46 - Carmem Gomes

Carmem Gomes

Então sinto o meu corpo enfraquecer e flutuar como se estivesse em um grande lago, o torpor daquele momento deixava com que meus sentidos perdessem a sua função, havia uma névoa muito densa, não conseguia ver muito além do corpo de Zdunk em minha frente. Enquanto flutuo naquele lugar ouço uma voz bem próxima de meu ouvido.

— Verum ab hoc puero cela. Pellem tuam illustra. In nascendo solus vivet.

“Esconda a verdade dessa criança. Clareie a sua pele. No nascimento apenas um viverá.”

Começo a sentir um calor em meu ventre, como se as lenhas de uma lareira estivessem sendo acessas para nos esquentar no inverno. Um arrepio gostoso começa a surgir em minhas costas, assim como o abraço de qualquer um dos meus amantes durante as noites que passavam comigo.

Minha mente estava tão inebriada que mal consigo entender o que realmente estava acontecendo comigo dentro daquele quarto, apenas sabia o quanto estava gostando em sentir a força como ele vinha contra o meu corpo.

Fecho os olho
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