36

Tristan

— Eu preciso perguntar, Senhor Staton. Absorveria o homem que cometeu tal erro? — Minha pergunta soa como um rosnado gélido e áspero, tão próximo do seu rosto que é possível sentir o calor do seu medo.

Ah, essa sensação de poder, de torná-lo tão minúsculo quanto frágil. Eu podia engoli-lo apenas com a ferocidade do meu olhar impulsivo e impaciente. Vê-lo encolher-se em cima da cadeira me faz sentir o gostinho amargo da minha glória e esse sabor me faz lembrar que ele é um mero humano cheio de falhas e que eu não sou esse monstro que estou tentando pintar agora.

O fato é que desde que ela se foi, não consigo controlar essa raiva dentro de mim e sinto que estou ainda mais destrutivo do que antes.

— Aceitaria?! — grito, continuando com a minha tortura sobre o pobre miserável.

— Não Senhor.

— Ótimo, porque eu também não. Está demitido!

E aí está o meu eu cruel, enfiando o punhal na frágil criatura.

Logo a porta se fecha e eu respiro fundo me perguntando até quando isso persistir
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