— Se ele está pensando que vou obedecê-lo de verdade ou ficar esse tempo todo presa dentro de casa esta muito enganado – olhou ao redor quando atravessou a rua procurando por qualquer um suspeito. Claro que não iria sair como louca no meio da rua achando que estava livre de todos os perigos, pois sabia agora que não era bem assim. No entanto, aquele era seu bairro, conhecia as pessoas, os animais, todos os vendedores da feirinha, até as plantas ela sabia quais eram e onde estavam, durante toda a sua infância aquele era o cenário que possuía. Chegou ao mercado que mais gostava, cumprimentou a moça do caixa como se não a muito não tivesse saído dali, e por alguns momentos, Madeleine fingiu que nada aconteceu. Que estava ali para comprar ingredientes para fazer um grande saboroso para sua mãe. Que assim que chegasse em casa logo estaria diante daquela mulher sorridente e calorosa. — Mady – A garota subiu o olhar quando o apelido mais fofo que já ganhou foi sussurrando. Encarou o garoto
— Estou tentando manter a calma, mas essa garota é louca. – Juan olhou ao redor da sala e levantou disfarçadamente para Madeleine que cantava alguma música idiota, virou para a sala novamente — ela saiu correndo pela rua achando que estava a salvo. Eu não tenho paciência para aturar essas criancices Kim faça alguma coisa. — Eu não posso fazer nada no momento, mas já estamos planejando como entraremos no maior cassino da cidade. Jade e Karen estarão lá e Will está louco para mostrar seus truques. — E quando vão mandar alguém aqui para me substituir? — Não vamos mandar ninguém para te substituir, Christopher jamais deixaria outra pessoa se aproximar da irmã dele. – O garoto virou a tempo de ver Madeleine se encostar na porta — Mas fique firme, te mantenho informado de tudo. Vou desligar. Juan puxou o telefone da orelha com ódio, apertou-o em sua mão querendo partir aquele aparelho no meio, mas sorriu contra sua vontade. — Eu fiz uma janta pra gente, será que pode me acompanhar
Nao demorou para a campainha daquela casa tocar fazendo Juan saltar do sofá junto de sua arma, prontos para atacar quem quer que fosse, escutou o celular vibrar com uma mensagem de Milour. Era ele do outro lado da porta e achou que chegando como uma pessoa normal, um visitante levantaria menos suspeita e ele estava certo. Dando uma última olhada para o corredor onde Madeline havia sumido, foi até a porta abrindo para seu amigo. — Esse bairro é calmo. Elas moravam em um lugar legal. Eu queria morar em um lugar legal – o homem entrou reparando em tudo enquanto seguia até o sofá para montar seu equipamento.— Todo mundo quer morar em um lugar assim, mas nem todos temos essa oportunidade. – Parou ao lado do amigo lhe ajudando a arrumar tudo — Como está todo mundo?— Karen e Jade continuam muito focadas uma na outra, mas estão presas nesse trabalho porque querem matar o Gael, acredita?— Eu acho que nessa história todo mundo quer matar o Gael. Qual o plano?— As meninas vão criar uma dist
Quando Milour foi embora naquela noite, Madeline passou para seu quarto e não saiu mais. Nem mesmo na hora da janta quando Juan bateu na sua porta, e recebendo apenas um resmungo como resposta dela, decidiu que a deixaria sozinha por aquela noite. O dia sido agitado demais e não via a hora de ir embora. Quando a minha chegou, Juan desceu do sofá querendo a todo custo que tivesse uma ilustre mensagens de seu chefe lhe avisando que voltaria para casa naquela manhã, mas não tinha nada. Tomou um banho gelado antes de tornar a bater na porta de Madeline que dessa vez, abriu devagar encarando o homem em sua frente, e passou por ele. Juan encarou a parte de dentro e havia roupas espalhadas por todo lugar. Finalmente ela estava arrumando tudo?— Você precisa de alguma ajuda? – perguntou quando a viu voltar com uma sacola — Já está arrumando suas malas?— Sim. Eu quero voltar pra casa do meu irmão. Mas não antes de me encontrar com meus amigos. Eu quero me despedir. – Avisou ao outro com toda
