Ele conseguiu a fazer sorrir, não estava brava ou chateada. Só precisava entender e ele tinha seus motivos, era razoável. Imaginava quantas vezes pessoas apenas se aproximavam para ter seus 5 minutos de fama e o nome vinculado ao dele. – Pode deixar, vou depositar todas minhas fichas e técnicas nesse evento canônico. – Lá vinha o historiador dar as caras entre suas brincadeiras. – Um marco, talvez. – Mal sabiam o que poderia acontecer entre eles. A única coisa que restava era tentar depositar todas as energias e foco dela no novo projeto principal, e a nova versão precisava ser finalizada com máxima prioridade, e começar a criar os novos relatórios com a equipe para enfim defender o projeto e garantir que seria implementado em toda a rede. Mesmo com as relutâncias de alguns colegas, ela tinha apoio da diretoria para fazer aquela grande mudança acontecer. A ideia era automatizar completamente o atendimento, utilizando I.As para interpretar os resultados e até respostas vindas dire
Os algoritmos de redes sociais também não ajudavam em nada Lola, que por alguns momentos tentava pausar aquele sentimento descontrolado. Mas depois das pesquisas que fez. Sempre aparece alguma notícia nova ou antiga sobre a família real. Mas sempre gerava um comentário engraçado sobre o assunto, nem que fosse uma mensagem. A lembrar sempre de quem ele era. Mas nenhuma daquelas notícias se comparava com as fotos que recebia da rotina do príncipe, ele era um homem comum, principalmente com ela. A fazia rir e sorria toda boba quando o mostrava o cachorro com quem dividia o quarto. E Max adorava flertar e instigar, de uma forma inteligente. A fazia ficar vermelha, quando a elogiava. Principalmente depois que tomou coragem de mandar uma foto dela recém-saída das aulas de dança. No final do dia, sempre fazia questão de ir à academia, cuidar da mente e do corpo, colocar para fora todo o estresse e as tensões que vinham de todas as formas. Ellora Munõz: Hoje a professora acabou comigo,
O plano para o dia era acordar cedo e poder correr no parque perto de casa, como sempre fazia, depois da longa semana que teve. Era a forma preferida de esvaziar a mente, sozinha e com a natureza em sua volta. Logo cedo, perto das 7h00 da manhã, Ellora saiu do apartamento em silêncio para não acordar Patrícia e com um par de fones no ouvido e tênis confortáveis. E quando regressasse, iria tomar coragem e contar à amiga sobre a futura mudança, a compra do apartamento deu certo. Era todo dela. Estava guardando e mantendo aquele segredo desde o começo da semana. A consumia.Assim que saía pela rua e deixava o ritmo da música guiar, em direção ao parque, a menos de 10 minutos de distância do apartamento,, passava um bom tempo por lá, mais de 1 hora correndo até se sentir exausta e, no limite, só iria parar comprar algo para refrescar. Estava pronta para ir para casa. Por aquele momento, se sentia distante de tudo, e quando viu uma sombra agradável em uma das colinhas e irresistível de
— Então, vou estar em evento em Los Angeles, depois do feriado de 4 de julho. Queria saber se você gostaria de me encontrar lá? – Ele estava nervoso e até sem jeito em fazer aquele convite. – Posso reservar um quarto para você no hotel e no mesmo andar que vou ficar, assim a gente pode sair e jantar. Ter um final de semana juntos, eu pensei. Um encontro, de verdade. Se você quiser, é claro. É claro que ela queria, os olhos dela brilharam com a ideia de passar mais tempo com Max, ela planejava e vinha pensando algumas vezes na possibilidade. E até como tocaria no assunto, não só com uma sugestão do que queriam. — Na sexta? – Enquanto falava, olhava o calendário e a agenda do trabalho não tinha nada reservado para aquele dia. Ficava mais empolgada ainda, poderia bloquear o dia para não ter imprevisto e sair conforme o combinado. — Eu posso, na verdade, eu adoraria. Só me passe depois o que preciso fazer e como faço para chegar até você, horário e lugar que eu dirijo até lá. O rosto
A semana era curta, 4 de julho era uma das datas mais esperadas para todos, e ainda no fim da semana tinha um encontro mais inesperado que pensou. No trabalho, Ellora tentava ocupar a mente com as tarefas ao longo da segunda e, após o trabalho, iria direto para casa, mãe. A maioria dos feriados em família, inclusive a de Patrícia, estaria lá. Todos se reuniam, viviam na mesma vizinhança, então se tornava uma grande festa. Como uma grande comunidade, bem semelhante à do Brasil, onde todos se conhecem desde sempre. Ao chegar a noite, já estava na casa da mãe, e Ellora ia cozinhar e ajudar com os preparativos para o feriado. Tradição por tradição. Cada um tinha sua função. Nem tinha tempo para tirar a roupa do trabalho, ainda estava com a saia até a altura dos joelhos e camisa social enquanto preparava os ingredientes para o dia seguinte. Amava aqueles momentos simples, como sempre fizeram desde a infância, eram as melhores memórias de família. Todos festejando e comemorando.
