Capítulo 2
Ela estava extremamente feliz, fazendo da missão de ser uma boa Sra. Cruz a sua carreira de vida.

Durante três anos, apesar de ser constantemente ridicularizada, humilhada e ignorada, se tornando alvo de fofocas diárias por parte dos outros, parecia perfeitamente normal aguardar pelo seu divórcio.

Contudo, ela sempre manteve a firme crença de que não se arrependeria de ter se casado com ele.

Ela acreditava que se tornaria uma esposa competente, demonstraria com o tempo que a escolha dele foi assertiva, e faria com que ele a percebesse e também se apaixonasse por ela.

No entanto, naquele momento, sua confiança e determinação pareciam estar prestes a ruir.

Rafael estava no palco, com uma expressão serena e distante, olhando ao redor, e imediatamente o recinto se silenciou:

- Agradeço a todos que reservaram um momento de suas agendas lotadas para celebrar o aniversário de dois anos do meu filho, Caio Cruz. As fotos de hoje foram mal interpretadas pela mídia. - Rafael fez uma pausa e prosseguiu. - Para evitar qualquer prejuízo ao meu filho, quero declarar oficialmente que ele é o filho do nosso casal.

Sarah ouvia suas palavras, se sentindo incrivelmente chocada, seu rosto endureceu e adotou uma expressão terrível ao levantar os olhos para olhá-lo, pálida como um fantasma.

Os jornalistas ainda não haviam se retirado da porta.

As palavras de Rafael naturalmente foram ouvidas claramente do lado de fora.

Ela acabava de negar veementemente qualquer relação entre Rafael e a criança diante da mídia.

E agora, Rafael estava confirmando que o filho era dele?

Isso claramente indicava que a criança era de sua autoria, mas Sarah não tinha nenhum vínculo com isso.

Se sentiu como se tivesse recebido um tapa em público, uma sensação de ardor intenso cobrindo sua cabeça, suas bochechas já em fogo.

E isso justo em seu aniversário de casamento, um dia de tamanha importância!

Talvez, ele tivesse esquecido o que significava essa data, este banquete não passava de uma festa de reconhecimento, e ela apenas foi notificada para comparecer.

Os olhos de Sarah subitamente se encheram de lágrimas, a realidade de seu casamento esforçado sendo exposta diante de todos, aniquilando por completo toda sua persistência e autoestima.

Sarah fixou o olhar em Rafael, que ainda esperava que ela cooperasse e tomasse posição.

Ele a colocou nessa posição sem considerar seus sentimentos em nenhum momento!

Vergonha, indiferença e humilhação invadiram seu ser por completo.

Sob a pressão e o estímulo de seu olhar agudo e frio, a dor sutil em seu coração não dava trégua.

Agora, ela tinha que admitir publicamente aquela criança.

Sarah se sentia ridiculamente tola.

Parecia que algumas pessoas jamais seriam tocadas pela sinceridade que os ofereciam. Ela era excessivamente ingênua, mas agora ela desistiria.

Chegou ao seu limite.

Ela pegou o microfone, lentamente curvou os lábios em um sorriso, com uma voz rouca e lenta:

- O Sr. Rafael deve estar equivocado, eu não tenho nenhuma relação com esta criança. Quem seria a mãe da criança, eu também gostaria de saber?

Todos ficaram atônitos, trocando olhares em silêncio.

Seus olhos claros encontraram os dele, percebendo um lampejo de ira e contenção a atravessá-los.

Um ar de frieza tomou a testa do homem, que abaixou a voz:

- Sarah, o que você está fazendo? Você não compreende a importância disso? Se lembre do seu compromisso.

Ela havia prometido que, caso se casassem, ela seria a Sra. Cruz perfeita, nunca traria vergonha para a família Cruz.

Ela soltou uma risada leve, suprimindo a decepção interior, seus olhos cansados e desiludidos desviaram o olhar, se tornando gradativamente mais frios:

- Sou eu que estou sendo irracional, ou é você que está sendo excessivamente opressor? - Seus olhos transbordavam decepção e desolação, pela última vez ela protegeu sua reputação, baixando a voz. - Rafael, vamos nos divorciar!

Ela jogou o microfone no chão e se virou para sair.

Um silêncio sepulcral tomou o lugar.

Estavam casados por três anos, e seu filho tinha dois.

Ou seja, ele não passou os três anos trabalhando fora, mas sim tinha outra família.

Ele disse que não gostava de crianças, não permitia que ela tivesse.

Aparentemente, ele simplesmente não queria filhos dela.

Ela, tola, ainda mantinha a fachada gloriosa desse casamento.

Quando ela saiu do salão de festas, parou, olhou para trás.

E viu a cena de Isabelly se aproximando para consolá-lo, com a criança nos braços.

Uma voz feminina suave e gentil começou a ecoar:

- Rafael, por que a Sarah foi embora, ela não gosta do Caio?

O homem respondeu com uma voz fria:

- Não se preocupe com ela.
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