No primeiro momento, tudo parecia muito tranquilo e, normalmente, eles falaram sobre a avó, que esteve um pouco gripada nos últimos dias. Mas melhorou rapidamente, de longe, Ellora notava que James não tirava os olhos dela, como se quisesse analisar qualquer movimento que fizesse, tentava entender porque não gostava dela sem nem conhecer. E foi ele mesmo que tomou a iniciativa de trazer ela como assunto central da mesa. — Ellora, conta um pouco de você. Acho que somos os únicos que ainda não a conhecem. — Ele inclinava levemente a cabeça para a esposa que estava conversando com Charlie tranquilamente. De repente, ela percebia Max o olhando com reprovação. Mas ela somente segurava a mão dele que estava perto, como se dissesse estar tudo bem. — Não tenho muito a dizer, acho que todos já sabem um pouco sobre mim. Mas nasci em San Diego, passei a vida toda por lá. Moro sozinha atualmente no meu próprio apartamento, mas minh
Gradualmente, a conversa se desenrolava muito bem, mesmo vendo que Max ainda estava incomodado com irmão e as perguntas até desnecessárias, que Ellora o ignorava e mantinha educação. Ficava feliz pela mãe dele, que parecia gostar dela, até compartilhar algumas coisas sobre Max mais jovem e dos irmãos, que a surpreendia. Tudo que queria saber mais dela, onde estudou, da infância e que a cercava. Naquele momento, ela era somente a mãe de Max e não uma princesa real ou algo do tipo. A sobremesa seria servida na sala ao lado, e quando terminaram a refeição principal, todos seguiam para o outro cômodo. De alguma forma, Mary conseguia ficar sentada sozinha com Ellora, era astuta, e agora falava com ela calorosamente sobre Max. A personalidade dos dois era semelhante, entendia bem a rebeldia e o desejo de se fazer importante. Mas na primeira oportunidade trazia o assunto principal da conversa. — Ellora, posso ser sincera com você? — Dizia
Mais tarde, quando estavam a caminho do centro para visitar um pub, Max contou a ela o que tinha acontecido. E para surpresa dele, a fez rir por um momento, como sempre um pré-julgamento e leve toque de xenofobia. – Ei, ignora ele. Ganhei meu dia, após ver que sua mãe gostou de mim. Ela, sim, era minha preocupação. – Era algo comum na vida de Lola, mas ela lidava bem com as situações e, se fosse necessário, ela mesmo colocaria o príncipe mais velho no lugar. – Ele vai ter que aceitar, porque de agora em diante sou a cunhada dele. Uma mulher americana de origem latina é quase uma perversão sexual quando está com o irmão mais novo dele. – A última frase saiu como um sussurro. Ellora lhe dava o melhor sorriso, orgulhosa de quem era e estava de verdade feliz com o dia. E não ia deixar a amargura de uma pessoa acabar com a alegria que sentia.Logo os dois desciam na rua próxima ao pub escolhido, mas dessa vez iam andando enquanto segurança estacionaram mais para a frente, e Raj os acom
Quando voltava para casa, Ellora ficava inerte e completamente focada no trabalho, estava ficando melhor em relação à distância, não era tão pesada e densa como no começo. A mãe estava enlouquecendo em casa quando soube que, para pôr fim, a filha iria apresentar o rapaz e ela nem sabia como recebê-lo. Então sugeriu que o encontro acontecesse em seu apartamento, só três. Na casa da mãe dela seria impossível, sempre tinha alguém chegando, entrando e saindo o tempo todo. Mas ela fez questão de dizer que ia cozinhar, era típico dela. Uma forma de receber pessoas novas na família.Quando Ellora contou a Max por telefone como a mãe tinha reagido, Max o divertia. Para eles, já tinha se tornado natural a presença um do outro, e se esqueciam de que às vezes ainda causava impacto quando mencionava quem era ele. Max chegaria na sexta bem cedo, era o melhor horário que encontrou para o voo e terminar os compromissos do dia. Iria direto de um encontro com os organizadores dos jogos que ele pat
