Mark volta a me beijar, de uma maneira muito mais faminta que antes. Seu beijo recai para meu pescoço, seios, abdômen. A sensação é maravilhosa e sinto meu clítoris dar pequenos impulsos, o tesão me tomando. Ele volta a sugar meu mamilo, sua mão desce para minha intimidade, ele acaricia meu botão e quando começo a arquear meu corpo, buscando atrito, ele introduz seu membro. Ele vai devagar, mas meu corpo sente a estranheza. Um mistura de dor e prazer deliciosa. Ele faz movimentos de vai e vem, lentos, cada vez que entra ele empurra aquela barreira e volta, me dando tempo de me recompor e não sentir tanta dor, apenas ficar cada vez mais lubrificada. É gostoso demais ser preenchida. Me perco nas sensações, que não sinto tanto quando ele finalmente rompe o limite, e me invade completamente. Incomoda, é claro, ele é grosso, longo, mas assim como me prometeu, age delicadamente e depois de um tempo parado, volta a se mexer dentro de mim.— Porra, Ann. Você é gostosa demais! — Ele solta.Sua
frente um para o outro. — Bom dia! Está passando mal, Alice? Está pálida. Anemia? — Ele lança uma piadinha. Seu risinho de deboche não deixa sua cara. — Talvez eu tenha me assustado com sua aparição. Tem dormido bem? — Devolvo. Vejo a boca de riso do Ethan, e trocamos um olhar cúmplice. Mário entra e se senta na sala de Ethan, sem ser convidado. — A que devo a honra de sua visita, Mário? — Ouço meu chefe perguntar, adentrando sua sala. — Vai mesmo lançar esse novo perfume? — O antigo CEO pergunta. Ethan permanece mudo olhando para ele bem sério. — Ainda dá tempo de parar com essa loucura e mudar apenas a embalagem da nossa fragrância nova. — E sermos alcançados por plágio, Mário? Achei que tivesse ideias melhores. — Resmunga. Ele se ajeita na cadeira. — Sua secretária não pensou em nada? Ela costumava tomar as rédeas da empresa. Ou você tem dominado a indisciplinada? — Ele insinua e Ethan respira fundo. — O que quer dizer com esse comentário, Mário? — O homem sorri, erguendo as
Seguimos em silêncio até o carro. Eu com minha bolsa escorada nos ombros e alguns cadernos nos braços. Ethan seguiu mais a frente, não sem antes se oferecer diversas vezes para levar meus livros. Adentramos o veículo e ele deu partida.— Você e o Kevin se entendem muito bem, não? — Ele quebrou o silêncio e senti o tom de antipatia ao proferir o nome do meu colega. — Agora que está solteira, creio que ele não perderá muito tempo até lhe chamar pra sair. — Ele diz, parecendo enciumado, eu diria.— Nos entendemos bem, sim. E, é verdade, ele queria me chamar pra sair. — Contei e ele me olhou depressa, seus dedos esmagando o volante. Continuei. — Mas eu o rejeitei, acho que ele entendeu. Não tinha nada sério antes, contudo, realmente não estou disposta agora. — Afirmei. Ele respirou fundo, soltando o ar com calma.— Peço perdão pela minha indelicadeza, eu não tenho que saber de sua vida pessoal. Só que as vezes não consigo segurar minha curiosidade. — Relata.— Está tudo bem, somos amigos,
Por mais que o rosto cínico de Mário falasse por ele, o mequetrefe adentrou o espaço em silêncio e agiu como se nada tivesse visto. Estranho? Oh! Sim. Muito! Eu sabia que o fato de ele nada ter dito, não tinha qualquer relação com a última bronca que o Ethan havia dado nele. Contudo, não sabia o que esse homem, de fato, estava tramando com seu silêncio.Tudo ficou muito claro na hora do almoço. Eu estava sentada com a Amanda, conversando nossas trivialidades e almoçando, quando a megera da Tereza passou pela porta batendo os saltos no chão, e de punhos cerrados.— Alice! — Parou diante da mesa, levando as mãos até a cintura. — Eu posso saber que história é essa de você estar abraçando o Ethan? Você não tem vergonha na cara? Não se enxerga? — Esbravejou a plenos pulmões.— O quê? — Indaguei sem entender, de verdade, a razão daquele espetáculo vergonhoso. Diversos outros funcionários que estavam presentes ali, pararam de se alimentar para prestar atenção naquela ceninha.— Faça-me o fav
