Luna VenturiniA casa já estava toda decorada para o baile, o jardim por onde eu e António nos conhecemos estava impecável, havia lanternas com velas por vários lugares para iluminar o grande jardim. Sei que todos que irão aparecer é apenas por curiosidade depois de todo falatório aquela meretriz espalhou pela cidade.Estava com um dos vestidos que comprei em Madri, um vermelho com algumas partes em preto, lembrando uma dançarina de Flamenco. Tento disfarçar um sorriso quando alguns convidados se aproximam. A lembrança de António me tomando enquanto me arrumava faz com que suspire e sinta um calor aumentando entre minhas pernas.“Apenas não esqueça que é a mim que seu corpo pertence”Como essa simples frase fez o meu corpo borbulhar desejando ter novamente meu marido em algum momento ainda nessa noite. Puxo o meu leque e começo a me abanar para tentar amenizar o calor que estou sentindo.— O que minha linda esposa está sentindo? — Me assusto com a voz de António próximo ao meu ouvido
Luna VenturiniA despedida de Sevilha foi com muito choro de meus pais e promessas de voltar a Córdoba antes do nascimento do nosso bebê, assim disse minha mãe que estava se desfazendo em lágrimas, muito mais do que eu.Já meu irmão estava apressando para a partida deles, dizia estar com saudades de Isabel e pela forma como o via suspirando por saudade dela nos últimos dias, tenho certeza que ele será um excelente marido, afinal ele foi educado por dona Marilia e aquela ali soube muito bem criar bons homens.Prova disso é Marcos que a cada dia o vejo cuidar de cada uma das necessidades de minha amiga e céus como estava com saudades dela, preciso contar tudo o que aconteceu em Madri e as novidades de moda, principalmente a forma como as mulheres cuidam de suas partes íntimas por lá. Algo que me deixou um tanto constrangida, mas não deixei de experimentar para surpreender António.— Você vai expulsá-la então? — Henriqueta me perguntou.Estávamos apenas nós duas na carruagem com Izabel q
António VenturiniSair de Sevilha foi o que precisava, queria resolver toda a situação com Carmem, a queria fora de nossas vidas o mais rápido possível. Não quero que minha esposa passe nenhum tipo de irritação por conta daquela mulher em nossa casa.A viagem foi tranquila e paramos algumas vezes para que nossas esposas pudessem esticar um pouco as pernas e relaxar da longa viagem.Meu cunhado estava feliz em voltar para o vinhedo, eles estão no meio da colheita e precisa resolver urgentemente o que falta para vender a produção de suas uvas. Estava interessado em aprender tudo o que Marcos fará no vinhedo de sua família.Sem meu pai para me ensinar o que fazer, terei que aprender com meu cunhado e com o meu sogro como devo fazer para prosperar nas minhas próprias plantações.Depois de uma longa viagem chegamos e nossa propriedade e para a minha irritação avisto Carmem de pé na soleira da porta com um sorriso que me enoja, o desejo latente de bater com a minha cabeça no assoalho para e
Luna VenturiniSinto um peso que a cada dia aumenta em minha barriga, deslizo a minha mão pela bariga enorme que tenho. Como diz meu marido é apenas por um pouco maus de tempo.— Está bem, senhora? — Ouço Izabel perguntar atrás de mim.Estava tentando preparar o almoço, nos últimos dias venho sentindo o desejo crescente de fazer algo que não seja simplesmente bordar e tricotar, me sinto impaciente pela espera desse pequeno ou pequena lutadora dentro de mim.— Apenas cansada… — Suspiro e experimento o ensopado que estou preparando.A vejo se colocar ao meu lado e ouço passos se aproximando, pelo horário deve ser minha mãe que veio ficar comigo até o nascimento do bebê.— O que pensa que está fazendo Luna, deveria estar sentada, essa criança deve nascer em pouco dias! — Minha mãe de aproxima e retira a colher da minha mão.Coloco as mãos na cintura irritada com a postura de minha mão, sei que ela está fazendo isso porque António andou dizendo a minha mãe que não tenho ficado quieta e qu