— Juan – Seu murmuro foi ouvido de uma forma tensa, podia ver o desespero nas lágrimas que desciam por seu rosto.— Ah, então você é o cachorro chato que Christopher colocou pra cuidar da irmã? Você? – A janela já estava mais que aberta, o vento soprava para dentro com toda força.— Eu não sou nenhum cachorro e você sabe muito bem com quem está se metendo agora – Juan encarou Madeline, queria dizer a ela para ficar calma, mas não sabia bem o que fazer ou dizer no momento. Sacava a arma e atirava em todos? E se acertasse a garota? Não iria morrer de todo jeito? — Larga a garota.— Meu pai quer falar com ela – Avisou em tom de deboche. Juan estreitou o olhar e deu um passo a frente. — Seu pai quer falar com a Irmã do Christopher? Ah, seu pai é o Gael? – O homem confirmou, e assim que o fez, Madeline tentou se soltar e chutar o homem ao lado, que desviou. O outro que a segurava acabou apertando ainda mais seu pescoço, despertando a ira de Juan que avançou contra os dois.Mandar dois hom
Tudo que conseguia escutar no momento era o som do carro. Ninguém disse enquanto percorriam a cidade, ao menos era isso que Madeline pensava enquanto estava abaixada no carro com olhos fechados, os ouvidos tampados. Demorou um tempo até o carro parar. Portas se abriram, mas Madeline continuou ali, abaixada na esperança de ser totalmente ignorada pelas pessoas ao seu redor. Em sua mente vinha apenas a imagem daquele homem gritando e xingando, ao mesmo tempo em que perfurava sua carne. Aquilo foi muito bom e esperava ter terminado o serviço. — Madeline... – A porta ao seu lado abriu e a voz de Jade soou em seus ouvidos, mas ela ficou ali, petrificada. — Você precisa sair, o avião tem que decolar agora. — Avião? – Ela ergueu a cabeça notando que estavam na pista... Juan disse que estaria pronto apenas no outro dia. Levantou de uma vez e saiu do carro junto da garota que riu ajeitando seu cabelo. — Juan disse... — Vamos. Temos que sair agora daqui. Madeline assentiu e seguiu pa
Quando Christopher soube da história de sua irmã, limitou-se apenas em sorrir como se fosse uma diversão para seus ouvidos saber que sua irmã, a querida e delicada Madeline Jones, havia esfaqueado um cara, mas não um simples cara, pois era o homem que assassinou sua mãe, e foi o mesmo também que prendeu as algemas e deu tchau lhe soltando um beijo como se não tivesse acabado de fazer a pior atrocidade em sua vida.— Ela realmente fez isso? – Perguntou lentamente ao virar e encontrar Kim com os olhos arregalados olhando as fotos enviadas por seus amigos em Seant.— Você acha isso engraçado? Se esse idiota tiver morrido, acha que Gael não vai surtar outra vez e cometer uma atrocidade? E se ele tentar fazer algo contra o Wil que ficou?— Ele não vai fazer nada, e não sabemos se ela realmente o matou. E se tiver matado? Quem somos nós para julgar? O cara matou a mãe dela. Grace Jones era uma grande mulher.— Por mais que sua irmã seja vingativa, tudo sem o seu momento, e esse não era o do
Christopher andava de um lado para o outro naquele pequeno corredor do lado de fora do quarto de Madeline. Não queria sair de lá até saber se estava tudo bem com ela. Ao redor, Jade e Karen acamparam por ali, Kim ficou na escada, mas escutava tudo que acontecia na casa, e por fim, Juan ao lado a porta, calado e com a perna esticada, já devia ter parado de doer, mas continuava latejando. De repente, Christopher parou e agachou diante de Juan, o garoto apenas o encarou como se duvidasse de qualquer coisa que fosse falar antes mesmo de começar. Chris não era homem de conversa. O que queria agora?— Ainda dói a perna? – Juan negou, mas era mentira — Que merda deu na sua cabeça para sair correndo daquele jeito?— Eu sabia que Mikael não estava sozinho. E sabia também que se mais alguém entrasse na casa eu não conseguiria proteger a Madeline e a mim. Tive que arriscar. – Olhou para a perna e depois para seu chefe — Não me acertaram de verdade, foi de raspão.— Quando estavam sozinhos, q