Amanheci ainda pior na segunda. Eu não tinha mesmo condições de ir ao trabalho e, pela primeira vez em toda a vida, liguei para avisar que não iria devido a problemas de saúde. Bem, o RH nunca foi meu amigo, então informou que descontaria as minhas horas não trabalhadas.Minha cabeça estava tão dolorida, que me esqueci completamente de avisar ao meu chefe, de que hoje eu não apareceria, então não foi uma surpresa quando Amanda ligou para a Diana desesperada por notícias.— Lili, a Amanda quer falar com você, querida! — Diana me avisou, passando-me o seu telefone.— Oi, amiga. — Eu disse, com a voz totalmente anasalada.— Alice, o que aconteceu, amiga? O Sr. Ethan está em busca de notícias suas. E você NUNCA se ausenta. — Afirmou, aflita.— Eu estou resfriada, amiga. Com uma mega dor de cabeça, e um chafariz no lugar do nariz. — Respondi, assoando logo em seguida. — Mas não se preocupa, estou tomando chá e remédios, amanhã eu devo estar mais disposta. Avisa ao Ethan para mim. — Pedi. D
Fiquei absolutamente constrangida com a revelação. Ethan sorriu feliz da vida com o fato de que eu estava sendo reconhecida, ou, seja lá qual for o real motivo. O fato era que eu não sabia o que fazer com aquele vazamento de informação. Não achava que era o momento certo para que aquela sede soubesse a origem da criação do aroma.— Como é? — A insuportável da Tereza perguntou, quase saltando da cadeira. — A Alice criou a fragrância?— Sim. Ela é apenas uma estagiária na fábrica, e já possui um perfume à venda. Essa menina tem muito futuro, ela é maravilhosa em tudo. — Dona Betty se rasga em elogios deixando-me ainda mais tímida e, ao mesmo tempo, contente. — Se vocês sentirem, irão ter noção de porque o Ethan apostou nela para substituir o anterior. É um tiro certeiro. — Ela disse. Depois me olhou e alisou meus cabelos.— Não posso acreditar nisso. — Bufou Tereza, de forma baixa, mas não o suficiente para não ser ouvida. — Eu deveria ter suspeitado que ela estivesse envolvida. Por is
A boate estava lotada esta noite. Dava para ver o volume de carros no estacionamento e na rua. Entrei, me vesti com uma roupa toda branca, um vestidinho de renda. A calcinha era fio dental e eu odiava ter que usar aquele tipo de peça enquanto dançava. Incomodava demais. E ainda me fazia sentir mais nua que o normal. Botei meu capuz branco, ajeitando o nariz e os olhos nos buracos. Escolhi uma peruca branca e calcei os saltos, saindo para o salão. Antes de ir para os elevados, rumei para o escritório do Pfeiffer. Andrei, um segurança, estava parado diante da porta.— Preciso conversar com Pfeiffer. — Avisei. Era a primeira vez que era interceptada na porta. O homem fez um gesto me pedindo para aguardar e não demorou muito a Danny sair de sua sala, limpando os cantos da boca cheia de batom vermelho.— Boa sorte, Annie. — Me disse. Ela já sabia que eu iria conversar com ele.Entrei na sala quando Andrei me deu passagem. Ele concertava suas calças quando passei pela porta.— Annie! — Come
Eu e Diana acordamos, sem dúvidas, muito mais animadas que os últimos meses. Não me lembrava de quando foi a última vez em que estive assim, tão leve, quanto me sentia agora.Confesso que demorei a dormir. Minha despedida ontem do Ethan e sua voz rouca em minha orelha, ainda me queimou por longas horas. Só me faziam lembrar de todos os nossos beijos, da química que tínhamos e tudo só me fazia ter mais certeza de que, puxa vida, eu estava muito apaixonada. Carente também, já havia se passado um mês desde que havia perdido minha virgindade e de lá pra cá, nada mais aconteceu. O homem me viciou no pecado e foi embora, me deixando à mercê dos desejos que nutro pelo meu chefe.E, por falar em chefe, a cada vez que passo meu tempo ao lado dele, me sinto mais apegada. É tão fácil conviver com Ethan, é tão natural, que me assusta. Já descobri alguns de seus defeitos, é orgulhoso, possessivo e impiedoso, algumas vezes. Pode ser seu amigo para sempre, mas basta uma decepção e será igualmente et