Magnus Darkmore.
Estávamos precisando de mais uma empregada na mansão, então ordenei à minha secretária, Amélia, que publicasse um anúncio nos jornais. Como não queria lidar com as entrevistas sozinho, convidei meus irmãos para me acompanharem: Kael, o segundo irmão, um juiz renomado, e Damien, o terceiro irmão, que é médico. Kael tem trinta e seis anos, Damien tem trinta e cinco, e eu sou o mais velho, com trinta e oito.
As primeiras candidatas foram um desastre. Pareciam mais interessadas em se jogar em cima de nós do que em mostrar suas qualidades. Kael, com seu jeito bruto e sarcástico, não deixava barato. Sempre fazia questão de humilhar as garotas, algo que divertia profundamente Damien. Concordo que eu também achava a situação divertida. Ver a reação delas às suas provocações e o desconforto que isso causava era um espetáculo à parte.
No entanto, o que não esperávamos era que a próxima candidata fosse chamar a nossa atenção. Quando ela entrou no escritório, soubemos imediatamente que ela era diferente das outras.
Yara Blake tinha uma presença que era ao mesmo tempo, discreta e marcante. Sua pele morena, perfeitamente uniforme, contrastava com seus cabelos longos e brilhantes, que caíam em ondas suaves sobre seus ombros. O brilho sutil nos seus olhos castanhos, quase dourados sob a luz do escritório, revelava um misto de timidez e algo mais profundo, como se houvesse uma história não contada por trás daquele olhar. O rosto dela, de traços delicados e expressivos, era emoldurado por uma franja que suavizava seu semblante, enquanto seus lábios finos, naturalmente rosados, permaneciam fechados em uma linha nervosa.
O corpo dela, embora não fosse excessivamente curvilíneo, tinha uma graça sutil, uma elegância natural. Sua postura era ereta, mas com uma leve inclinação para frente, como se estivesse constantemente se preparando para recuar ou se proteger. A forma como seus braços estavam ligeiramente contraídos ao longo do corpo e como as mãos, pequenas e de dedos longos, se moviam nervosamente sobre a coxa, eram um sinal claro de sua ansiedade. Havia algo na maneira como ela abaixava o olhar, como se estivesse tentando evitar qualquer confronto, que exalava uma mistura de fragilidade e pureza que nos atraía de forma inesperada.
Ficamos ainda mais intrigados quando ela revelou ser casada. Aquilo, em vez de nos desanimar, apenas acendeu uma chama de curiosidade e desejo. O jeito meigo dela, a forma como passava as mãos nervosamente sobre a coxa, capturava nossa atenção e despertava um interesse que eu não esperava. Eu e meus irmãos não nos importamos em dividir a mesma mulher. Na verdade, é algo que fazemos com certa frequência, mas a maneira como ela se comportava, toda retraída e com um olhar tão submisso, foi especialmente estimulante para mim.
O que me surpreendeu foi o efeito que a presença dela teve em mim e nos meus irmãos. Havia algo no seu comportamento reservado e na forma como parecia ansiosa e nervosa, mas, ao mesmo tempo, em controle, que despertava nossa curiosidade e atração. A combinação de sua beleza sutil e sua atitude submissa fazia com que todos nós quiséssemos descobrir mais sobre ela, explorando as camadas de sua personalidade e o que estava por trás daquela fachada aparentemente frágil. O desejo de desvendar esse mistério era palpável e, sem dúvida, algo que nos desafiava e nos atraía de maneiras que não esperávamos.
14:00 — Escritório. — Eldoria.
— Magnus? — A voz do Kael me tirou dos meus pensamentos.
— Sim? — Me viro para encará-lo.
— Estava pensando nela, não estava? — Damien pergunta, com um sorriso no rosto.
Cruzo as pernas, mantendo meu semblante fechado.
— Não é como se vocês também não estivessem pensando nela. — Kael se j**a na sua cadeira e ponhe seus pés em cima da minha mesa.
— Não irei mentir, aquela garota chamou a minha atenção. E não apenas a minha, a nossa atenção.