Max chegou bem cedo, pouco antes de 6h da manhã da sexta. Aparentemente, obviamente, Ellora mal tinha dormido, ansiosa esperando por ele. Seria a primeira visita no novo apartamento. O quarto de hóspedes estava livre para Raj se instalar, mas não imaginava e nem queria que ele fosse ficar o tempo todo enfiado lá dentro. Deveria se sentir à vontade. O que seria difícil convencer aquele homem a relaxar. Depois do interfone tocar, poucos minutos depois, lá estava Max na porta do apartamento dela, aquele sorriso preguiçoso de quem tinha dormido o voo inteiro e o assessor a tiracolo. Assim que a abraçava bem apertado, a tirando do chão, Ellora indicava para Raj o fim do corredor onde deveria levar as malas, já que Max não a soltava ainda. — Pode deixar ele no meu quarto, é a última porta. – Max a carregava facilmente até a sala e só soltava após ganhar o primeiro beijo. – Isso é saudade de mim? — Sim. 2 semanas é complicado, você sabe. – Max falava baixo ainda beijando os lábios de dela
Parecia que a tensão sexual entre os dois estava à flor da pele, o jeito com que ela se movia em cima dele e as mãos grandes quentes que a apertava contra o corpo dela, fazendo-a ficar mais grudada a ele. Era sufocante, e Max se dedicava para vê-la tão enlouquecida como ele, os lábios não deixavam os seios dela sabia o quanto era sensível aqueles picos e como gostava da boca dele ali, sugava com gula e vontade e deixava excitada e sentia o corpo dela se apertar outra vez, com a pele molhada e pegando fogo. Os olhos de Lola brilhavam, se perdia quando encontrava os de Max e as respirações ofegantes dele pedindo por mais, era o limite para ela. Que rebolava de novo com mais demora, sentia o corpo inteiro tremer e de novo se entregava a ele. Mas não era o fim, as mãos de Max passeavam pelo corpo dela, ainda sensível pelo recente orgasmo. E a deitava, dessa vez queria o controle e o jeito como os olhos dele eram intensos nos dela, sabia que ele não era suficient
Depois de mais algumas reuniões, Lola já terminava de revisar alguns pontos da semana em uma chamada de vídeo com a assistente. Estava tudo entregue, e mais uns minutos e ela estaria livre. Max aparecia pela primeira vez no escritório, com um sorriso fofo e tentando não atrapalhar com uma xícara de chá. Ele, os hábitos dele, não dispensava o chá mesmo longe de casa, a fazia sorrir como não perdia aquele jeito galanteador. Agradecia e ainda ganhava um beijo rápido dele e só então lembrava que estava em chamada com Ana. – Desculpe, onde a gente estava? – Tentou disfarçar enquanto bebia o chá. – Não sabia que estava namorando, Lola. – Ela estava toda curiosa e provavelmente não tinha visto ele por completo, o que a aliviava. – Sim, já tem uns meses. Ele vai ficar comigo esse fim de semana. – Sabia o quanto Ana era curiosa sobre a vida pessoal da chefe e não ia parar. – Que legal... Ele não mora na cidade? – Disse agora mais an
– Bom, já que vamos ficar em casa. Que tal uma noite de namorados ao estilo brasileiro? – Dizia Lola apoiada no balcão da cozinha. – E como seria isso? – Max o olhava confuso e sentava no outro lado do balcão. Senti-me à vontade na casa dela, mesmo sendo a primeira visita, à forma e carinho com que ela o olhava. Deixava sem jeito, mas ainda, sim, m, tinha uma sensação boa. – Pipoca, filme ruim, é claro, brigadeiro de colher. – Ela falava enquanto tirava alguns ingredientes do armário. – Brigadeiro? – Ele parecia interessado, tentando falar do jeito certo, nunca tinha ouvido falar. Mas era quase impossível pronunciar e ficar atento vendo o que parecia ser cacau em pó, leite condensado e manteiga sair da geladeira. – É uma das maravilhas do mundo da confeitaria Tão bom quanto sexo. – Dizia rindo. – É um doce de chocolate. Vou fazer para a gente. – Aberto a novas experiências. – Ele a observava preparando tal doce,