Luna VenturiniEstamos há vários dias aqui em Madri, a princesa é bastante interessante e mesmo com apenas seus dezesseis anos ela sabe muito bem qual é o seu lugar, entende a sua responsabilidade e sei que será uma excelente governante, mesmo aparentando uma grande insegurança que estava vendo nela nos últimos dias.Assim como também percebi a aproximação de Felipe e Isabel, pelo pouco de contato que tive com o rei parece que aprovou essa aproximação, o que tira a preocupação do que António havia me dito. A escolha do rei para que meu irmão se torne o próximo regente.A princesa já está em idade de casar, talvez seja por isso que o rei estava a procura de um pretendente, o que me surpreendeu foi ter acontecido sem o conhecimento de seus conselheiros. Provavelmente ele não deve confiar nas pessoas que estão ao seu redor.Essa manhã António me acordou com uma massagem maravilhosa dizendo que meus tornozelos estão ficando inchados demais, o que já havia percebido, mas não quis comentar
Luna VenturiniVer o brilho no olhar de António era o que queria, precisava disso. Precisava saber que ele estava feliz em ter uma criança nossa, mesmo que minha mãe ache que é cedo demais.Sou a condessa e meu marido precisa de um herdeiro legítimo!Essa afirmação se tornou tão primordial durante o tempo que passamos ao lado do rei, e mesmo que tenha decidido criar o filho daquela meretriz, António já disse que não dará o seu nome a ele, não pela criança, mas porque sabe que a mãe dele fará um inferno em nossas vidas.António se ergue e me puxa para seus braços nos deitando na cama, nossa felicidade chega a ser tangível, o quarto está repleto de risada e felicidade é o nosso momento, um momento de paz e tranquilidade, pelo menos é isso que estava achando até sentir uma mão puxar a minha anágua para fora do meu corpo.Meu marido foi mais ágil do que imaginaria, logo começou a beijar o vale entre meus seios, apertando minha cintura com uma mão enquanto a outra começava a retirar a peç
Marilia Marcondes Não gosto de saber que Luna precisou ir para Madri, aconteceu algo, sinto em minha alma que o conde tinha algum problema mal resolvido com o rei. Mesmo que Marcos, meu marido dizer que preciso descansar a cabeça em relação a isso, não consigo. Para piorar tudo, Felipe ainda foi com a irmã e o cunhado esquecendo que tem suas responsabilidades para com o seu pai. Olho para a Henriqueta e a ver desabrochando como a futura dona dessa casa é um alívio, a vejo a cada dia mais feliz ao lado de meu filho, o que nos deixa aliviados, sinal que aquele capataz não destruiu nada em minha linda nora. — Deixe de se preocupar mulher! — Ouço a voz de meu marido. — Não consigo, tem algo acontecendo! — Insisto. — Deixe disso e venha comigo nas terras de nosso genro, preciso ver como está as coisas por lá! — Confirmo com a cabeça e pego apenas meu chapéu. Tenho certeza que Marcos me fará andar daqui até lá. Sorrio para o meu marido que já deve ter certeza o que estou pensando. Mar
Marilia MarcondesSaber que aquela meretriz estava na casa de minha filha me trouxe uma fúria que nem mesmo o meu marido conhecia, se ela pensou que seria a dona daquela casa a ensinarei como é ser uma senhora de respeito, algo que ela jamais será.Passei a semana toda madrugando na casa do meu genro, quando Izabel levantava para fazer o café, Marco estava me deixando na porta da cozinha implorando que não jogasse aquela mulher em alguma fogueira.Mas como poderia fazer isso, afinal ela está gravida. Por muita sorte ela não perdeu a criança em seu ventre, mas foi pura sorte.Porque o meu desejo mesmo era fazer carregar todas as obrigações da casa em seus ombros, assim como fiz com a minha filha e a eduquei para ser uma senhora de respeito e muita reputação.Assim que entro na cozinha a vejo amassando um pouco de trigo e um olhar assustado. Essa mulher não me engana algo, ela aprontou e só sairei dessa casa quando descobrir o que ela aprontou.— Qual o milagre de uma meretriz estar na
