POV: KEENAN— Já estou providenciando, senhor — Alisson assentiu rapidamente, mas hesitou por um instante antes de continuar. — Senhor... talvez seja uma boa ideia se preparar para a reunião.Olhei para mim mesmo, o corpo ainda úmido e a roupa amassada, toquei sobre o peito, onde a ferida latejava com uma dor aguda, as linhas negras parecendo raízes se espalhando por minhas veias. Soltei um suspiro pesado e concordei com um aceno, caminhando em direção ao meu quarto.Lá, tomei um banho rápido, a água quente escorrendo sobre os músculos tensos, limpando não apenas a sujeira, mas também parte da exaustão que me pesava. Vesti-me com a precisão de um empresário bilionário, cada peça escolhida meticulosamente para transmitir confiança e poder absoluto. Quando terminei, me encarei no espelho, o reflexo de um Alfa preparado para enfrentar qualquer desafio.Puxei o celular do bolso, revisando rapidamente as instruções e solicitações que enviei a um de meus subordinados. Meus dedos deslizaram p
POV: DREVAN— Senhor, recebemos um e-mail do conselho Lupino solicitando uma extensão no prazo antes da quebra do tratado de paz. — Disse o empregado, a voz trêmula. — O Alfa Supremo deseja resolver a situação por meio de negociações. O que devo responder?— Criaturas primitivas e tolas. — Minha voz foi carregada de desprezo enquanto levava a taça de vinho aos lábios, degustando o líquido com calma, o olhar afiado. — Quanto tempo pediram?— Uma semana, senhor. — Ele respondeu, gaguejando ao perceber as sombras se espalharem pelo chão, agarrando seus pés como correntes. Seu corpo tremia, a respiração irregular. — Posso propor uma redução no prazo.— Sabe muito bem o quanto odeio esperar para ter o que quero! — Minha voz saiu fria, cortante, enquanto o encarava, observando o medo em seus olhos. Deixei que meu poder o tocasse, sentindo-o invadir suas veias, queimando por dentro, enquanto ele tentava conter um grito de dor. — Dou três dias para trazerem minha noiva de volta. Caso contrário
POV: DREVAN— O quê? — Sua voz saiu trêmula, acompanhada de soluços enquanto lágrimas escorriam por seu rosto. Afastei-me abruptamente, sentando-me de volta com uma postura arrogante, como se sua dor fosse nada além de entretenimento.— Não foi você quem disse que se ajoelharia para aconselhar? — Minha voz ecoou firme, fria e repleta de malícia. Um sorriso perverso curvou meus lábios enquanto a encarava sem piedade. — Então ajoelhe-se. Agora!Ela hesitou por um segundo, o suficiente para que meu olhar se estreitasse, tornando claro que não repetiria a ordem. Sua submissão seria absoluta, ou ela pagaria o preço por sua insolência.— Sim... Mestre. — Janel respondeu, enquanto se ajoelhava rapidamente diante de mim. Suas mãos deslizaram por minhas pernas com um toque deliberado, chegando à minha calça. Com movimentos calculados, abriu o cinto, puxando-o devagar, como se testasse minha paciência, antes de ameaçar jogá-lo ao chão.— Entregue. — Ordenei, estendendo a mão. Ela hesitou por um
POV: YULLI— Você perderá todos que ama, traidora. — As vozes ecoavam ao meu redor, sussurrando ameaças na escuridão da floresta coberta por uma neblina densa. — Eles morrerão pelos seus pecados.— Quem está aí? — Gritei, girando o corpo em todas as direções, os olhos buscando uma presença que não conseguia identificar. — Onde estou?— Ele vale a pena? — Uma silhueta negra, sem forma definida, surgiu diante de mim. Sua voz carregava um tom gélido, impregnado de julgamento. — Seus amigos, seu clã, todos cairão por sua causa.— Não! Eu posso protegê-los! — Retruquei, avançando contra a figura. Minhas mãos tentaram agarrar a fumaça densa que formava seu corpo, mas ela se dissipou facilmente entre meus dedos, deixando apenas o vazio. — Quem é você?— Você está marcada pelas sombras. Sua essência está ligada a um homem, mas seu coração pertence a outro. Não há equilíbrio. Sua alma está em caos. — A entidade ignorou completamente minhas perguntas, mantendo o tom enigmático e perturbador.— V
