António Venturini Já a Luna, apenas por erguer os olhos e me fitar, suas bochechas ficam rosas ou bem avermelhadas, o que faz desejar segurar em meus braços e protegê-la de tudo e todos. Dou mais um beijo em sua mão e deixo que ela acompanhe a minha sogra, observo enquanto elas caminham em direção a nossa casa para ajudar a Isabel com a refeição para os trabalhadores. Com meus olhos fixos no vestido azul-claro e nos cabelos dourados e amarrados de lado, não percebo que meu cunhado chega lentamente ao meu lado. — Seu olhar para a minha irmã está mudando cunhado e fico muito feliz em ver isso. — Felipe diz olhando na mesma direção. — Ela é uma moça determinada e para ela a família e os amigos sempre virão em primeiro lugar, então ela fará tudo para deixar todos felizes. — Digo para o meu cunhado e o vejo apenas concordar com a cabeça. — Priorize a minha irmã, cunhado, ela foi a princesa do meu pai a vida toda e de todos nos também e ela amará quando sentir que você também a prioriz
Luna Marcondes Depois que me organizo em meu quarto, já estava com minha roupa de dormir e fui até a janela, fiquei olhando para a grande casa do Conde que era visível do meu quarto e fiquei imaginando em como a minha vida será a partir do próximo mês. Consigo perceber uma movimentação no quarto do meu noivo e tento forçar a visão para tentar enxergar tão longe, vejo que ele parou na janela e me sinto se observada. Fico envergonhada por ser flagrada olhando em sua direção. Então fecho as cortinas do meu quarto e apago as velas. Amanhã começa a colheita na propriedade do Conde e minha mãe já havia dito que ajudaremos como nos outros anos na cozinha, fazendo o almoço dos trabalhadores, os nossos ajudantes como todos os anos vão ajudar para que a colheita deles termine rápido, porque assim que a colheita deles acaba inicia a nossa que é mais demorada. Fico pensando em nossa tarde e como terminou nossa noite, é inevitável que não seja transportada em meus sonhos. Havia um lindo rapaz
António Venturini Quando a Luna me contou o que aconteceu a Henriqueta, minha vontade era de matar o José, meu pai sempre disse que nunca devemos forçar uma mulher a fazer o que ela não deseja, ainda mais forçar algo contra o seu corpo. Olhar para o corpo da Henriqueta com marcas de arranhões e seu vestido rasgado me subiu um ódio tão grande daquele miserável, que reunimos todos os homens na busca daquele cretino. — Vamos Marcos, com o tempo que se passou acho que ele não deva estar muito longe, minha sogra mande alguém até a sua propriedade e peça que nos ajude a procurar pelo capataz, mas não diga nada. — Peço a minha sogra. Dona Marília, concorda e pede a Izabel que um dos seus filhos passe a levar o recado, vejo o quanto a cozinheira que cuidou tanto de mim está tão entristecida pela Henriqueta, mesmo assim a vejo mandar seu filho mais novo até a fazenda dos Marcondes. — Vamos António nossos cavalos já estão selados ou não iremos conseguir chegar perto desse homem, que farei
António VenturiniA vejo começar a roçar uma coxa na outra. Tentando amenizar o desconforto que estava sentindo. Sorrio para a ideia de ensinar a ela uma coisa que possa ajudar com o desconforto enquanto não nos casamos.— Vou ensinar algo a você, para fazer quando estiver sozinha, não pode deixar ninguém ver fazendo isso tudo bem? — Deslizo o dedo por seu braço.— Ou pode fazer quando já estivermos casados, aí pode fazer sempre, vou querer ver — Digo e beijo seus lábios sugando o inferior com força.Sorrio ao vê-la ficar curiosa, levanto da cama e passo a chave na porta que eu só havia empurrado, me surpreendo em conseguir ouvir da porta alguns gemidos vindo do quarto mais adiante.Volto para a cama e mantenho os nossos olhos fixos, ter intimidade com uma mulher é algo sublime e quero que a primeira vez de Luna seja inesquecível. Mesmo que nesse momento não esteja pronto para fazê-la minha mulher. Me aproximo de seu corpo e começo a levantar aquela quantidade enorme de tecido e a dei
