Hoje em dia, muitas pessoas possuem poderes, não somos alienígenas de outro planeta, mas nos intitulamos como Yanxes, apenas para nos diferenciarmos, pois somos humanos, só que com algumas habilidades.
Eles nos temem, pois acham que vamos dominar o mundo de alguma forma, por isso, mantemos nossos poderes escondidos de todos, pois a maioria das pessoas já tentou nos ferir, o que não deu muito certo, porém, deixou todos apavorados, de ambos os lados.
Contudo, devo dizer, só nascemos com habilidades, se nossos familiares a tiverem, porém, esse não foi o meu caso, mas tenham calma, vocês terão suas respostas, mas no decorrer da história.
Como eu já havia dito, meus pais ou qualquer outra pessoa da minha família não possuem tais habilidades, por esse motivo, tive que escondê-los de todos e aprender a controlar e usa-los sozinha, já que não havia ninguém para me ensinar e em apenas um dia, minha vida inteira mudou drasticamente. Meu nome é Nicole Anderson e eu sou a única manipuladora do fogo vista em muito tempo.
Como hoje era sábado, eu saí com as minhas amigas, desde que terminamos a escola, quase não tínhamos tempo de nos ver e apreciar o momento, pois com nossas responsabilidades, era quase impossível. Mas depois de um almoço excelente, eu fui para a minha casa, mas assim que destranquei a porta da frente, percebi que tinha alguma coisa errada. O sofá estava virado, todas as decorações de minha mãe estavam jogadas pela sala principal, porém, não havia sinal de meus pais. Então ouvi um barulho no andar de cima, era meu pai.
- Saia da minha casa.
- Não até encontrá-la. – Falou o homem com uma voz áspera, como a de um fumante.
Larguei minhas coisas em qualquer lugar e subi pelas escadas, tentando fazer o mínimo de barulho. Assim que visualizei a silhueta da pessoa que invadira a minha residência, usei a minha telecinese e o joguei para longe dos meus pais, que abriram a porta de imediato ao ouvir o barulho do lado de fora do quarto.
- Saiam. – Eu gritei.
- Não sei você, minha filha.
- Eu vou ficar bem, vão para a casa de alguém. Eu resolverei a situação. Vão.
Ambos correram pela escada e assim que ouvi a porta de casa ser aberta e fechada, virei-me para o brutamontes, que agora se levantava.
- Aí está ela.
- Quem é você?
- Ninguém que possa te importar. – Disse ele sorrindo.
- Você entra na minha casa, ameaça a vida dos meus pais, acha mesmo que vai sair dessa ileso?
- Creio que não, mas você também não.
Ele correu em minha direção, me jogando contra a porta do cômodo, senti um pedaço da madeira perfurar o meu abdômen, mas não parei por aí, levantei e criei uma bola de fogo, lançando-a na direção do carrancudo, que gritou pela dor do impacto. Seu rosto ficou todo queimado e sem formato, sangrando por todos os lados. Escorreguei, passando por debaixo de suas pernas e pulei em suas costas, o que não foi muito bem planejado, já que o mesmo me tirou de si, me atirando contra o chão, meu corpo inteiro formigou pela dor, mas consegui criar um escudo e faze-lo sair rolando escada abaixo. Então desci, me apoiando no corrimão, imaginado sair daquele lugar, mas o homem permanecia firma em sua missão de me matar e eu nem sequer sabia o motivo da luta. Mas o maior problema, foi que eu me distrai, e é claro que o mesmo aproveitou a situação para puxar meu calcanhar, fazendo com que eu batesse a cabeça no degrau mais próximo. Minha visão ficou turva, comecei a ver pontos pretos, sabia que não conseguiria fazer muita coisa, porém, pensei em meus pais, como eles devem estar depois de serem atacados por minha causa. Mais uma vez, me levantei, focando na raiva que eu sentia e entrei em combustão espontânea.
- Era isso o que eu queria ver. – Falou ele, rindo de maneira exagerada.
Mas não dei tempo para que ele fizesse alguma coisa, pois com toda a energia que me restava, o envolvi em chamas tão quentes, que seu corpo não aguentou, tudo o que havia sobrado do homem sem nome, foram apenas cinzas. Quando as chamas sumiram de mim, eu já não tinha forças para me manter em pé, o local todo rodava como se eu tivesse me divertindo em um parque de diversões, só que sem a diversão e apenas a dor. Eu ainda estava consciente, quando ouvi pessoas entrarem no que sobrou de minha casa, imaginei que fossem os vizinhos, mas vivíamos isolados por causa dos meus poderes, então não havia ninguém por perto. Mas eles começaram a conversar entre si.