POV: YULLIUm sorriso branco e irresistível se destacou na escuridão, seus passos eram lentos, quase imperceptíveis, mas carregavam a confiança de alguém que sabia exatamente o impacto que causava.— As empregadas disseram que você não havia se alimentado. — Sua voz era baixa e rouca, carregada de um tom que parecia intencionalmente sedutor.— E então você achou razoável invadir meu quarto e me vigiar? — Arqueei uma sobrancelha, tentando disfarçar a incredulidade. — Tem ideia do quanto isso faz você parecer um perseguidor?— Invadir? — Ele repetiu, um sorriso provocador se formando em seus lábios. — Não se pode invadir o que já nos pertence. — Seus olhos encontraram os meus com intensidade. — Vigiando, eu? — Ele inclinou a cabeça levemente, a diversão clara em seu tom. — Não, minha pequena bruxinha.Ele parou à minha frente, tão próximo que o calor de sua presença era quase palpável. Seus dedos quentes tocaram a ponta do meu queixo, forçando-me a levantar o olhar na direção dele.— Est
POV: YULLIKeenan tinha uma habilidade inquietante de transformar até os gestos mais simples em algo irresistivelmente atraente, e, sem precisar de muito, já tinha tomado o controle do momento.— Ok, agora estou oficialmente preocupada. Está tentando me alimentar ou me matar? — Brinquei entre risos suaves, enquanto ele me empurrava gentilmente para fora do quarto.— Sabe que cozinho muito bem, bruxinha. — Sussurrou próximo ao meu ouvido, a voz baixa e provocante. — Ou será que esqueceu o quanto gosta de comer? Seu apetite é digno de um monstro.— Falou a fera com presas afiadas. — Retruquei, cutucando suas costelas enquanto um sorriso se formava em meus lábios. Sentia falta dessa leveza, algo que só havia experimentado ao lado dele, o teimoso pulguento.— Que anseia por devorá-la. — Respondeu Keenan com malícia evidente, o brilho de diversão em seus olhos enquanto puxava uma cadeira para que eu me sentasse. Ele molhou os lábios antes de preencher uma taça com água, ignorando meu olhar
POV: KEENAN— Sim, você fez. — Minha voz saiu lenta, enquanto tombava a cabeça, deixando meu olhar correr deliberadamente por ela. — E isso ainda me machuca.— Então por que está me tratando bem? — Ela insistiu, a intensidade na voz, deixando claro que não aceitaria evasivas. — Eu não mereço sua atenção, muito menos sua proteção. Entenda isso, vira-lata.— Sou um lobo, Yulli. Não penso como bruxos ou humanos. — Respondi, passando a mão pelos cabelos desgrenhados, enrolando a ponta entre os dedos em um gesto distraído. — E para ser honesto, nunca me encaixei no que a maioria dos Alfas considera normal.— Isso você já deixou bem claro. — Ela sorriu, aquele sorriso capaz de desarmar até a pior das feras. Era amplo, com dentes alinhados e perfeitamente brancos, complementando os lábios vermelhos e cheios que pareciam feitos para me testar. Apertei os dentes, lutando contra o impulso de puxá-la para mim e devorar aquele sorriso da forma que tanto desejava.— Começo a achar que não pensa. —
POV: YULLI— Não se pula para a sobremesa antes do jantar, bruxinha. — O sorriso dele se alargou, exibindo um charme que parecia impossível de ignorar. O olhar intenso que me lançava era hipnotizante, e me peguei tombando levemente a cabeça, completamente absorvida por ele. — A menos que você esteja disposta a ser meu aperitivo principal.Cada palavra carregava uma malícia calculada, enquanto ele me avaliava com uma profundidade que fazia minha pele formigar. Keenan não precisava de esforço para tornar cada gesto uma provocação. Balancei a cabeça, tentando recuperar a compostura. Ajustei minha postura e alcancei a taça de água com pressa, usando o movimento como uma desculpa para desviar o olhar e aliviar a crescente tensão e a sede que parecia ser dele mais do que de qualquer outra coisa.— O que está aprontando, vira-lata? — Questionei, mantendo a voz firme, mas incapaz de esconder completamente o tremor no fundo. Continuei com a boca ainda junto à borda do copo, observando-o de rela