Era uma vez, no ano de 1200, século XII na Idade Média, um vilarejo chamado Merlim, o qual é localizado na parte rural da cidade de Brasov, na região que se chamava Transilvânia, na Romênia. Estando próximo a uma floresta densa e tendo como vista privilegiada um castelo, localizado nos Montes Cárpatos, o vilarejo tem o estilo bastante interiorano, com ruas estreitas e que adotava um calçamento com as tradicionais pedras que geralmente eram usadas nas ruas medievais, as quais são geralmente mais utilizadas em pequenas e antigas cidades. O vilarejo também tinha uma única pracinha pequena onde eram feitas as feiras medievais durante o dia. Esse espaço costumava ser o local onde os camponeses se reuniam para tirar um diminuto momento de lazer, através de música e dança típicas da região e da época. As proximidades eram os locais por onde os camponeses andavam e trabalhavam com as suas famílias ao longo dos dias.
Depois do pôr do Sol, ao anoitecer, o pequeno vilarejo era ainda mais tranquilo e deserto conforme fosse avançando a hora. O silêncio reinava e era tão perturbador que chegava a causar medo nos moradores antigos e principalmente nos visitantes, pois ninguém se atrevia a chegar perto da porta de casa nem a sair de suas residências depois das vinte e duas horas, deixando a casa completamente trancada após esse horário, pois, como em muitas cidades pequenas ou vilarejos, existia uma história, a qual para alguns era real, mas para outros se tratava apenas de uma lenda, a qual era bastante conhecida por todos os moradores e por quem frequentava o lugar como turista.
Os antigos moradores do vilarejo, os quais eram compostos pelas pessoas de mais idade, adoravam contar as histórias que presenciavam ou ouviam de seus pais quando eram crianças. Então conforme os anos foram se passando, a cidade chegou ao século XXI, mas conservando muitas de suas tradições, pois até os dias de hoje os moradores gostam de aproveitar o frio do local e fazer pequenas fogueiras em seus quintais para fazer a tradicional noite dos pesadelos, onde toda a família se reúne na casa da pessoa mais velha, geralmente a matriarca ou o patriarca da família, e se organizam, se sentando ao redor de uma fogueira para ouvir as mais diversas e interessantes histórias de terror, as quais são contadas desde a Idade Média.Então, momentos antes da reunião familiar acontecer, as tarefas eram divididas da seguinte forma: enquanto os homens mais jovens da família saí
Hoje em dia, Bóris é um senhor de cabelos grisalhos. E a pele de seu rosto mostra que ele tem por volta de uns cinquenta anos ou mais, de idade. Mas antigamente, há quarenta anos atrás, Bóris tinha apenas dez anos. Ele sempre viveu em Merlim, a qual tinha apenas uma escola que ficava localizada próximo à floresta, na região dos Montes Cárpatos. Ou seja, a escola era muito próxima ao castelo. E geralmente as crianças se sentiam um pouco amedrontadas devido à fama de empalador que insistia em acompanhar uma pessoa que morava naquele castelo, desde os tempos antigos. Mas a pessoa que morava naquele castelo podia esconder muito mais segredos do que os moradores imaginavam.Um dia, quando Bóris era uma criança de apenas dez anos, acordou de manhã, por volta das sete horas. Em seguida, tomou um banho e se sentou à mesa com os seus pais, pois estava na hora de ir ao col&ea
O tempo passou e Bóris cresceu. E quando fez quinze anos conheceu outras pessoas. Quando fez novos amigos, compartilhou com eles o seu maior medo na infância, que era o castelo localizado nos montes Cárpatos. Um dos amigos de Bóris chamado Victor, que sempre se sentia o mais valente do grupo, teve uma ideia e compartilhou com os outros meninos.– O que vocês acham da gente ir até o castelo? Eu sempre quis saber quem é que mora lá.– Você teria coragem de ir até lá? Eu não teria! Jamais iria naquele castelo mal assombrado! – Respondeu Sam.– O castelo é mal assombrado? Tem fantasmas lá dentro? Ai, eu não vou, não. E nem adianta insistir. – Complementou Peter antes mesmo de Victor abrir a boca para falar algo que o fizesse mudar de ideia.– Eu iria. Ah, Sam, acredito que estando todos juntos não teriam muita