— Tenho certeza que o que chamou a nossa atenção, foi o seu jeito meigo, a pureza em seus olhos. O modo que agiu com submissão. Porra, encontrar mulheres assim hoje em dia é bem difícil. — Damien diz, passando a mão em seus cabelos.
— De fato, encontrar mulheres tão submissas e puras, é algo bem difícil. — Digo, concordando com ele.
— Eu quero corromper essa pureza. — Diz Kael, de repente com um sorriso no rosto. — Estou imaginando ela gemendo enquanto quica no meu pau.
A imagem dessa cena passou pela minha cabeça, causando arrepios pelo meu corpo. Cruzo as pernas, para esconder as evidências nas calças.
— Controle-se, irmão. Lembre-se, ela não é igual às putas que pegamos. Devemos ir com calma. — Digo suavemente.
Damien gargalha, chamando nossa atenção.
— Controle, irmão? Você é o pior entre nós que não tem controle nenhum. — Dou um pequeno sorriso.
— Apenas vamos ter calma, não somos animais primitivos no cio. Essa atração que estamos sentindo por ela, é apenas um desejo de explorar sua vulnerabilidade. Confesso que o jeito submisso mexeu muito comigo, o modo que me chamou de senhor, atiçou ainda mais.
Os dois acabam rindo.
— Você é pervertido, irmão. E o pior, sádico. — Kael diz, rindo. Algo com o qual não discordo.
Realmente sou sádico. Gosto de estar no controle da situação, de manipular e jogar com as emoções das pessoas ao meu redor. É uma sensação poderosa, uma que me proporciona uma satisfação perversa que não consigo negar. Se há uma coisa que me fascina, é a habilidade de dobrar a vontade de alguém, de fazer com que se submeta aos meus desejos, seja por medo, atração ou qualquer outro motivo.
Não é apenas o prazer do controle, mas o desafio que isso representa. Cada pessoa tem suas próprias fraquezas, suas vulnerabilidades, e descobrir como explorá-las é como um jogo intelectual para mim. A sensação de ter alguém na palma da minha mão, sabendo que posso manipular suas ações e pensamentos, é algo que me dá uma sensação de domínio absoluto.
E não é apenas por um desejo de poder, é por um prazer mais profundo, um prazer sádico que vem da realização de ver como alguém se curva diante de mim, como sua resistência se desfaz gradualmente. Ver o desespero em seus olhos, o medo e a submissão, é o que realmente me satisfaz.
— E você, Damien? — Pergunto, com um olhar curioso. — Qual é o seu prazer nisso tudo?
Damien sorri, seu olhar cheio de malícia.
— Eu, por outro lado, gosto da parte médica do jogo. Entender a psicologia das pessoas, como elas reagem a diferentes estímulos e pressões. É fascinante ver como a mente pode ser manipulada, como pequenas alterações em seu ambiente podem causar grandes mudanças em seu comportamento. E claro, há algo de profundamente satisfatório em ter uma pessoa completamente sob seu controle, sem que ela perceba.
Kael ri novamente, balançando a cabeça.
— Tenho dois irmãos loucos e perversos. — Ele diz, com um sorriso divertido.
Nós o olhamos, curiosos.
— E você, querido irmão? — Pergunto, curioso. — Qual é o seu papel nessa bagunça?
Kael inclina-se para frente, os olhos brilhando com uma mistura de malícia e diversão.
— Ah, eu sou o moderador. Aquele que mantém o equilíbrio entre o caos e a ordem. — Ele diz, rindo. — E também o que garante que vocês dois não se transformem em completos psicopatas.
— Isso é um elogio ou um insulto? — Damien pergunta, arqueando uma sobrancelha.
— Um pouco dos dois, eu diria. — Kael responde, dando um sorriso satisfeito. — Mas, falando sério, vocês sabem que, embora eu possa parecer o mais racional de nós, também tenho minhas preferências.
— E o que exatamente são suas preferências? — Pergunto, intrigado.
Kael dá um leve sorriso, como se estivesse considerando suas palavras.
