POV: KEENANSeu corpo foi cedendo lentamente ao cansaço, a respiração desacelerando em um ritmo calmo enquanto sua mão mantinha um aperto firme na minha camisa, como se buscasse segurança. Seu rosto permanecia escondido, e o toque sutil de seu nariz contra meu tórax provocava pequenas ondas de sensações. Continuei deslizando os dedos por seus cabelos dourados, acariciando-os com cuidado, deixando-os deslizar entre minhas mãos enquanto ela parecia se entregar completamente ao momento.O aroma doce e delicado que emanava dela se misturava com o calor que sua pele irradiava, suave ao toque. Cada detalhe parecia se moldar perfeitamente à proximidade entre nós. Inclinei ligeiramente o rosto, tocando suavemente seu queixo para ajustá-la melhor. Um movimento mínimo, mas que a fez franzir o cenho de forma quase imperceptível. Percebi o desconforto imediato e me amaldiçoei mentalmente por ter causado qualquer incômodo, especialmente sabendo do estado de suas costelas.Meu olhar vagou por seu ro
POV: KEENAN— Já estou providenciando, senhor — Alisson assentiu rapidamente, mas hesitou por um instante antes de continuar. — Senhor... talvez seja uma boa ideia se preparar para a reunião.Olhei para mim mesmo, o corpo ainda úmido e a roupa amassada, toquei sobre o peito, onde a ferida latejava com uma dor aguda, as linhas negras parecendo raízes se espalhando por minhas veias. Soltei um suspiro pesado e concordei com um aceno, caminhando em direção ao meu quarto.Lá, tomei um banho rápido, a água quente escorrendo sobre os músculos tensos, limpando não apenas a sujeira, mas também parte da exaustão que me pesava. Vesti-me com a precisão de um empresário bilionário, cada peça escolhida meticulosamente para transmitir confiança e poder absoluto. Quando terminei, me encarei no espelho, o reflexo de um Alfa preparado para enfrentar qualquer desafio.Puxei o celular do bolso, revisando rapidamente as instruções e solicitações que enviei a um de meus subordinados. Meus dedos deslizaram p
POV: DREVAN— Senhor, recebemos um e-mail do conselho Lupino solicitando uma extensão no prazo antes da quebra do tratado de paz. — Disse o empregado, a voz trêmula. — O Alfa Supremo deseja resolver a situação por meio de negociações. O que devo responder?— Criaturas primitivas e tolas. — Minha voz foi carregada de desprezo enquanto levava a taça de vinho aos lábios, degustando o líquido com calma, o olhar afiado. — Quanto tempo pediram?— Uma semana, senhor. — Ele respondeu, gaguejando ao perceber as sombras se espalharem pelo chão, agarrando seus pés como correntes. Seu corpo tremia, a respiração irregular. — Posso propor uma redução no prazo.— Sabe muito bem o quanto odeio esperar para ter o que quero! — Minha voz saiu fria, cortante, enquanto o encarava, observando o medo em seus olhos. Deixei que meu poder o tocasse, sentindo-o invadir suas veias, queimando por dentro, enquanto ele tentava conter um grito de dor. — Dou três dias para trazerem minha noiva de volta. Caso contrário
POV: DREVAN— O quê? — Sua voz saiu trêmula, acompanhada de soluços enquanto lágrimas escorriam por seu rosto. Afastei-me abruptamente, sentando-me de volta com uma postura arrogante, como se sua dor fosse nada além de entretenimento.— Não foi você quem disse que se ajoelharia para aconselhar? — Minha voz ecoou firme, fria e repleta de malícia. Um sorriso perverso curvou meus lábios enquanto a encarava sem piedade. — Então ajoelhe-se. Agora!Ela hesitou por um segundo, o suficiente para que meu olhar se estreitasse, tornando claro que não repetiria a ordem. Sua submissão seria absoluta, ou ela pagaria o preço por sua insolência.— Sim... Mestre. — Janel respondeu, enquanto se ajoelhava rapidamente diante de mim. Suas mãos deslizaram por minhas pernas com um toque deliberado, chegando à minha calça. Com movimentos calculados, abriu o cinto, puxando-o devagar, como se testasse minha paciência, antes de ameaçar jogá-lo ao chão.— Entregue. — Ordenei, estendendo a mão. Ela hesitou por um
