– Sou nascida e criada na Califórnia. – Costa Oeste. Um dos meus lugares preferidos. E seus pais? – Ela continuou. – Os meus pais são latinos, é um estado praticamente construído por imigrantes. Então os dois se mudaram para lá por conta do trabalho do meu pai a muito tempo. Então pode me considerar o que chamam de Brasílio-americana. – Aquela frase sai quase que automática de tantas vezes que repetiu, em apresentação de negócios, reuniões com clientes e até jantares que diziam ser formais e cheios de etiquetas a questionavam a mídia sem disfarçar. – Diferente, acho que nunca tinha ouvido assim. É como os ítalos-americanos? – Todos se olharam, por um segundo era novidade para todo. – Isso, por conta da dupla cidadania. Só que é mais fácil dizer que sou americana de família latina. Todo mundo está mais acostumado. – Só então via o príncipe com o olhar, sabia que estava segura e se sairia bem. Ela já tinha dito em outros momentos o quanto a questionava sobre as origens e como t
Logo depois deixaram a mesa e enquanto caminhavam para a sala principal, Ellora contou como foi lidar com a primeira exposição sobre eles. Ninguém ainda sabia quem ela era, mas Charlotte já alertava que poderia piorar e exemplificar algumas situações que passou com o noivo.Sempre causava alvoroço a novidade de um relacionamento, mas não sabia como poderia ser com eles dois se tornassem mais sério. Se ela quisesse continuar se encontrando com Max, deveria estar pronta e mentalmente preparada para o que estava por vir.Ela era educada, tinha senso de humor como Max e também um pouco mais alta que Lola, tinha traços que lembravam o príncipe como se fosse gêmeo, era lindíssima. Se não fosse os cabelos ruivos e liso na altura dos ombros e os olhos da mesma cor do irmão. De certo modo gostava da companhia dela. E conseguia ver o quanto era transparente mesmo sem conhecer muito bem Lola. – Eu soube que vocês foram ao Mits, ontem. – É claro que ela sabia, dúvida que existia algo que poderia
Mesmo com o tempo fechado, o que era comum em Londres, nada diminuiu a empolgação dos dois. Max tinha colocado uma touca para se proteger do vento gelado e Lola um boné para não bagunçar tanto o cabelo longo por conta dos ventos fortes e familiares. Talvez assim passassem despercebidos na rua. Dessa vez era o príncipe que dirigia, Raj ia os acompanhar até centro em um segundo carro, seguiam na frente e no caminho passaram pelo palácio de Buckingham, o lugar que mais queriam evitar no momento.Não dava para negar que avenida e o chafariz da matriz que dava acesso até ele era incrível, grandioso e a praça central que ostentava uma enorme fonte era de tirar o fôlego.Realmente Lola sentia como uma turista na cidade, o p
Perto dali ficava uma barraquinha de falafel, e Max garantia que era o melhor da vida e queria muito que ela provasse. Às vezes até pedia para alguém do palácio buscar uma porção quando estava lá e não podia ir ele mesmo.Era a última parada antes do grande final do passeio e esperava a chuva diminuir, levava Ellora até lá ainda agarrada ao corpo dele.O dono da barraquinha já o conhecia de longe e mantinha o segredo, sempre que via Max chegar o senhor se animava pela presença dele e o fato de ser um dos clientes mais fiéis, e sempre preparava o pedido exato.Com a pequena caixa de comida na mão, ele a olhava sério, quase como se ela negasse ou fizesse alguém criticar aquilo,
Era tudo que precisava para acalmar toda tensão e preocupação de Max, que a beijava com carinho e demora. Gostava que os lábios dela sempre pareciam pedir para ser beijados, de como eram macios e da atenção que depositava quando se moviam, com preguiça e calor. Convidava a língua dela para a dele, e explorava devagar. Só parava quando sentia o corpo aquecer e Ellora suspirava completamente derretida e entregue a ele com o sorriso preferido nos lábios e os olhos brilhavam.Eram perfeitos um para o outro.— Como vou deixar você ir embora amanhã? — Provocou Max, e rouba outro pequeno beijo.Ellora estava pronta para o responder, que não precisava pensar nisso, que estava apaixonada por ele. Mas ouvia
Quando chegaram a Kensington, já era noite e havia esfriado bastante. Nem parecia que tinha passado tanto tempo fora. A única coisa que os dois queriam era um banho quente e passar o resto da noite juntos, sem muitos planos elaborados. Depois do jantar, Max sugeriu para assistir a filme na sala de música que dividia com a irmã. Não tinha por que se esconder no quarto. David enfim aparecia, apresentar os dois devagar pareceu melhor. Mas pouco tempo atrás, o peludo se jogava no colo de Lola buscando ganhar carinho e ela era a grande novidade para ele.Comparar as culturas e costumes eram os assuntos preferidos dos dois, mas sempre terminava com um dos dois beijando outro para cessar a discussão. Só de provocação, dizia ser melhor que muitos clássicos americanos que eram superestimados. Lola só observava as mãos grandes segurando as coxas de uma forma tão firme e estava ansiosa por aqueles lábios. Só aquele gesto fez com que o interior dela se apertasse e dessa vez entendeu que não seria paciente como fora na última vez. A boca cobria novamente a parte mais sensível e se movia de novo devagar, ganhando espaço entre os lábios dela tão molhados, encontrava o clitóris fácil e com movimentos tão gostosos que a enlouqueciam.O que mais a impressionava era ver o quanto ele tinha prazer e realmente gostava, a deixava maluca e ansiosa. Mas com um sorriso de satisfação inexplicável quando afastava a boca e usava os dedos para a tocar, e como ela mesmo dissera antes, nada se comparava à sensação da boca dele lhe dando prazer. E não demorava mCapítulo 89
Lola começou pelo mais simples e divertido contar à amiga como havia sido conhecer a irmã de Max e as duas riram juntas. Só para lembrar da situação, ela seminua no quarto, vendo ele tomar uma bronca da irmã mais nova. Era o que ela precisava, relaxar ouvindo a voz calorosa de Patrícia.Mas depois de uma pausa, tomava coragem para desabar, contar tudo que aconteceu e sentiu no jantar e dia com ele, à tarde no Big Ben.— É, você está certa, acho que estou apaixonada por ele. Na verdade, quase me declarei hoje. – Mas o sentimento de confusão e medo a tomava de uma forma que não conseguia explicar. Tinha tanto receio de se machucar de novo, que buscava sinais de que poderia estar errada sobre ele.