O copo de uísque em sua mãe trêmula balançava de um lado para o outro enquanto os olhos azuis do mafioso procurado por Gael brilhavam assistindo as ondas do mar. Respirou profundamente antes de tomar outro gole sentindo o líquido descer queimando por dentro, e por pior que parecesse, aquela sensação era gostosa, como se estivesse renovando sua alma. Dali mesmo viu o sol nascer não voltou para casa porque não sabia ao certo o que tinha feito. Estava deixando claro a todos ao seu redor que não queria se contrariado, ainda mais quando o assunto envolvia Madeline. Não gostava e não queria que ninguém se metesse no seu envolvimento com ela, Madeline era sua garota, sua irmã. Riu de canto abaixando os olhos, estranhando a chamar de “minha garota” porque era assim que ele desejava. Gostava de seus cabelos bonitos e aquele corpo que o seduzia, aquela mulher era a mais bonita do mundo e nem podia tocar, não podia porque ela era do mesmo sangue. Riu mais aind
O avião particular de Christopher já estava na pista quando Madeline desceu do carro admirando cada centímetro daquele objeto. Seus olhos bonitos brilharam com todo aquele luxo… Se era para eles chegarem escondidos ou algo do tipo, um avião branco com janelas dourados chamaria totalmente atenção. — Só trouxe uma mala? - Juan murmurou ao seu lado colocando a mochila nas costas. Madeline assentiu e o encarou com mais atenção. A calça jeans preta com uma jaqueta igual. Um homem completamente sexy que seduzia Madeline de uma forma que ela mal conseguia respirar, e Juan percebia o que deixava ambos viciados um no outro. — Quantas malas você acha que eu poderia trazer? Não tenho roupas, então o pouco que tinha apenas coloquei dentro - Devolveu com um olhar apaixonado, o olharam dos pés a cabeça e ele também. — Está muito bonita, definitivamente a cor rosa fica muito bem em você. — Acha? - Se olhou primeiro, e logo voltou a ele — Qu
— O que você disse? – Gael virou-se aos poucos procurando a voz de Mikael que pareceu surgir do nada, ecoando pela sala toda como se estivesse falado em um microfone confundindo sua cabeça. Estreitou os olhos quando bebeu mais um gole de sua bebida, o nome de Christopher estragava tudo em sua vida comum, até mesmo o gosto de sua bebida. — Eu achei que fosse brincadeira, mas Jack me mandou uma foto com um dos cachorros deles descendo do avião. - Contou dando uma risada baixa, já conhecia bem o que iria ser mandado fazer, mas gostava de ouvir. — O que ele veio fazer aqui na minha cidade? Devia se retratar e devolver o que é meu, se não vai sofrer. — Um dos cachorros deles trouxe a irmã. Ela realmente sobreviveu ao beco que a deixei com o corpo da mãe. — O que? – Gael se impressionou... Não fazia ideia se ia dar certo seu plano, mas vê-la voltar e agora com a escolta principal de Christopher queria dizer que seu recado tinha sido recebido, e agora devolvido. — Ele está aqui, e vai a
— Se ele está pensando que vou obedecê-lo de verdade ou ficar esse tempo todo presa dentro de casa esta muito enganado – olhou ao redor quando atravessou a rua procurando por qualquer um suspeito. Claro que não iria sair como louca no meio da rua achando que estava livre de todos os perigos, pois sabia agora que não era bem assim. No entanto, aquele era seu bairro, conhecia as pessoas, os animais, todos os vendedores da feirinha, até as plantas ela sabia quais eram e onde estavam, durante toda a sua infância aquele era o cenário que possuía. Chegou ao mercado que mais gostava, cumprimentou a moça do caixa como se não a muito não tivesse saído dali, e por alguns momentos, Madeleine fingiu que nada aconteceu. Que estava ali para comprar ingredientes para fazer um grande saboroso para sua mãe. Que assim que chegasse em casa logo estaria diante daquela mulher sorridente e calorosa. — Mady – A garota subiu o olhar quando o apelido mais fofo que já ganhou foi sussurrando. Encarou o garoto