POV: YULLI— Você perderá todos que ama, traidora. — As vozes ecoavam ao meu redor, sussurrando ameaças na escuridão da floresta coberta por uma neblina densa. — Eles morrerão pelos seus pecados.— Quem está aí? — Gritei, girando o corpo em todas as direções, os olhos buscando uma presença que não conseguia identificar. — Onde estou?— Ele vale a pena? — Uma silhueta negra, sem forma definida, surgiu diante de mim. Sua voz carregava um tom gélido, impregnado de julgamento. — Seus amigos, seu clã, todos cairão por sua causa.— Não! Eu posso protegê-los! — Retruquei, avançando contra a figura. Minhas mãos tentaram agarrar a fumaça densa que formava seu corpo, mas ela se dissipou facilmente entre meus dedos, deixando apenas o vazio. — Quem é você?— Você está marcada pelas sombras. Sua essência está ligada a um homem, mas seu coração pertence a outro. Não há equilíbrio. Sua alma está em caos. — A entidade ignorou completamente minhas perguntas, mantendo o tom enigmático e perturbador.— V
POV: YULLIUm sorriso branco e irresistível se destacou na escuridão, seus passos eram lentos, quase imperceptíveis, mas carregavam a confiança de alguém que sabia exatamente o impacto que causava.— As empregadas disseram que você não havia se alimentado. — Sua voz era baixa e rouca, carregada de um tom que parecia intencionalmente sedutor.— E então você achou razoável invadir meu quarto e me vigiar? — Arqueei uma sobrancelha, tentando disfarçar a incredulidade. — Tem ideia do quanto isso faz você parecer um perseguidor?— Invadir? — Ele repetiu, um sorriso provocador se formando em seus lábios. — Não se pode invadir o que já nos pertence. — Seus olhos encontraram os meus com intensidade. — Vigiando, eu? — Ele inclinou a cabeça levemente, a diversão clara em seu tom. — Não, minha pequena bruxinha.Ele parou à minha frente, tão próximo que o calor de sua presença era quase palpável. Seus dedos quentes tocaram a ponta do meu queixo, forçando-me a levantar o olhar na direção dele.— Est
POV: YULLIKeenan tinha uma habilidade inquietante de transformar até os gestos mais simples em algo irresistivelmente atraente, e, sem precisar de muito, já tinha tomado o controle do momento.— Ok, agora estou oficialmente preocupada. Está tentando me alimentar ou me matar? — Brinquei entre risos suaves, enquanto ele me empurrava gentilmente para fora do quarto.— Sabe que cozinho muito bem, bruxinha. — Sussurrou próximo ao meu ouvido, a voz baixa e provocante. — Ou será que esqueceu o quanto gosta de comer? Seu apetite é digno de um monstro.— Falou a fera com presas afiadas. — Retruquei, cutucando suas costelas enquanto um sorriso se formava em meus lábios. Sentia falta dessa leveza, algo que só havia experimentado ao lado dele, o teimoso pulguento.— Que anseia por devorá-la. — Respondeu Keenan com malícia evidente, o brilho de diversão em seus olhos enquanto puxava uma cadeira para que eu me sentasse. Ele molhou os lábios antes de preencher uma taça com água, ignorando meu olhar
POV: KEENAN— Sim, você fez. — Minha voz saiu lenta, enquanto tombava a cabeça, deixando meu olhar correr deliberadamente por ela. — E isso ainda me machuca.— Então por que está me tratando bem? — Ela insistiu, a intensidade na voz, deixando claro que não aceitaria evasivas. — Eu não mereço sua atenção, muito menos sua proteção. Entenda isso, vira-lata.— Sou um lobo, Yulli. Não penso como bruxos ou humanos. — Respondi, passando a mão pelos cabelos desgrenhados, enrolando a ponta entre os dedos em um gesto distraído. — E para ser honesto, nunca me encaixei no que a maioria dos Alfas considera normal.— Isso você já deixou bem claro. — Ela sorriu, aquele sorriso capaz de desarmar até a pior das feras. Era amplo, com dentes alinhados e perfeitamente brancos, complementando os lábios vermelhos e cheios que pareciam feitos para me testar. Apertei os dentes, lutando contra o impulso de puxá-la para mim e devorar aquele sorriso da forma que tanto desejava.— Começo a achar que não pensa. —