Capítulo 6
- Sra. Cruz, ainda se encontra perturbada com o ocorrido de ontem? Peço desculpas, chegou aos meus ouvidos que ontem era o seu terceiro aniversário de casamento. Lamentavelmente, o Rafael estava tão sobrecarregado com as minhas exigências e com os afazeres relacionados ao bebê, que se esqueceu dessa data tão significativa. Isso é um mimo que nós selecionamos para você, espero que seja do seu agrado. - Disse ela, se aproximando e sussurrando estas palavras para a Sarah. - Ah, e tenho um colar precisamente igual a esse também!

Emanava dela um olhar provocador, repleto de sarcasmo, enquanto encarava Sarah com desprezo.

Rafael e a amante preparam um presente?

E mais, um colar idêntico ao da amante!

Tal situação soava absolutamente absurda!

Sarah se achava incapaz de exprimir seus sentimentos, se sentia como se tivesse pisado em cocô de cachorro ao deixar sua residência, uma sensação extremamente desagradável.

Seu olhar para Isabelly era gélido.

No instante seguinte, elevou bruscamente a mão e estapeou o que Isabelly segurava:

- Pare de fingir, chega de hipocrisia.

Isabelly empalideceu, encarando ela com um olhar repleto de imensa pena:

- Entendo a sua ira em relação a mim, mas o bebê é inocente, por favor, aceite ele, está bem?

Suas palavras eram acompanhadas de lágrimas que começavam a escorrer, chorando de modo profundamente triste.

- Sarah, que atitude é essa? - A voz de Rafael era gélida, e ele se ergueu exibindo uma expressão sombria.

Observava Isabelly, em pranto, e também o objeto no chão, com um semblante terrível.

Como Sarah ousava maltratar Isabelly na sua frente?

Lágrimas inundavam os olhos de Isabelly, enquanto ela se agarrava ao braço dele de forma patética:

- A Sra. Cruz possui todo o direito de se sentir indignada, e não importa se não gostou do meu presente, eu só queria que ela pudesse ser mais amável com o Caio, não era minha intenção estragar o seu casamento.

Rafael franzia o cenho em direção a Sarah.

Seus olhos, escuros e profundos, transbordavam desprezo.

Sarah observava a encenação de Isabelly, incapaz de não admirar quão hábil ela se mostrava na arte da encenação, uma verdadeira perita na falsidade!

Ela esboçou um leve sorriso, com uma voz clara e fria:

- Assumiu o papel de amante, chegou até a ter um filho, e ainda esbanja a fachada de inocente e pura? Não acha isso ridículo?

Isabelly se tornou ainda mais pálida, se amparando fragilmente em Rafael enquanto chorava.

Rafael se apresentava com uma expressão glacial, seus olhos escuros emitiam um frio penetrante:

- Sarah, modere seus comentários, ela não é nenhuma amante, é melhor demonstrar algum respeito.

Sarah observava a maneira como ele protegia Isabelly como se estivesse protegendo seu próprio coração, relutante em permitir que ela sofresse qualquer injustiça, e ela subitamente se sentia como a antagonista que separava os demais.

Se Isabelly não era a amante, então o que seria ela?

Os olhos de Sarah eram frios, observando sem emoção as pessoas à sua frente, seus lábios curvados em escárnio:

- Ela é tão nobre assim? Eu deveria eu respeitá-la? Ela merece tanta consideração?

Sarah, contendo o frio em seu coração, lançou um olhar a Rafael, seus olhos repletos de frieza.

Rafael encarava seu rosto inexpressivo, sentindo uma ligeira perturbação em seu coração.

Porém, foi prontamente suprimida.

Tudo o que podia ouvir era o pranto lamentável de Isabelly, e isso causava a ela desconforto.

Observava ela com uma expressão gélida e severa:

- Sarah, peça desculpas a Isabelly!

- Pedir desculpas? - Sarah endureceu por um instante, o encarando com um sorriso irônico.

Naquele momento, Isabelly mordeu o lábio inferior, pegou uma xícara de café em cima da mesa e se aproximou de maneira mansa e cuidadosa:

- Me desculpe, Sra. Cruz, deveria ser eu a pedir desculpas.

Ela tentava empurrar a xícara em direção a Sarah.

Justo quando parecia que o café se derramaria sobre Sarah, a ira em seu peito de súbito dominou sua razão.

Sarah se esquivou para trás e desferiu um forte tapa no rosto de Isabelly.

O som do tapa e o estilhaçar da xícara soaram em uníssono.

Sarah balançava a mão ligeiramente dormente, sentindo uma sensação de alívio inexplicável.

Houve um instante de suspensão no ar.

Isabelly, aturdida e frágil, cobriu rapidamente o rosto agora rapidamente inchado e avermelhado, seus olhos repletos de lágrimas de temor.

Rafael olhou muito incrédulo para Sarah, sem se importar com o próprio embaraço, protegendo Isabelly atrás de si, seus olhos transmitiam um frio que realmente intimidava:

- Sarah, perdeu o juízo?
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