— Eu gosto de manter as coisas interessantes. Não me entenda mal, eu gosto de um bom jogo de manipulação tanto quanto o próximo. Mas, para mim, a diversão está em observar as reações e ver até onde posso levar as coisas sem perder o controle. É como um jogo de xadrez, mas com consequências mais... palpáveis.
— Então você está dizendo que é o estrategista da turma? — Damien pergunta, inclinando-se para frente.
— Exatamente. — Kael confirma, com um aceno de cabeça. — Eu planejo e executo com precisão. E, claro, me divirto no processo.
— Parece que todos temos nosso papel bem definido. — Digo, pensativo. — Eu cuido da parte mais direta e, às vezes, mais cruel. Damien, você mantém o controle psicológico. E Kael, você planeja e executa.
— E todos nós juntos formamos um time formidável. — Kael diz, com um brilho de satisfação nos olhos.
Kael se recosta na cadeira, cruzando os braços e olhando para nós com um brilho calculista nos olhos.
— Então, decidimos que queremos ela, certo? — Ele pergunta, quase desafiando-nos.
— Sem dúvida. — Respondo, mantendo meu olhar firme. —Ela mexeu conosco de uma forma que não esperávamos. Não importa se ela é casada. O que importa é o que sentimos por ela.
— Concordo. — Damien diz, dando um leve sorriso. — E, já que ela nos atraiu, se torna nossa obsessão. Simples assim.
Kael se inclina para frente, com um olhar intenso.
— Exatamente. Não importa o status dela. Se ela despertou nossa atenção, se torna um desejo, não vamos parar até a ter. É assim que as coisas funcionam aqui.
— Mas e quanto ao fato de ela ser casada? — Pergunto, a dúvida pairando no ar. — Isso não complicaria as coisas?
— Complicaria se estivéssemos preocupados com as consequências. — Kael diz, com um tom desdenhoso. — Mas não estamos. Se ela desperta nosso interesse, então ela será nossa. Nada mais importa.
Damien dá uma risada baixa, balançando a cabeça.
— Exatamente. Se ela se tornou a nossa obsessão, então é apenas questão de tempo até que tudo se desenrole. Vamos tratá-la como um desafio. Se ela sentir atração por nós, se ceder à nossa vontade, então será nossa.
— E se não ceder? — Pergunto, curioso.
— Então intensificamos a abordagem. — Kael responde, com um sorriso frio. — Usamos cada recurso disponível para garantir que ela nos note e nos deseje. Se alguém, ou algo, entra em nosso caminho, removemos.
— Não há espaço para fraqueza aqui. — Damien diz, com um tom decidido. — Se ela é o que queremos, então vamos garantir que ela se torne nossa, não importa o que seja necessário.
Eu me inclino para trás, cruzando os braços enquanto absorvo as palavras dos meus irmãos. O desejo de possuir a nova candidata, de transformar a atração em algo palpável, é forte. A ideia de que ela se tornou uma obsessão para nós, que a nossa atração por ela transcendeu o simples desejo e se tornou algo mais profundo e possessivo, é algo que todos aceitamos com um entusiasmo frio.
— Então estamos todos de acordo. — Digo, olhando para eles. — Ela será nossa, custe o que custar.
— Exatamente. — Kael diz, com um sorriso satisfeito. — Ela será nossa. Não importa quem esteja no caminho. Se ela nos atraiu, então estamos prontos para devorá-la.
— E que assim seja. — Finalizo, com um olhar resoluto. — A obsessão por ela será o que nos guiará, e nós garantiremos que ela se torne uma parte de nossa vida, não importa o custo.
Nós três trocamos olhares firmes, uma compreensão silenciosa passando entre nós. A decisão está tomada. Ela será nossa. E nada, nem ninguém, nos impedirá de alcançá-la.