- Ela ainda está viva?
- Parece que sim, Alyssa.
- Certo, vamos levanta-la e leva-la para a academia, lá ela poderá descansar e se curar.
- Com cuidado, Jason. Ela parece muito ferida.
- Ela foi corajosa e com certeza, lutou muito bem, digo isso apenas pelo estado da casa e da mesma ter sobrevivido.
- Vamos saber apenas quando ela acordar e nos contar o que aconteceu.
- Apenas se ela quiser, como sabe que ela confiará em nós, Alex?
- Não sei, apenas supondo, já que a salvamos.
- Você acabou de dizer que ela fez todo o trabalho sozinha e agora diz que a salvou? Merece um cascudo.
Eles ficaram discutindo por longos minutos, até perceberem que eu continuava jogada no chão, com o meu abdômen perfurado, uma baita dor de cabeça e com certeza, pensando em quais perguntas eu faria primeiro. Quem era aquele homem? Porque queria me matar? Acho que essas eram as quais eu mais precisava de resposta, precisava ficar bem e encontrar meus pais, mas sabia que eles tinham ido para a casa de algum parente próximo, mas mesmo assim, eles estariam desprotegidos se alguém resolvesse ir atrás deles novamente e eu não podia deixar isso acontecer.
Então com todo o cuidado, um deles me aninhou em seus braços fortes e aconchegantes, senti que não me fariam mal, mas não baixaria a guarda, o que foi muito difícil de fazer, já que eu desmaiei, nada mais vi além da escuridão absoluta.
Quando acordei, me sentia recuperada, apesar de ainda sentir uma tremenda dor de cabeça, a pancada tinha sido muito forte para ser curada de um dia para o outro. Assim que abri meus olhos, tive que me acostumar com a claridade intensa que iluminava todo o quarto no qual eu me encontrava, que parecia ser muito confortável e natural, cheio de diversas plantas, uma fonte que jorrava água e devo dizer, o som que aquele cômodo transmitia, me fazia querer voltar a dormir, de tão relaxante que era. Quando finalmente levantei, percebi que estava sem minhas roupas, então peguei o lençol, que forrava a cama, e enrolei em todo o meu corpo. Caminhei lentamente até a janela, para tentar entender em que lugar eu estava, mas não reconheci nada do local. Me assustei quando alguém entrou no quarto, quase lançando chamas para todos os lados. - Me desculpe, achei que ainda estivesse dormindo. – Disse a garota com lindos cabelos loiros e encaracolados, além de seus intens
- O que aconteceu? Porque está tudo escuro? E seja quem for, pode, por favor, sair de cima de mim?Sem dizer nada, a pessoa se levantou e tudo clareou em um passe de mágica.- Jason, o que você está fazendo? – Perguntou Kyle.Ele não respondeu à pergunta, apenas se voltou ao seu oponente, nem ao menos se desculpou por ter esmagado cada osso do meu corpo. Eu sei, um pouco exagerado, mesmo assim, quem ele pensa que é? Mas ele sentia raiva, isso eu podia perceber com facilidade. O mesmo não queria facilitar para o seu oponente, mas isso não significa que ela possa machucar a outros durante o percurso.Eu nem pensei, apenas me levantei e coloque Jason e seu colega contra a parede, usando minha telecinese.- Qual o problema de vocês dois?- Me coloque no chão. – Reclamou Jason.- Pe&cced
Se vocês imaginavam que proteger a mente de alguém era simples, estavam errados, inclusive eu mesma. Era uma dor insuportável. Vou tentar explicar mais detalhadamente, eram necessários, dois telepatas para esse processo. Henry entrava em minha mente tentando bloquear todas as minhas memórias, para que eu não pudesse ser controlada, já Emy, tentava acessar e fazer com que eu a obedecesse. Eu queria muito dizer que foi rápido, e que apenas o começo foi terrível, mas, para falar a verdade, ficamos 5h dentro de uma sala até finalmente termos o sucesso que desejávamos. Eu suava frio, estava ofegante, fraca e cansada. - Não foi tão ruim assim. – Comentou Henry. - Eu gostei muito de você, não faça eu lhe dar um soco depois de tal comentário, pois não foi a sua mente que foi invadida. - Ela tem razão, não diga uma coisa dessas. – Emy o repreendeu. - Eu agradeço muito pela ajuda de vocês. - Imagina. Mas não
