A Princesa do Fogo.
A Princesa do Fogo.
Por: Fênix J
Capitulo 1.

Hoje em dia, muitas pessoas possuem poderes, não somos alienígenas de outro planeta, mas nos intitulamos como Yanxes, apenas para nos diferenciarmos, pois somos humanos, só que com algumas habilidades.

Eles nos temem, pois acham que vamos dominar o mundo de alguma forma, por isso, mantemos nossos poderes escondidos de todos, pois a maioria das pessoas já tentou nos ferir, o que não deu muito certo, porém, deixou todos apavorados, de ambos os lados.

Contudo, devo dizer, só nascemos com habilidades, se nossos familiares a tiverem, porém, esse não foi o meu caso, mas tenham calma, vocês terão suas respostas, mas no decorrer da história.

Como eu já havia dito, meus pais ou qualquer outra pessoa da minha família não possuem tais habilidades, por esse motivo, tive que escondê-los de todos e aprender a controlar e usa-los sozinha, já que não havia ninguém para me ensinar e em apenas um dia, minha vida inteira mudou drasticamente. Meu nome é Nicole Anderson e eu sou a única manipuladora do fogo vista em muito tempo.

Como hoje era sábado, eu saí com as minhas amigas, desde que terminamos a escola, quase não tínhamos tempo de nos ver e apreciar o momento, pois com nossas responsabilidades, era quase impossível. Mas depois de um almoço excelente, eu fui para a minha casa, mas assim que destranquei a porta da frente, percebi que tinha alguma coisa errada. O sofá estava virado, todas as decorações de minha mãe estavam jogadas pela sala principal, porém, não havia sinal de meus pais. Então ouvi um barulho no andar de cima, era meu pai.

- Saia da minha casa.

- Não até encontrá-la. – Falou o homem com uma voz áspera, como a de um fumante.

Larguei minhas coisas em qualquer lugar e subi pelas escadas, tentando fazer o mínimo de barulho. Assim que visualizei a silhueta da pessoa que invadira a minha residência, usei a minha telecinese e o joguei para longe dos meus pais, que abriram a porta de imediato ao ouvir o barulho do lado de fora do quarto.

- Saiam. – Eu gritei.

- Não sei você, minha filha.

- Eu vou ficar bem, vão para a casa de alguém. Eu resolverei a situação. Vão.

Ambos correram pela escada e assim que ouvi a porta de casa ser aberta e fechada, virei-me para o brutamontes, que agora se levantava.

- Aí está ela.

- Quem é você?

- Ninguém que possa te importar. – Disse ele sorrindo.

- Você entra na minha casa, ameaça a vida dos meus pais, acha mesmo que vai sair dessa ileso?

- Creio que não, mas você também não.

Ele correu em minha direção, me jogando contra a porta do cômodo, senti um pedaço da madeira perfurar o meu abdômen, mas não parei por aí, levantei e criei uma bola de fogo, lançando-a na direção do carrancudo, que gritou pela dor do impacto. Seu rosto ficou todo queimado e sem formato, sangrando por todos os lados. Escorreguei, passando por debaixo de suas pernas e pulei em suas costas, o que não foi muito bem planejado, já que o mesmo me tirou de si, me atirando contra o chão, meu corpo inteiro formigou pela dor, mas consegui criar um escudo e faze-lo sair rolando escada abaixo. Então desci, me apoiando no corrimão, imaginado sair daquele lugar, mas o homem permanecia firma em sua missão de me matar e eu nem sequer sabia o motivo da luta. Mas o maior problema, foi que eu me distrai, e é claro que o mesmo aproveitou a situação para puxar meu calcanhar, fazendo com que eu batesse a cabeça no degrau mais próximo. Minha visão ficou turva, comecei a ver pontos pretos, sabia que não conseguiria fazer muita coisa, porém, pensei em meus pais, como eles devem estar depois de serem atacados por minha causa. Mais uma vez, me levantei, focando na raiva que eu sentia e entrei em combustão espontânea.

- Era isso o que eu queria ver. – Falou ele, rindo de maneira exagerada.

Mas não dei tempo para que ele fizesse alguma coisa, pois com toda a energia que me restava, o envolvi em chamas tão quentes, que seu corpo não aguentou, tudo o que havia sobrado do homem sem nome, foram apenas cinzas. Quando as chamas sumiram de mim, eu já não tinha forças para me manter em pé, o local todo rodava como se eu tivesse me divertindo em um parque de diversões, só que sem a diversão e apenas a dor. Eu ainda estava consciente, quando ouvi pessoas entrarem no que sobrou de minha casa, imaginei que fossem os vizinhos, mas vivíamos isolados por causa dos meus poderes, então não havia ninguém por perto. Mas eles começaram a conversar entre si.

- Ela ainda está viva?

- Parece que sim, Alyssa.

- Certo, vamos levanta-la e leva-la para a academia, lá ela poderá descansar e se curar.

- Com cuidado, Jason. Ela parece muito ferida.

- Ela foi corajosa e com certeza, lutou muito bem, digo isso apenas pelo estado da casa e da mesma ter sobrevivido.

- Vamos saber apenas quando ela acordar e nos contar o que aconteceu.

- Apenas se ela quiser, como sabe que ela confiará em nós, Alex?

- Não sei, apenas supondo, já que a salvamos.

- Você acabou de dizer que ela fez todo o trabalho sozinha e agora diz que a salvou? Merece um cascudo.

Eles ficaram discutindo por longos minutos, até perceberem que eu continuava jogada no chão, com o meu abdômen perfurado, uma baita dor de cabeça e com certeza, pensando em quais perguntas eu faria primeiro. Quem era aquele homem? Porque queria me matar? Acho que essas eram as quais eu mais precisava de resposta, precisava ficar bem e encontrar meus pais, mas sabia que eles tinham ido para a casa de algum parente próximo, mas mesmo assim, eles estariam desprotegidos se alguém resolvesse ir atrás deles novamente e eu não podia deixar isso acontecer.

Então com todo o cuidado, um deles me aninhou em seus braços fortes e aconchegantes, senti que não me fariam mal, mas não baixaria a guarda, o que foi muito difícil de fazer, já que eu desmaiei, nada mais vi além da escuridão absoluta.

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