Yara Blake.Sábado.Enquanto corto os legumes para o almoço, uma mistura de irritação e ansiedade começa a crescer dentro de mim. Tudo o que eu queria era passar o sábado sozinha, organizar minhas coisas e me preparar mentalmente para começar o novo emprego na mansão dos Darkmore. Mas, claro, Ronan não podia deixar isso acontecer. Ele fez questão de contar à minha família sobre o meu novo trabalho, e agora, eles decidiram vir almoçar aqui, sem nem ao menos me perguntar, como sempre fazem. Não bastasse o estresse de lidar com a casa, agora preciso enfrentar a presença crítica dos meus pais.Por que ele teve que contar? Ele sempre faz isso, parece que se diverte vendo como eu fico nervosa. A voz dele ainda ecoa na minha cabeça, aquela frieza e indiferença com que me trata sempre. Porque eu quis, Yara. Não é óbvio? Como se isso fosse motivo suficiente para me jogar em situações como essa.Eu me movo rápido pela cozinha, tentando fazer tudo ao mesmo tempo. O cheiro de alho refogando começ
Kael Darkmore.Depois que saí da empresa do meu irmão, segui direto para o meu trabalho. Como juiz, sempre tenho pilhas de casos a revisar, decisões a tomar e audiências a preparar. Hoje, porém, minha mente está longe desses deveres. Apesar de estar cercado por processos e documentos importantes, não consigo me concentrar em nada além dela. Yara Blake.Desde o momento em que a conhecemos, algo mudou. Sempre tivemos mulheres em nossas camas, uma após a outra, mas nenhuma delas despertou em nós o que Yara conseguiu. Seu jeito submisso nos cativou de uma maneira que eu não esperava. Há algo na sua timidez, na forma como ela abaixa a cabeça, que me deixa intrigado. Me pego me perguntando se ela é virgem. Só porque é casada não significa que não seja. Já peguei casos em que mulheres buscaram o divórcio porque seus maridos não cumpriram suas obrigações conjugais. Se Yara for virgem, isso tornaria tudo ainda mais interessante.Assim que cheguei ao trabalho ontem, a primeira coisa que fiz foi
Damien Darkmore.17:00 — Consultório. — Eldoria.Estou no meu consultório, terminando de preencher alguns relatórios antes de finalmente ir para casa. O dia foi longo, e minha mente está cansada, mas a rotina de um médico nunca realmente termina. Enquanto reviso alguns prontuários, meu celular vibra na mesa ao lado. Pego o aparelho e vejo que é o Magnus ligando. Atendo imediatamente.— Magnus, o que houve? — Pergunto, mantendo a voz baixa.— Kael descobriu algo interessante sobre a nossa doce Yara. — Ele começa, e eu automaticamente deixo a caneta de lado, concentrando-me na conversa.— Estou ouvindo. — Digo, apoiando as costas na cadeira e fechando os olhos por um momento, tentando focar na informação.— Ela é casada com Ronan Blake, um empresário do setor de construção. O casamento deles foi arranjado pelos pais, um acordo entre famílias para fortalecer as empresas. — Magnus relata, a voz carregada de um tom de desdém.— Casada com Ronan Blake... — Repito, deixando a informação se s
Yara Blake.Domingo.18:20 — Casa da Yara. — Quarto. — Eldoria.Estou terminando de arrumar minha mala, me sentindo um pouco ansiosa. Hoje é domingo, e já está escurecendo, preciso sair antes que fique tarde demais. Acordei muito mais cedo do que de costume, por volta das cinco da manhã, para conseguir arrumar toda a casa, preparar o café do Ronan e também fazer os almoços para a semana. E desde ontem, ele tem lançado ameaças sutis ontem, dizendo que, se descobrir algo, coisas ruins acontecerão. Sei que ele se refere a mim.Ainda continuo em choque ao descobrir que ele pretende usar o meu dinheiro para a empresa dele. Esse dinheiro era minha esperança, meu caminho para fugir ou, quem sabe, contratar um advogado para conseguir o divórcio. Solto um suspiro pesado enquanto fecho a mala. Não tenho muitas roupas, já que o Ronan nunca se preocupou em me dar mais do que o básico. Tudo o que é meu está guardado ali, todas as minhas poucas posses.Ele saiu há pouco, dizendo que algo havia acon
