Isabelly.Acordo no dia seguinte sentindo minha cabeça latejar. Os meus olhos estão ardendo e a claridade que invade o meu quarto só aumenta o meu desconforto. Resmungo frustrada e tento me mexer na cama, mas estou presa a alguém e o meu peito infla quando percebo os braços morenos e fortes que me envolverem. Ansiosa, eu me viro para ter certeza de que ele realmente está aqui e ele está! Fito o seu rosto sereno adormecido, os cabelos negros lindamente bagunçados e ele ressona tranquilo. A sua respiração quente bate com suavidade na minha pele e me pergunto quando exatamente ele chegou aqui? — Desculpa não estar aqui por você!Lembro-me de ter escutado essas palavras durante a noite. Oh meu Deus, não, era um sonho, era ele de verdade!— Vai ficar tudo bem, meu amor!Me pego sorrindo e acaricio o seu rosto. A barba por fazer fura a palma da minha mão, me causando alguns arrepios. Então ergo os meus olhos e encontro os olhos penetrantes nos meus. Toco os seus lábios com o meu indicador
Isabelly — As notícias não são nada boas Mônica! — Tia Gisele diz desanimada. — Lembra-se de Eduard Fox?— Quem é Eduard Fox? — questiono me ajeitando em cima da cadeira.— É um ex- associado do C. & H. — O que tem ele, Gisele? — Minha mãe pergunta com um impressionante tom profissional.— Achamos que tudo isso tem a ver com o caso Fox. Aquele que você delegou há alguns anos.— Por que acha isso?— É muita coincidência que tudo isso aconteça com você e principalmente com esse projeto, Mônica. — Tio Guilherme explica.— Espera, do que vocês estão falando? Que caso foi esse e o que tem a ver com o projeto da minha mãe?— Não era um projeto, minha filha, era um projeto do Fox. Na época foi descoberta algumas irregularidades e eu o tirei do projeto entregando o mesmo para Ana. O homem foi a jure e eu fui a advogada de acusação. O Caravelas ganhou a causa e ele teve que reembolsar a empresa, porque o roubo foi confirmado e consequentemente ele foi excluído em definitivo da sociedade sem
Daniel.Eu sabia, apostei todas as minhas fichas e acertei em cheio quando a trouxe para a minha casa. Como havia previsto Christopher fez a nossa alegria e vê-la entrega aos risos e as suas conversas animadas, esquecendo totalmente dos estresses que a rodeia, me deixou satisfeito. Contudo, não ficamos em casa realmente. Decidi levá-los ao zoológico e fizemos um programa inteiramente infantil, porém, bastante animado. Ver alguns animais, tomar sorvete, comer pipoca e algodão-doce. Não necessariamente nessa ordem. Depois, paramos em um parquinho na praça mais próxima e deixamos o Cris brincar à vontade com outras crianças, enquanto descansamos debaixo de uma árvore, sentados na grama verde. Eu encostado no tronco de uma árvore e Isa aconchegada ao meu corpo, entre as minhas pernas. Enquanto observamos as brincadeiras das crianças, faço carinho nos seus cabelos e em alguns momentos deslizo a ponta do meu na lateral do seu rosto, aspirando o seu cheiro. Isa desliza as pontas dos seus ded
Isabelly.A visão de Daniel ainda mais ofegante, suado e em êxtase pelo orgasmo é arrebatadora e quando o orgasmo finalmente chega para nós dois, estamos completamente sem forças. E ele se deixa cair ao meu lado, puxando-me para mais perto do seu corpo, e beija os meus cabelos que com certeza devem estar uma zona de embaraços. Por fim, eu me aconchego nos seus braços e foco apenas nas batidas aceleradas do seu coração. — Você está bem? — Ele pergunta após um tempo de sorrio para essa pergunta. Ele sempre tem essa preocupação pós sexo. E se eu estou bem? Meu Deus, eu estou maravilhosamente bem comida! O que me faz cogitar... quanta diferença hein, Isabelly? E acredite, não estou só comparando com o filho da puta do Greg e sim com os poucos namorados que tive ao longo dos anos. Dani é completo. Uma mistura do atencioso com o quente, da leveza com a intensidade. Uma hora estou no céu desfrutando dos mais sórdidos prazeres e no outro estou no inferno absorvendo a sua ardência e calor. Se
