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Daniel

— Aguarde um instante, senhor Ávila, o senhor será o próximo. — A jovem de aparentemente vinte anos diz por trás da sua mesa. Após olha a sua lista no computador, meneio a cabeça e nervoso aguardo em um sofá de couro da recepção da clínica. Logo sinto as gotículas de suor se formarem na minha testa. Eu afrouxo o nó da gravata e tento respirar. Uma porta branca frente se abre bem na minha frente e a doutora Lilian Lacerda aparece meu campo de visão. A loira sorri assim que me ver e caminha em minha direção. Educadamente eu me levanto e lhe estendo uma mão.

— Daniel Ávila! — Ela fala um tanto animada e ignora a mão estendida, puxando-me para um abraço, que hesito em dar por um instante, mas acabo cedendo e retribuo o gesto. — Venha, vamos até a minha sala. — O consultório em tons de verde e branco tem uma decoração singular. Nada chamativo demais ou elegante demais. Uma mesa branca no centro da sala com alguns papéis e porta retratos de sua pequena família. No canto da sala tem
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