— Estou tentando manter a calma, mas essa garota é louca. – Juan olhou ao redor da sala e levantou disfarçadamente para Madeleine que cantava alguma música idiota, virou para a sala novamente — ela saiu correndo pela rua achando que estava a salvo. Eu não tenho paciência para aturar essas criancices Kim faça alguma coisa. — Eu não posso fazer nada no momento, mas já estamos planejando como entraremos no maior cassino da cidade. Jade e Karen estarão lá e Will está louco para mostrar seus truques. — E quando vão mandar alguém aqui para me substituir? — Não vamos mandar ninguém para te substituir, Christopher jamais deixaria outra pessoa se aproximar da irmã dele. – O garoto virou a tempo de ver Madeleine se encostar na porta — Mas fique firme, te mantenho informado de tudo. Vou desligar. Juan puxou o telefone da orelha com ódio, apertou-o em sua mão querendo partir aquele aparelho no meio, mas sorriu contra sua vontade. — Eu fiz uma janta pra gente, será que pode me acompanhar
— Eu ainda não tinha vindo nesse restaurante - A voz animada de sua mãe fez a garota sorrir como nunca. Sentou em seu lugar colocando a bolsa em outra cadeira. — Eu adorei Madeline, parecem àqueles lugares chiques de cinema. — Sabia que ia gostar. As meninas falam muito desse lugar na faculdade então resolvi trazer minha querida mãe aqui, já que conseguir marcar um horário com ela. — Não diga algo assim. As coisas no salão andam agitadas, mas sempre terei tempo para minha única filha. Não se preocupe. — Tudo bem. A faculdade também tem me tomado bastante tempo. Aproveitando que estamos aqui, quero contar algo a você. — Ah meu Deus! Você encontrou um namorado? - A outra negou, e riu — Já sei, encontrou aquele garoto da lanchonete? — Ah isso também não, mas está na minha lista de coisas para fazer antes de morrer - As duas riram — Na verdade, queria dizer que assim que me formar em dois meses, quero viajar pelo mund
Dentro daquele carro que balançava de um lado para o outro, tudo que Grace conseguia pensar era em Madeline ao seu lado.Podia sentir seu cheiro, a mão gelada agarrada na sua, mas não conseguia vê-la, visto que em sua cabeça havia um saco negro colocado antes de entrarem no carro que foram ordenadas. Com as mãos amarradas para trás e a boca fechada por uma fita branca, ficou difícil de pedir ajuda, ou gritar o mais alto que podia.E depois de muito pensar, achou melhor seguir as regras que foram lhe ditas durante a viagem, afinal, tinham razão quando falou sobre ter uma pessoa especial, em que faríamos de tudo para proteger não importava o que. Essa pessoa para si era Madeline, sua filha. Christopher sabia lidar com qualquer coisa que viesse a seu rumo, afinal, tomou o título de gângster perigoso ultrapassando os limites de seu pai, e chegando a um nível que ninguém nesse mundo podia o parar.E foi por isso que se afastou de tudo e de todos, crendo ser o melhor para sua família, mas a
— Não toquem na minha filha, eu imploro. Faça… Faça qualquer coisa comigo, mas não toquem… nela - gaguejou, a imagem de Madeline sendo maltrata por qualquer pessoa no mundo lhe deixou sem ar, enjoada. A garota era frágil, nunca havia mesmo tentando sair ou ficado com algum garoto por medo de ser imperfeita demais para qualquer um.— Tudo isso pode ser resolvido. Quero que me diga onde está o seu filho. - Grace piscou algumas vezes e encarou o homem.— Eu… Eu não sei onde o Christopher está. - Contou deixando mais lágrimas banharem seu rosto. — Há muito tempo ele se foi. Não nos falamos, eu não faço ideia de onde ele se encontra.— Não é o que suas contas no banco dizem. - Gael sorriu de canto ao receber um tablet e virou para Grace que não olhou de primeira — Ele banca você, seu salão, até a faculdade da irmãzinha.— Não, ele não faz isso. - A voz doce de Madeline assustou até mesmo Gael que olhou para o lado. Os lábios rosados entreabertos o desespero estampado naqueles olhos tão int