Luna Marcondes A experiência que meu noivo me proporcionou, deu uma ideia bem prazerosa do que viveremos no futuro, deixou claro que entre nos dois já existe uma atração. Mesmo não devendo realizar nada daquilo, António foi um cavalheiro e se conteve da forma que conseguimos. Mesmo que lá, no fundo, desejasse que António fosse até o fim do que estávamos fazendo. Não tinha tanto entendimento do que seria sentir ele de verdade. Apenas sabia que tudo poderia ser bastante desastroso se alguém soubesse que estive em seu quarto sozinha. Mas naquela hora desejava apenas sentir o seu corpo nu colado ao meu, não sei o que as paredes de minha futura casa guardam em seu interior, mas essa noite será nosso segredo e a do meu irmão também. Tenho a sensação que entre eles aconteceu algo a mais e espero que Henriqueta durma em meu quarto hoje para poder me contar o que aconteceu entre eles dois. António fui gentil e cuidado, limpou onde ficou sujo e me deixou descansar por alguns minutos, enquan
Luna MarcondesSomos interrompidos, António ergue a sua cabeça do meio de minhas pernas e espera para ouvirmos quem estava do outro lado.— Luna seu pai vem se aproximando melhor descer agora… — Era Henriqueta.Damos um pulo da cama e começo a me arrumar outra vez.— Vai descendo com a sua amiga, vou me arrumar e já me encontro com você lá embaixo Luna. — António parecia desconfortávelPercebo o volume que ele exibia em sua calça, concordo com a cabeça e do mair um beijo antes de sair do nosso quarto, dou de cara com a minha amiga que parecia um gato que acabou de comer um canarinho.— Quero saber tudo o que aconteceu com meu irmão, Henriqueta, nem adianta dizer que não aconteceu nada por que ouvi ele falando que aconteceu, então essa noite vai me dizer como é, e com detalhes. — Ela faz uma cara de surpresa.— Detalhes? Vocês dois não fizeram nada? Ele não te fez sentir aquele calor todo entre as pernas? — Fico envergonhada com a sua pergunta.Decido contar as pressas enquanto descemo
Luna MarcondesQuando vi que António se afastava com meu irmão, para ir averiguar o barulho que havia acontecido na cozinha, sinto um medo se apossar de mim.Os homens vão correndo para a cozinha enquanto fico para trás com Henriqueta e Izabel ao meu lado, também parecendo assustada com o que pode ter acontecido.Não demora muito e vejo António retornando ao lado do meu pai, sei que esse sumiço do capataz deixará a todos nós muito angustiados e apreensivos.Sabia que meu pai assim como meu noivo não iria sossegar até que consigam dar fim nesse homem e espero que isso aconteça o mais rápido possível. António se põe ao meu lado e vejo que eles estão mais nervosos.— Vou acompanhar vocês até sua casa. — Ele diz.Meu pai parece estar aflito e Marcos puxa Henriqueta para a varanda, noto que não jantaremos aqui com o António. Seguro em sua mão e me aproximo um pouco mais dele, aflita com medo de que ele volte sozinho depois.Meu pai deu algumas ordens para os homens que estavam circulando a
Luna MarcondesLevanto de onde estava e dava lugar para que Marta desse colo que a sua menina precisava. Vemos o olhar amedrontado que minha amiga e a vemos consolá-la com Marcos ao seu lado, com uma cara furiosa. Observo a todos e me sento ao lado de minha mãe que sussurrou em meu ouvido.— Quero saber o que houve naquela casa assim que sai. — Sorrio para ela e concordo com a cabeça.— Diga meu amigo o que houve, por que sente a necessidade de matar meu futuro genro e seu filho? — O vemos perguntar olhando para Marcos.Meu pai olhava de minha amiga para o pai dela, vejo-a criando coragem, Henriqueta arruma a sua postura, ergue o queixo e olha diretamente para o seu pai.— Meu pai, me entreguei para o meu noivo. — Ela diz sem rodeios.Observo Silas olhar para o meu pai, que curva a cabeça envergonhado pela situação que meu irmão causou.— Marcos tentava fazer com que me sentisse melhor depois que aquele capataz tentou abusar de mim, ele foi gentil e respeitador, mas acabamos cedendo a