Quando acordei, fui novamente para a sala do diretor, só que dessa vez, por vontade própria. Além disso, eu nem tinha feito tantas coisas ruins, e o atraso nem foi por minha culpa, aquele lugar era enorme, como eu poderia decorar cada espaço? Mesmo depois de Alyssa ter me apresentado a academia, eu ainda ficava perdida enquanto andava sozinha naqueles corredores. Mas o que posso fazer? Não tenho a memória boa. Bati na porta, esperando uma resposta. - Entre. – Disse ele. – Senhorita Anderson, sente-se. - O senhor está ocupado? Eu gostaria de fazer umas perguntas. - Achei que teria. Me acomodei em uma poltrona. - Porque apenas eu? – Não precisei dizer mais nada, pois o mesmo pareceu entender. - Os manipuladores do fogo, sempre foram os mais fortes entre todos. Eles sempre acreditaram que ter reis e rainhas os comandando, os faziam poderosos, mas isso subiu à cabeça deles
Na manhã seguinte, voltamos para a floresta, mas estávamos muito constrangidos com o sermão que tínhamos ganhado no dia anterior. Hoje teríamos que conseguir alguma coisa, ou levaríamos um grande e redondo zero. E parece que Jason não gostou de saber que poderia ter uma nota ruim, dentre todas as suas notas dez. (Ele se gabou muito por isso). - O que vamos fazer para conseguir ampliar nossos escudos? Alguma ideia? – Perguntou ele. - Vamos tentar dar as mãos, talvez acontece algo. Mas eu estava errada, nada aconteceu da primeiras vinte vezes que tentamos. “Vocês precisam se conectar” Lembrei do que o diretor havia nos ensinado. - Me conte algo sobre você, algo que goste de fazer. - Algum motivo em especial? - Apenas uma ideia. Vamos, me diga algo. Ele hesitou. - Se contar isso para alguém... - Não vou, prome
- Eu esperava uma rima melhor. – Zombou Alex. - A quantos anos os manipuladores do fogo estão desaparecidos? – Perguntou Nicole. - Em duas semanas completa vinte e um anos que não temos notícias deles. Nicole pareceu assustada com tal informação, mas resolvi que não era hora de perguntar o que passava por sua cabeça. Vasculhamos a cidade inteira, até perceber que não havia nada ali, além de destroços. Quando a noite chegou, retornamos ao instituto, Alyssa se dirigiu para a sala do diretor, para lhe contar o que encontramos, ou seja, apenas uma frase que para mim, não fazia sentido. Quando todos já haviam ido para seus quartos, resolvi fazer uma caminhada noturna. O que? Não tenho culpa de ter hábitos estranhos. Mas, isso não vem ao caso, o que eu estava querendo dizer é que quando sai, vi uma silhueta, muito familiar, indo em direção a floresta. Olhava para todos os lados, com medo de ser pega. Usei a minha teleci
- Como? – Perguntou Nicole.- Precisamos de convites e roupas. Allie, pode providenciar?- Com certeza. – Disse, se levantando e voltando para a academia.- Nicole e Jason, vocês dois vão se disfarçar e entrar na festa.- Que tipo de festa? – Perguntei.- Ela faz esses eventos para abençoar casais apaixonados.- COMO É? – Nicole e eu dissemos juntos.- Isso mesmo, mas tentem ser discretos, além de Yanxes, também terá humanos. E para a alegria de vocês, o evento será durante a noite de hoje, estejam preparados.Eu não posso negar que estava um pouco animado em ir a esse evento com Nicole, porém, eu também gostaria de fugir. Eu sei, sou indeciso, mas o que posso fazer? Conheci ela a pouco tempo e não acredito nisso de amor à primeira vista, deixo isso para as histórias em quadrinho.
Eu estava dormindo, quando ouvi alguém me chamar.- Jason!- Estou acordado. – Disse, dando um pulo da cadeira.Percebi que era Nicole me chamando, tinha um sorriso estampado em seu rosto. Então caminhei, lentamente, até sua cama e me sentei ao seu lado. Ela parecia bem, como se nada tivesse acontecido no dia anterior, como se tudo o que aconteceu, tivesse desaparecido de sua memória. No entanto, eu não poderia saber, precisaria perguntar para a mesma.- Como está se sentindo?- Bem, o que aconteceu? Estou um pouco confusa.- Você não se lembra? – Perguntei.- Só de termos corrido até a floresta, depois disso, não me lembro de nada, minha memória não está clara.Contei a ela o que havia acontecido na noite anterior, infelizmente, seu sorris