— O novo namorado dela. O britânico. – Paty não parava e ainda ousava pegar um pedaço da cenoura e sair rapidinho. — Paty, parou. O que eu te falei? – Ellora largava o que estava fazendo e afastava a mão dela para não se cortar enquanto chamava atenção. Patrícia colocava a mão na boca como se tivesse entregado o segredo. Havia esquecido por um momento do combinado. E sempre falava demais. — Não sabia que estava namorando, Lola. – Marco falava curioso e atento, tentando entender o porquê do segredo. Ela nunca escondeu nada do tipo de ninguém. — Já era hora dela conhecer alguém. E mais uma vez ela respirava fundo e encostou a cabeça na bancada, estava calor e o sol brilhava forte, e até abafava a cozinha, usava só um short jeans e a parte de cima do biquíni em casa. A camiseta ficou no quarto e só a cerveja gelada para salvar. Ainda não queria compartilhar o que sentia ou que queria com Max com ninguém, era muito cedo. — Eu não estou namorando. Só conhecendo uma pe
Ela teria que encontrar um lugar mais calmo para conversar, enquanto ao fundo ouvia o irmão perguntando para Patrícia se era o mesmo cara. Mas não conseguia ouvir nada, só torcia para ele atender. — Oi, desculpa não atender antes. Estava na piscina com o pessoal. – Ellora falava rápido e um pouco nervosa, por enfim falar com ele em paz no antigo quarto. — Aproveitando bem o dia? – Max perguntava, já era tarde da noite, quase começando a madrugada em Londres. Ele não ia conseguir pegar no sono até falar com ela. Ainda tinha um assunto que precisava resolver. — Sim, foi ótimo. Na verdade, estou bem cansada. E você? – Não queria parecer inquieta, então respirava fundo e sorria sozinha. Fique calma. — Tive um dia longo também, mas não consigo dormir. – Ele suspirava, nem tinha se trocado a roupa do último evento do dia. Só se jogou no sofá até o momento certo. — Tem uns 15 minutos para gente conversar? – Enfim, ele fala. – Tenho, pode falar. – Max parecia sério só pelo tom de voz,
Ellora ainda não entendia como, mas ele conseguia derrubar qualquer barreira que pudesse existir entre eles a distância. Dava uma olhada para si antes de responder e notava que estava de biquíni na parte de cima e apenas o cabelo a cobrindo um pouco. Quase nunca ficava sem jeito, era desinibida e fazia o que bem queira. Mas os olhos de Max passando por ela a deixavam quente novamente. – Você me viu no sábado, ou só quer me deixar sem graça de novo? – Ela só conseguia sorrir enquanto arrumava o cabelo e ajustava o biquíni. Não ia deixar que ele visse mais do que devia. — Eu sei, mas está mais bronzeada ainda. – Mas Max parecia enxergar no fundo da alma dela. E acompanhava os movimentos, era difícil não notar mais que a simples peça que vestia e suspirava. – Tomou sol hoje? — Reforçava a pergunta.— Um pouco, mas você está desviando o assunto. – Tinha que ter muito controle para não ir por aquele caminho, o assunto ainda não havia sido finalizado. — Ok, você venceu. Mas chego amanhã