Yara Blake.Domingo.19:30 — Mansão dos irmãos Darkmore. — Eldoria.Em seguida, ela me leva até a biblioteca. É um espaço grandioso, com estantes que vão do chão ao teto, cheias de livros antigos e raros. A madeira escura das prateleiras contrasta com o couro dos móveis, criando um ambiente sofisticado e tranquilo.— A biblioteca é um dos lugares mais importantes da mansão. Os senhores Darkmore a utilizam com frequência, então mantenha tudo em ordem, mas sempre com muito cuidado. Não toque nos livros a menos que seja absolutamente necessário.Continuamos o tour e passamos pelo escritório. O espaço é sério, com uma grande mesa de mogno no centro, papéis organizados meticulosamente e uma cadeira de couro que parece ter sido feita sob medida para alguém de grande poder.— O escritório é onde os senhores Darkmore cuidam de seus negócios. Você será responsável por limpar este espaço diariamente, mas nunca mexa nos documentos. Apenas organize o que está à vista e não abra gavetas ou armário
Yara Blake. Segunda-Feira..Estou no corredor da mansão, e de repente, Magnus aparece diante de mim, o que faz com que eu esbarre nele sem querer. O coração dispara de nervosismo. Ele me olha com uma intensidade que acelera ainda mais o meu coração.— D-Desculpe, senhor! — Digo, nervosa, tentando me afastar.Mas, ao tentar recuar, Magnus me puxa com firmeza. Seus lábios encontram os meus em um beijo intenso e inesperado. O beijo é ardente e dominador, e eu sinto cada toque como se fosse uma faísca de desejo que eu nunca soubera ter. As mãos dele exploram meu corpo, e a sensação é tão intensa que me faz perder a noção do tempo. Sinto-me envolvida e desorientada, e tudo ao meu redor parece desaparecer.— Estão se divertindo sem nós? Que malvados. — Ouço uma voz e, ao me virar, vejo o senhor Kael e o senhor Damien se aproximando como se fossem predadores.Antes que eu possa reagir, Kael me beija com a mesma intensidade de Magnus, e logo Damien se junta a nós. Estou completamente atônita
Damien Darkmore.Segunda-Feira.Estou parado no meio do quarto, observando a porta por onde Yara acabou de sair apressada. Um sorriso malicioso se forma em meus lábios, quase impossível de conter. Ela quase cedeu. Sua respiração acelerada e o jeito como seus olhos não conseguiam se desviar de mim não me enganam. Ela sente alguma atração por nós, mas algo a impede. Será que é o medo? Talvez por ser casada. Bom, não me importo. O fato de ela ter quase cedido mostra que também sente desejo e atração, o que facilita ainda mais para mim.Caminho em direção ao meu closet, ainda com o sorriso estampado no rosto. Escolho uma calça jeans escura, uma camisa branca de botão e um par de sapatos pretos de couro. Um visual casual, mas ainda assim elegante. Coloco o meu relógio de pulso, um Rolex de prata, e pego o celular e a carteira antes de sair do quarto.Ao descer os degraus, sinto a excitação crescente com o que aconteceu há poucos minutos. Sigo em direção à sala de jantar, onde meus irmãos j
Yara Blake. Segunda-Feira.16:30 — Mansão dos irmãos Darkmore. — Eldoria.Depois daquele encontro perturbador com o senhor Damien, resolvi me concentrar no trabalho para afastar os pensamentos que me incomodavam. Fui direto para a biblioteca, onde passei cada minuto limpando meticulosamente todas as superfícies. A tarefa repetitiva e física me ajudou a clarear a mente, mas a lembrança do olhar intenso dele ainda persistia.Depois de finalizar a limpeza da biblioteca, segui para o escritório. A senhora Thompson me avisou para não tocar nas gavetas e documentos, e segui suas instruções à risca. Limpei tudo com cuidado, certificando-me de que cada detalhe estivesse impecável. Tentei não pensar em nada além do trabalho, mas era difícil não sentir o peso da situação em que me encontrava.Com o escritório finalmente limpo, fui para os quartos. Senti um alívio imenso ao não encontrar nenhum deles por lá. Limpei o mais rápido possível, ansiosa para terminar o trabalho antes que algum deles