Comentem bastante e curte aí. Em breve vem mais...
Amanheci como se houvesse pássaros me acordando, ao invés do trim-trim insistente do meu despertador. Fiz todas as coisas necessárias pela manhã e saí em direção ao metrô, carregando minha bolsa que a cada dia rasgava em mais um lugar. O metrô estava lotado, o barulho de vozes era insuportável. Pus os fones de ouvido e fui escutando minhas áudio-aulas, já me preparando para a apresentação que eu teria que fazer mais tarde, na faculdade. Entretanto, um riso sempre me escapava, quando minha mente me traía e me levava ao dia de ontem. Não entendo como apenas um passeio tenha me levado a esquecer os momentos quentes que vivi na minha “outra vida”.Além de ontem, eu estava feliz porque também iniciaria meu estágio na fábrica da J’Passión. Aquela era a minha etapa final do curso e, também, uma parte crucial para minha aprovação e formatura. Eu tinha um projeto e, se ele desse certo, formar-me-ia com as honras da turma.Amanda já estava na porta, no entanto, estava numa discussão visível com
— Bom dia! — Ethan saúda. Seu tom de voz mais áspero que o de costume liga em todos o sinal de alerta. — Essa reunião de emergência foi solicitada porque a notícia não é nada boa. Tivemos mais um vazamento de dados da nossa campanha do perfume, onde a concorrência recebeu e sequer se deu ao trabalho de mudar alguma coisa. Desde a embalagem, ao nome, são iguais. Claro, não sabemos quanto ao aroma do produto, contudo, as notas que o compõem são exatamente iguais. — Ele discorre, direto, sem rodeios.A sala vira uma zona logo após. Um milhão de perguntas são colocadas ao mesmo tempo, e é quando a senhora Bettany interpõe, colocando ordem.— Senhoras e senhores, silêncio! — Ela pede. — A pergunta principal aqui é: o que vamos fazer? E nós convocamos os senhores para que possam nos ajudar nisso. Nos dar ideias do que podemos fazer para reverter o quadro, uma vez que a data de lançamento já foi divulgada. — A Sra. Johnson complementa.— Uma nova campanha, uma mudança na embalagem? — Felipe
A sensação de ter sido rejeitada não sai da minha garganta e prendo a vontade de chorar. Amanda não estava em sua mesa e dou graças a Deus, ou eu não seguraria as lágrimas. Assim que me sento no assento do metrô, elas explodem dos meus olhos. É claro que eu não deveria me sentir assim, até porque eu não deveria ter deixado esse beijo acontecer e me envolver com o Ethan, não sendo eu uma prostituta aos fins de semana. E não sei se a dor é por me sentir rejeitada ou por saber que ele tem uma pessoa, que definitivamente não sou eu, muito mais digna e merecedora. É como se minhas chances de ser feliz estivessem sendo jogadas fora. Talvez eu tenha traçado um plano para quando eu pagasse o Brenner. Eu sairia da boate e me jogaria sem pudor nos braços do meu chefe. Me entregaria a uma paixão que achei que estava começando entre nós. Quando adentrei em casa, Diana logo notou meu estado, a abracei sem delongas, sentadas no sofá e soltei todo o choro que queria. Assim que me acalmei, contei to
— Como você está? — Amanda perguntou-me assim que nos encontramos na chegada do prédio da J’P. Havia contado para ela por mensagem todo meu dilema com o Ethan. — Bem. Acho que foi melhor assim, saber que ele tem alguém, e ele saber que eu “tenho” também, é a coisa certa. — Respondo, colocando o tenho num gesto de aspas, referindo-me ao Mark, claro. — Pode até ser, amiga. Essa é a resposta que você deve dar a si mesma, não para mim. Como está sendo olhar aquela boca, saber seu gosto e não poder repetir? — Ela pergunta e começo a rir. — Ai, Alice, conta aí. Ele tem pegada? O beijo é tão bom quanto a bunda? Começo a rir alto. Amanda não tem filtro, eu adoro que ela faça o possível para me ver sorrir sempre que me vê triste. — Ah, amiga, eu diria que é a oitava maravilha. Essa é a parte que mais dói, saber que nunca mais eu terei aqueles lábios nos meus. — Digo, ainda sorrindo. — Alice, nunca é uma palavra carregada de reticências. Eu diria que é uma razão variável. Tem nuncas que dur