Bóris não só caminhou até a porta do castelo, mas queria se certificar de que realmente não teria ninguém morando naquele lugar. Que tudo era apenas invenção do povo. E que as patas do cavalo poderia ser apenas um morador de outro vilarejo que tivesse um sítio e que alguma vez passou por Merlim.Bóris não quis conectar a ideia das pegadas de um cavalo com o tal homem misterioso do qual a cidade inteira falava. E para a sua saúde mental era até melhor, pois desacreditando de tudo, pelo menos naquele momento, ele poderia seguir em frente com a sua ideia de desvendar o mistério que fazia com que o castelo fosse um lugar aterrorizante para todo o vilarejo.Quando Bóris chegou à frente do portão do castelo e no momento em que ele tocou a maçaneta, os portões se abriram sozinhos, sem nem ao menos Bóris chamar ninguém, nem empurrar
Bóris foi para a sua casa pensando em toda a conversa que teve com o conde, o que parecia ser um sonho, pois jamais imaginou que realmente tivesse alguém morando no castelo, muito menos que fosse tão atencioso e conversasse e contasse vários segredos para ele. Bóris também se surpreendeu, pois nunca imaginou que o conde soubesse quem era o tal cavaleiro de quem a cidade toda falava e que assustava a todos.Quando Bóris chegou em casa, já eram quase dez da noite e seus pais estavam preocupados, pois pensaram que pudesse ter acontecido algo com ele.– Onde você estava? Eu estava morrendo de preocupação.– Eu estava com os meus amigos Victor, Sam e Peter! – Disse Bóris mentindo para a sua mãe.– Mentira, Bóris! Não minta para a sua mãe! Eu liguei para todos os seus amigos e eles disseram que não estavam com você.
Os dias foram se passando e, devido aos compromissos da escola, Bóris não teve mais tempo de ir até o castelo do conde, o que o deixou bastante desapontado.Em casa, esteve pensando que gostaria muito de ser como o conde. Conseguir viver por séculos e séculos devia ser algo muito bom, pois teria inúmeros conhecimentos sobre diversos assuntos e teria muito assunto para conversar com quem quer que fosse. Então pensou em ir, no dia seguinte, novamente até o castelo visitar o conde e pedir para que ele lhe contasse mais sobre a sua existência aqui na Terra, e principalmente como é ser um vampiro, pois Bóris estava morrendo de curiosidade a respeito desse tema, ou melhor, dessa espécie, conforme o conde diz.Mas no dia seguinte, já pela manhã Bóris descobriu que teria um trabalho que tinha sido passado pela professora e que deveria ser entregue no dia seguinte. Entã
Os anos se passaram e hoje em dia, com cinquenta anos de idade, Bóris mora sozinho em sua mansão, pois seus pais foram embora para outra cidade. Bóris geralmente é muito caseiro, sempre escolhe ficar em seu lar, em uma casa bem grande, talvez a maior, localizada no vilarejo de Merlim. Mas em uma noite fria, o céu estava tão claro que permitia ver perfeitamente a lua cheia. Então ele saiu e se dirigiu ao mercado local, que na verdade é apenas uma venda que dispõe apenas dos principais produtos de limpeza e de alimentos, os quais são os mais necessários para suprir uma casa.Naquela noite enquanto ele estava no mercadinho, escolhendo os produtos que compraria, ele observou uma mulher alta de bela aparência, com cabelos pretos e ondulados, que tinha em torno de quarenta anos, entrar no mercado. Ela se aproximou dele enquanto olhava os produtos das prateleiras e disse:– Ser&aacu
Bóris sendo muito receptivo com Bela, disse, ao abrir a porta da sala:– Seja bem-vinda a minha casa, Bela. Entre e sente-se. Pode ficar à vontade. – Disse Bóris abrindo a porta da casa para a nova conhecida.A casa de Bóris parecia um lugar antigo, mas ao mesmo com muito luxo, pois havia muitas peças de extremo bom gosto e riqueza. Logo quando Bela entrou, ela não esperava de ver aqueles móveis, como um sofá espaçoso na cor preta, assim como cortinas de camurça na cor vermelha no estilo romântico. Um piano no canto, próximo à janela dava um destaque e uma aparência de sofisticação. No teto da sala tinha um lustre que tinha diversas lâmpadas finas e da cor amarela, além das pedras que Bela não soube dizer se eram preciosas, só sabia dizer que eram lindas e muito brilhantes, o que dava mais sofisticação ao amb