António VenturiniVejo Luna indo acudir a minha sogra que caiu sobre o meu cunhado, naquele momento tudo se transforma em uma confusão, vejo minha esposa começar a chorar se ajoelhando ao lado de sua mãe desfalecida.Meu cunhado corre até a cozinha para pedir algo e meu sogro se aproxima da esposa para lhe segurar as mãos, fico meio que deslocado no meio de toda aquela cena, afinal nunca tive uma família tão grande assim e muito menos tenho recordações de minha mãe.O olhar de Luna se encontra com o meu e a vejo se erguer ainda preocupada com a sua mãe que começava a voltar de seu mal-estar. Fico um pouco mais tranquilo, mas bem sei que assim que dona Marilia se sentir melhor ela com toda certeza me acertará com aquele leque novamente.— O que houve António? — Luna se aproxima e coloco a mão em sua cintura.Sorrio ao saber que ela resolveu retirar o espartilho para não apertar o nosso bebê que está crescendo dentro dela. Durante a noite ficamos conversando sobre a nossa gravidez e fic
António VenturiniNão conseguimos nos levantar do sofá, somos agarrados por todos da família. Meu peito vibra de alegria em saber que meus sogros estão felizes e que não iriam recriminar Luna por engravidar tão cedo.Mas tenho certeza que a alegria de minha esposa é pelo fato de saber que aquela mulher não espera um filho meu, sempre serei muito grato ao favor que o rei me prestou sem que soubesse. Nunca terei como pagá-lo por retirar dos meus ombros o fardo da incerteza.Minha linda esposa recebia o carinho de sua mãe que a puxou para a cozinha a fim de conversarei sobre tudo o que aconteceu depois desse mês que saímos da vinícola.— O que você de tudo isso, meu genro? — Senhor Marcondes pergunta assim que me serve uma taça de vinho.— Ele é o rei, acredito que o melhor é aceitar, é uma honra muito grande, não apenas para Felipe, mas como para todos os seus filhos também! — Expresso a minha opinião.Os outros irmãos de Luna terão bons casamentos, uma vez que eles se tornarão irmãos d
Luna VenturiniA casa já estava toda decorada para o baile, o jardim por onde eu e António nos conhecemos estava impecável, havia lanternas com velas por vários lugares para iluminar o grande jardim. Sei que todos que irão aparecer é apenas por curiosidade depois de todo falatório aquela meretriz espalhou pela cidade.Estava com um dos vestidos que comprei em Madri, um vermelho com algumas partes em preto, lembrando uma dançarina de Flamenco. Tento disfarçar um sorriso quando alguns convidados se aproximam. A lembrança de António me tomando enquanto me arrumava faz com que suspire e sinta um calor aumentando entre minhas pernas.“Apenas não esqueça que é a mim que seu corpo pertence”Como essa simples frase fez o meu corpo borbulhar desejando ter novamente meu marido em algum momento ainda nessa noite. Puxo o meu leque e começo a me abanar para tentar amenizar o calor que estou sentindo.— O que minha linda esposa está sentindo? — Me assusto com a voz de António próximo ao meu ouvido
Luna VenturiniA despedida de Sevilha foi com muito choro de meus pais e promessas de voltar a Córdoba antes do nascimento do nosso bebê, assim disse minha mãe que estava se desfazendo em lágrimas, muito mais do que eu.Já meu irmão estava apressando para a partida deles, dizia estar com saudades de Isabel e pela forma como o via suspirando por saudade dela nos últimos dias, tenho certeza que ele será um excelente marido, afinal ele foi educado por dona Marilia e aquela ali soube muito bem criar bons homens.Prova disso é Marcos que a cada dia o vejo cuidar de cada uma das necessidades de minha amiga e céus como estava com saudades dela, preciso contar tudo o que aconteceu em Madri e as novidades de moda, principalmente a forma como as mulheres cuidam de suas partes íntimas por lá. Algo que me deixou um tanto constrangida, mas não deixei de experimentar para surpreender António.— Você vai expulsá-la então? — Henriqueta me perguntou.Estávamos apenas nós duas na carruagem com Izabel q