Isabelly — Não mesmo, Sampaio, como está sua mãe? — Aristóteles Onassis pergunta.— Bem, na medida do possível. Então, vamos começar?— Claro. — Analú Resende responde séria. — Temos pouco tempo, sabe disso, não é? Eu tenho um almoço de negócios com Andrey Álvares daqui a meia hora. — Assinto.— Prometo que será rápido, só quero que me passem o andamento das contas das empresas UpBelle, a Odento Hoff e a Nutri Cogumelo. — E lá vamos nós. Eles falam e falam e falam e por mais que eu tente me concentrar, as palavras escapam dos meus ouvidos. A minha mente viaja nos melhores momentos que vivi nesses três dias ao lado do meu namorado. Nossa, ainda sinto os seus beijos e suas carícias, o calor da sua voz rouca em meus ouvidos, o toque das suas mãos queimando a minha pele.— Temos um evento para a Nutri em poucos dias. — Sério gente, estou louca para pegar o meu celular e ligar para ele, ouvir o som da sua voz mais uma vez, dizer que estou com saudades. Sorrio. Droga pareço uma adolescente
Daniel.— Bom dia para a mãe mais linda do mundo! — digo para minha mãe assim que entro na sala de estar beijando-a e a abraçando. — Bom dia, pai!— Bom dia! Meu Deus como você está feliz hoje! — Ela comenta curiosa.— Estou mesmo. Muito feliz e atrasado para o trabalho também.— Atrasado para mim é novidade. — Papai fala com um sorriso enorme.— Tudo nele é novidade hoje, Dam. Olha só pra ele, está todo sorridente, mais tranquilo, todo educado, feliz e... atrasado. Está amando, filho? — Ela indaga com um meio sorriso, levando um pedaço de queijo a boca e me encara.— Felicidade é o meu nome meio, meus queridos pais — retruco ocupando uma cadeira a mesa e me sirvo uma xícara de café. Tomo um gole, depois outro e me levanto em seguida. — Tenho que ir.— Mas, você não comeu nada, Daniel!— Eu como Algo na empresa mãe, não se preocupe — falo indo em direção a sala.— Não vai me levar a escola hoje? — Cris interpele descendo as escadas.— Hoje não dá, garotão, o papai está muito atrasado
Christopher ÁvilaEntro na minha escola pela primeira vez de alma lavada, vendo todos os meus colegas com cara de Amélia, me olhando entrar de mãos dadas com a Sorvetinho. O fato é que eu estudo aqui nessa escola desde que me entendo por gente e nunca trouxe a minha mãe e nem o meu pai aqui. Também não participo das festas e homenagens porque o meu pai nunca teve alguma participação na minha vida – até a Sorvetinho aparecer nela, claro. E eu não tinha uma mãe também. Acontece que esse ano eles resolveram pegar no meu pé e perguntavam o tempo todo onde ela estava e por algum motivo eu quis ficar por baixo e menti dizendo que ela era uma pessoa muito ocupada assim como o meu pai, e por isso eles nunca vinham me trazer ou me buscar na escola. A verdade, é que a maioria dos meus amigos vêm para a escola com suas mães, com exceção do Júlio que tem dois pais ao invés de um pai e uma mãe. Os garotos caçoam de dele o tempo todo. Eu não ligo muito com isso, o que importa é que ele é muito feli
IsabellyO som sai tão baixinho que quase chego a duvidar o que acabei de escutar, Cris me chamou de mamãe... isso mexeu com meus sentimentos, me fez sentir algo diferente do que sentia por ele até poucos minutos atrás, o via como um amiguinho, uma criança carente de atenção, de carinho e, no entanto, sou tomada por um instinto materno. Respiro fundo e caminho para o quarto de hóspedes, encontro Daniel nu da cintura pra cima, a calça e cinto desabotoada e descalço, ele me olha com um lindo sorriso e beija a minha testa, ajeita os meus cabelos atrás da orelha.— Tudo bem? — inquire procurando os meus olhos.— Tá.— Tem certeza?— Tenho.— Preciso de um banho, você vem? — Sorrio.— Eu não sei. Sabe como é, não tenho roupas aqui então...— Precisamos resolver isso — ralha e me beija.— Pois é. — Outro beijo, depois suas mãos vão para a minha cintura, me aperta, me puxa e aprofunda o beijo. Não sei, mas acho que Daniel não precisa saber que o filho me ver como uma mãe, se me pegou de surp