas últimas três semanas. A expressão dela variava entre cansaço e irritação. O cenho franzido deixava claro o seu estado de humor. Desde toda a situação com a Senhora GreenWood eles tinham se aproximado mais, mas Rebecca sempre o afastava e o tratava de forma diferente quando alguém passava por perto. Sabia que a mesma só estava sendo cautelosa para que nenhum rumor fosse desnecessariamente criado e chegasse aos ouvidos da mãe do mesmo, mas ainda se sentia incomodado com aquelas mudanças repentinas de atitudes. Edward levantou e saiu da sua sala indo em direção a assistente e pegou os documentos de sua mão, a deixando confusa e séria pela atitude. Sabia que a mesma não estava se alimentando direito e estava se afundando em trabalho nas últimas semanas, apesar de estar tudo bem, ainda se negava a aceitar ela se cansando daquela maneira. — Vá almoçar, seu rosto irá criar rugas mais ce
— Becca. — Edward disse com a voz baixa quando viu a secretária saindo da sua sala. — Precisamos conversar. Rebecca franziu o cenho, mas não negou, afinal precisavam impor alguns limites e também conversar sobre o evento da empresa da senhora GreenWood, era mais fácil fingir que nada de estranho estava acontecendo e encarar essas coisas de forma adulta. Então apenas o seguiu para dentro e se sentou no sofá do escritório esperando sobre a conversa. — Por favor, Edward, não me chame de Becca na empresa, esse lugar tem olhos e ouvidos em todos os lugares. — Suspirou pesadamente juntando as mãos. — Você ouviu os boatos que estão rolando, sei que na Phoenix não tem nenhuma regra onde diga que funcionários não podem se relacionar, mas eu sou uma funcionária qualquer, não você. — Olhou o mais novo que formava um biquinho nos lábios como uma criança sendo repreendida. — Não faça esse biquinho Edward, você não é uma criança, deixe de teimosia, não é porque somos amigos e você é chefe da empre
— Você está bem? — Edward perguntou olhando Rebecca, que estava distraída com a paisagem fora da janela do carro.— Huh? Estou sim. — Sorriu colocando a mão em cima de sua coxa, apertando-a de leve. — Estou apenas preocupada com tudo isso. — Ao ouvir Edward bufar, um pequeno risinho saiu dos lábios da loira. — É inevitável, temos diversas diferenças, seja idade ou status social, e ainda tem algo que não estou pronta para contar… Tem a sua mãe e tudo mais, precisamos ir com calma.— Minha mãe, eu mesmo lido, não precisa se preocupar com ela. — Edward estacionou o carro na garagem e a encarou. — Idade, condição, tudo isso é bobeira, coisa da sua cabeça, não precisa se preocupar, são apenas três anos de diferença, Becca…Rebecca respirou fundo e concordou com a cabeça sentindo o peito ficar pesado, sabia que deveria ser sincera com o mesmo, mas não sabia até onde iriam.— Antes de começar a trabalhar com você, eu havia prometido para minha amiga que não me apaixonaria. — Ambos riram da s
Edward acordou sentindo o peso no seu peito. Ao abrir os olhos deu de cara com Rebecca ainda dormindo abraçada em seu corpo. Achou aquilo extremamente fofo e tirou uma foto colocando como papel de parede do celular. Céus, nem sequer tinham um relacionamento e ele já estava totalmente rendido por ela. O celular da mesma começou a apitar e com medo que a acordasse, pegou o celular e desligou o alarme.Antes de devolver o celular na mesinha, sua atenção foi capturada para as mensagens de alguém a chamando para sair. “Podemos nos encontrar no lugar de sempre na hora do seu almoço? Gostaria de conversar”. Edward sentiu uma fisgada de ciúmes. Deixou o celular na mesinha e se levantou com delicadeza. Nem sequer tinham algo sério e ele estava queimando em ciúmes.Caminhou diretamente para o banheiro a fim de tomar um banho para esquecer o ciúme. Não tinha aquele direito. Ficou um tempo embaixo da água quente quando ouviu batidas na porta.— Edward? — Rebecca o chamou preguiçosamente. — Irei
Rebecca e Arthur estavam conversando acaloradamente quando Edward mandou uma mensagem perguntando onde ela estava e se iria demorar. Rebecca suspirou pesadamente tirando a carteira da bolsa. — Preciso voltar para o trabalho. — Arthur levantou a mão parando a mesma. — Não precisa pagar, eu pago. Vai lá, seu chefe deve estar te esperando. — Arthur sorriu vendo Rebecca ficar levemente brava. — Da próxima você paga, tudo bem? Só vai lá, antes que ele comece a te ligar. Rebecca concordou, mesmo estando um pouco relutante, assim que saiu viu Arthur ficar sombrio enquanto olhava para o celular. Estava dividida, não sabia se deveria ir até o seu chefe ou se deveria entrar na lanchonete novamente e perguntar se ele estava bem. No fundo, sentia que ele precisava desabafar, mas não conseguia. Toda vez que chegava ao ponto de contar o que tanto lhe afligia, sua atenção era desviada para outra coisa. Ele só não queria ter que reviver os mortos naquele momento. Rebecca caminhou até a sala do ch