António VenturiniDois anos se passaram e ver o quanto eu e Luna amadurecemos é incrível. Claro que recebemos muita ajuda de meus sogros que voltaram a morar no vinhedo aqui ao lado e para a tristeza de minha esposa e nossa cunhada. Marcos e Henriqueta foram para o vinheiro um pouco mais afastado.Mesmo com a mudança de meu cunhado, consegui levar a nossa produção de licor a um nível que não fazia ideia que iriamos chegar. Viro de lado na cama, mudando o pensamento assim que percebo que minha esposa estava começando a despertar.Luna com a maternidade ficou ainda mais linda, criou curvas em lugares que a deixou ainda mais…O pensamento faz com que sinta a minha virilidade inchar e começar a pulsar, retiro a coberta que nos cobria e começo a massagear tentando controlar o desejo por minha esposa, já havia lhe amado até alta horas, ultimamente ela está bem mais sedenta de quando esteve grávida do pequeno Manuel.Nosso filho em seus quase dois anos é tão parecido com ela, com seus cabelo
Luna MarcondesContinuo deitada, estamos passando o verão no vinhedo e meu pai resolveu vir para que protegesse os escravos que estão fugindo de seus antigos donos, estamos vivendo os anos finais da escravatura aqui na Espanha, temos alguns negros que trabalham para a nossa família mais eles são livres e meu pai paga um salário para os que decidiram trabalhar para a família.Henriqueta, ela é uma negra que cresceu junto comigo, seus pais estão trabalhando para a nossa família desde sempre, sei que daqui a pouco ela vem pular em cima da minha cama para descer para tomarmos café, ouço as batidas dela, na minha porta, sem demora ela entra.— Vamos Luna, sua mãe já está na cozinha ajudando a minha nos preparos para o café e seus irmãos já estão todos lá embaixo. — Ela fala suspirando.Sei que ela é apaixonada pelo meu irmão mais velho Marcos, que além de herdar o nome do meu pai ele também herdou sua gentileza e humanidade, sei que ele jamais trataria minha amiga mal.— Já estou acorda He
António VenturiniMais uma noite regada de muito prazer e muita bebida nos braços da Carmen, adoro quando meu pai resolve ir para a vinícola. Tem quase um mês que ele estava por lá, posso passar todas as noites no bordel onde a Carmem trabalha, já tentei tirá-la daqui, mas infelizmente a dona do lugar não aceita o valor que ofereço para ela.Estamos deitados, Carmen dorme tranquilamente em meus braços e fico passando a mão em suas costas e na esperança de que acorde e possa me despedir dela antes que me vá. Não posso ser visto saindo daqui outra vez.Meu pai já me avisou que vai me enviar para a vinícola se continuar visitando a Carmen ele não a aceita por trabalhar em um bordel.— Bom dia, meu conde, já está desperto? Acreditava que sairia próximo ao amanhecer. — Carmen senta na cama e se cobre com o lençol que nos cobria.— Bom dia, minha condessa, preciso ir ou perderemos o nosso futuro e não posso irritar o senhor meu pai. — Espero que ninguém me veja saindo daqui.Levanto da cama
Luna MarcondesNa manhã seguinte do arranjo do casamento, meu pai havia me chamado para conversar com ele, sabia que seria sobre o casamento e isso estava me deixando entristecida.Henriqueta, como minha melhor amiga, resolveu tentar me animar, chamando para passear, mas primeiro teria que conversar com meu pai que me aguardava.— Não fique com essa carinha Luna, talvez você goste do noivo que seu pai escolheu. — Ela diz com um sorrio encantador.Ela tem sorte que meu irmão gosta dela e principalmente meus pais, mas e eu. Não conheço o meu pretendente e provavelmente ele deve ser um homem sem escrúpulos.— Tudo bem, Henriqueta, não se preocupe, uma hora ou outra aceitarei minha situação. — Digo e deito a cabeça no ombro da minha amiga.Sei que não tenho mais para onde fugir, saio da varanda e vou para o escritório onde meu pai me esperava com meu irmão. Dou três batidinhas na porta e peço permissão para entrar.Ouço a voz do meu irmão do outro lado da porta dizendo para entrar, arrumo