— Não foi isso que quisemos dizer. Apenas queremos nos assegurar. Que a senhorita está principalmente ciente do cargo e deveres que tem com a companhia. – A tal Leila até gaguejava enquanto falava com Ellora e às vezes olhava para a tela e encontrava os olhos frios do grupo de britânicos. Eles ainda tentaram argumentar com pontos que eles já tinham discutido tantas vezes. Em outras situações e até mesmo no trabalho. Então vinham falar de ética e confidencialidades. A coroa fez questão de afirmar que cobria tudo que era necessário. Que ela já tinha assinado há meses. — Eu garanto a vocês o termo que eu assinei ao começar a me relacionar com Max. É duas vezes maior que o de ética e o próprio termo da empresa. — Então ela relembrava a todos. — Que não sei se vocês lembram. Mas assinei novamente há quase 3 meses, quando fui promovida de novo. Vamos rever uma parte aqui, que fala muito bem do que Andrew disse ser um dos receios da companhia — Ela mesma desbloqueava o computador no docu
Os próximos dias seriam uma maratona de viagem e reuniões, o que acabava deixando ela ainda mais esgotada. A única coisa que conseguia fazer quando chegava ao hotel era ligar para Max e conversar um pouco antes de dormir. E mais uma vez estava quase pegando no sono durante a ligação quando ouvia que ele queria que ela fosse para Londres neste fim de semana.— Essa semana não posso. Tenho visita na sexta com a maior filial, só na próxima semana mesmo, baby.— Eu sei, por isso que vem de voo particular. Embarca na sexta após o trabalho e chega aqui de manhã no sábado. — Insistiu Max.— Isso é loucura. Eu já vou daqui a uma semana praticamente. E você não te
Shan explicou que ali não era o instituto oficial, e nem parecia. Mas o clube de polo era muito antigo, fazia parte das propriedades da coroa e escolheram para realizar o evento. Tinha uma exposição montada contando a história do lugar e como ela se misturava à do pai de Max e toda a família, principalmente depois que o próprio foi acometido pelo câncer. Conseguia ver rapidamente algumas coisas enquanto passava pelo saguão discretamente e já notava os olhares curiosos de quem a via chegar acompanhada do assessor direto do príncipe.Na área externa, jamais movimentada, encontrava-se o exemplo perfeito da monarquia britânica e seus envolvidos, muitos chapéus e aqueles vestidos que só vira em revista quando tinha algum evento desses, até pares de luvas de toda rendada vira algu
Depois do passeio, ambas se despediram e Lola foi encontrar novamente Beatrice. Ao que parecia, o jogo deu uma pausa, mas Lola não encontrou Max ali perto. Pouco tempo depois de sentar e retomar a conversa, notava uma loira se juntando a elas, e pela cara das primas de Bea do lado oposto da mesa, não esperavam a presença dela ali.— Ellora essa é a Isabelli. Uma amiga da família. — Logo a reconheceu o nome, e olhando bem, a loira era familiar. A tal namorada não oficial de Max, ele já tinha contado sobre ela.— Prazer em conhecê-la. — Cumprimentou a loira, que lembrava até demais Max, os olhos claros e cabelo como tal, e visivelmente mais alta que Ellora. O pouco que sabia é que ela era o tipo de amiga que eles saíam e muitas vezes t
Ao retornar para o jogo, Ellora que agora se sentava com Bea, cunhada Bertina, junto à mãe dela. As três permaneceram sentadas conversando sobre como foram os outros dias do evento e todos os pontos importantes.Discretamente, Beatrice confidenciou que a presença de Isabeli era constante por conta da família dela, o pai era um lorde inglês de família tão antiga quanto a família real, como se fizesse parte de algum tipo de corte. Era esperado que Max tivesse namorado ou até casado com ela devido ao longo envolvimento que tiveram. Em certa época, a chamava de a namorada não oficial do príncipe. Lola assentiu e manteve o melhor sorriso, só tentando imaginar a ideia dele ter alguma vez a tido como opção, invés de antiga noiva. Até ter certeza de que estavam sós, fechava a porta atrás deles. Parecia um quartinho de guardar bagunça, mas estava organizado até para o que servia. Tinha coisas para o jogo e ela logo reconheceu, algumas caixas e uma luz discreta entrando pela janela fechada. Limpo até demais para um lugar de bagunça.— Essa roupa amassa muito? — As mãos de Max de novo estavam no pescoço dela, passeando pela pele até chegar no decote da camisa e puxar para dar uma olhada no sutiã que usava.–– Não, quase nada. Por quê? – Ela sabia bem o que ele queria e deixava a própria bolsa a tiracolo na mesa atrás dela. E ouvia cada palavra dele. Em um tom grave, rouco, de quem não tirou os olhos dela um segundo sequer.Capítulo 136
— Confesso que não conhecia o jogo até conhecer Max. — Ela deu aquele sorriso pequeno como se desculpasse. – Mas pareceu muito divertido. E precisa claramente de muita habilidade para isso. Montar e ainda perseguir a bola, disputar com os demais jogadores. –— Sim, é um jogo de muitas habilidades. Max é ótimo nele. — Dizia ela, visivelmente orgulhosa. — Teve uma época em que ele queria competir profissionalmente. Representar a Inglaterra, acredita? Assim, a tia dele fez há muito tempo. Mas aí veio exército e estudos, ele se apaixonou pelo serviço e virou um passatempo. — As duas se olhavam e, de canto, Ellora o viu próximo delas e agora conversando com o mesmo senhor que a avó de quando chegaram. 
Depois de um tempo, Lola voltava à mesa onde estavam todos reunidos, arrumada como se nada tivesse acontecido, cabelos e roupas no lugar, até o batom retocado, acompanhada de Shan.— Cadê o Max? – Philipe foi o primeiro a falar ao notar que ela estava sozinha.— Foi se trocar para o discurso de encerramento. — Pareceu o suficiente para eles. Ele agora era o padrinho do lugar, depois que o pai partiu, assumiu a posição e fechar o evento era função dele. Os outros voltavam a conversar anteriormente.As primas de Beatrice estavam empolgadas em conversar com ela e, curiosas, perguntavam se Lola tinha mais alguma tatuagem além da mão. Era engraçado que elas não poderiam fazer nada do tipo por