Fui embora com o corpo meio bambo, sem dúvidas o Mark era um homem experiente na cama. Ele era delicado quando convinha, mas não era nada sutil em outros. Seja nas palavras cruas, sempre direto e sem meios-termos, fosse na maneira como me agarrava em seus braços. Tínhamos uma química perfeita, uma sintonia bacana e talvez, se eu não estivesse tão envolvida com meu chefe, eu me apaixonasse por ele.Por diversas vezes eu sentia como se Mark e eu já nos conhecêssemos. Parecia existir nele algo de familiar e isso me deixava muito a vontade ao seu lado. A vontade até demais. Tanto que estou convencida de que não esperarei mais para me entregar a ele.Hoje é sábado, minha correria em casa já havia começado e minha rotina pesada estava cobrando seu preço. Tive vontade de mexer no dinheiro do Brenner e pagar uma diarista para faxinar a casa, pois realmente estava cada vez mais pesado para mim.Deu a hora de ir para a boate e eu ainda não estava pronta, porque me atrasei com o preparo da comid
Mark volta a me beijar, de uma maneira muito mais faminta que antes. Seu beijo recai para meu pescoço, seios, abdômen. A sensação é maravilhosa e sinto meu clítoris dar pequenos impulsos, o tesão me tomando. Ele volta a sugar meu mamilo, sua mão desce para minha intimidade, ele acaricia meu botão e quando começo a arquear meu corpo, buscando atrito, ele introduz seu membro. Ele vai devagar, mas meu corpo sente a estranheza. Um mistura de dor e prazer deliciosa. Ele faz movimentos de vai e vem, lentos, cada vez que entra ele empurra aquela barreira e volta, me dando tempo de me recompor e não sentir tanta dor, apenas ficar cada vez mais lubrificada. É gostoso demais ser preenchida. Me perco nas sensações, que não sinto tanto quando ele finalmente rompe o limite, e me invade completamente. Incomoda, é claro, ele é grosso, longo, mas assim como me prometeu, age delicadamente e depois de um tempo parado, volta a se mexer dentro de mim.— Porra, Ann. Você é gostosa demais! — Ele solta.Sua
frente um para o outro. — Bom dia! Está passando mal, Alice? Está pálida. Anemia? — Ele lança uma piadinha. Seu risinho de deboche não deixa sua cara. — Talvez eu tenha me assustado com sua aparição. Tem dormido bem? — Devolvo. Vejo a boca de riso do Ethan, e trocamos um olhar cúmplice. Mário entra e se senta na sala de Ethan, sem ser convidado. — A que devo a honra de sua visita, Mário? — Ouço meu chefe perguntar, adentrando sua sala. — Vai mesmo lançar esse novo perfume? — O antigo CEO pergunta. Ethan permanece mudo olhando para ele bem sério. — Ainda dá tempo de parar com essa loucura e mudar apenas a embalagem da nossa fragrância nova. — E sermos alcançados por plágio, Mário? Achei que tivesse ideias melhores. — Resmunga. Ele se ajeita na cadeira. — Sua secretária não pensou em nada? Ela costumava tomar as rédeas da empresa. Ou você tem dominado a indisciplinada? — Ele insinua e Ethan respira fundo. — O que quer dizer com esse comentário, Mário? — O homem sorri, erguendo as
Seguimos em silêncio até o carro. Eu com minha bolsa escorada nos ombros e alguns cadernos nos braços. Ethan seguiu mais a frente, não sem antes se oferecer diversas vezes para levar meus livros. Adentramos o veículo e ele deu partida.— Você e o Kevin se entendem muito bem, não? — Ele quebrou o silêncio e senti o tom de antipatia ao proferir o nome do meu colega. — Agora que está solteira, creio que ele não perderá muito tempo até lhe chamar pra sair. — Ele diz, parecendo enciumado, eu diria.— Nos entendemos bem, sim. E, é verdade, ele queria me chamar pra sair. — Contei e ele me olhou depressa, seus dedos esmagando o volante. Continuei. — Mas eu o rejeitei, acho que ele entendeu. Não tinha nada sério antes, contudo, realmente não estou disposta agora. — Afirmei. Ele respirou fundo, soltando o ar com calma.— Peço perdão pela minha indelicadeza, eu não tenho que saber de sua vida pessoal. Só que as vezes não consigo segurar minha curiosidade. — Relata.— Está tudo bem, somos amigos,