Yara Voss.Acordo com uma sensação de dor espalhada por todo o meu corpo. A noite intensa de ontem me deixou com um cansaço que é quase palpável. Sinto cada músculo, cada fibra do meu corpo protestando, como se tivesse sido exposta a um treinamento extenuante. A primeira coisa que percebo ao abrir os olhos é que apenas Kael está ao meu lado.Viro-me para o lado esquerdo e solto um suspiro profundo, tentando me acomodar. Meu corpo está dolorido, e cada movimento parece ser um desafio. Kael olha para mim com um sorriso suave.— Boa tarde, meu amor. — diz ele, sua voz gentil e reconfortante. — Dormiu bem?Pisco algumas vezes, tentando organizar meus pensamentos ainda confusos.— Não lembro de ter dormido. — respondo com um suspiro cansado.Kael dá uma risada suave, mas o brilho intenso em seus olhos sugere que há algo mais.— Você acabou desmaiando assim que o Magnus terminou de fodê-la. Estava tão cansada que acabou apagando. Sentimos muito, meu amor. Foi a sua primeira vez, e acabamos
Kael Darkmore. Uma semana depois. Faz uma semana desde que voltamos para casa, e tudo tem sido maravilhoso. A Yara, como sempre, insiste em ajudar nas tarefas da mansão, e nós não nos importamos. Vê-la feliz é tudo o que importa para mim e meus irmãos. Embora ela esteja envolvida com as tarefas, agora temos um novo espaço: uma suíte grande, especialmente construída para nós quatro. Um quarto onde finalmente podemos estar juntos, sem precisar nos dividir.Os empregados da mansão ficaram radiantes ao saber que Yara agora é oficialmente nossa namorada. Eles sempre gostaram dela, mas agora, a admiração cresceu ainda mais.No meu escritório, enquanto reviso documentos de casos pendentes, meu investigador particular, Marcos, entra.— Senhor Darkmore, sobre o caso que discutimos… — Marcos começa, ajustando os óculos e colocando alguns arquivos sobre a minha mesa. — A família da senhorita Yara tem visitado frequentemente a mansão desde que vocês viajaram Eles parecem querer um contato diret
Yara Voss.Desde que voltamos para a mansão, minha vida tem sido um verdadeiro paraíso. Paris foi maravilhosa, sem dúvida, mas nada se compara à sensação de estar em casa com meus homens. Eles têm sido ainda mais perfeitos comigo desde que oficializamos nosso relacionamento. No começo, confesso que fiquei receosa de como as pessoas da mansão reagiriam ao saber que estou em um relacionamento com os três irmãos Darkmore. Mas, para minha surpresa, todos ficaram felizes. Continuo ajudando nas tarefas da mansão porque gosto, e isso nunca foi um problema para eles. Sabem que me sinto útil fazendo isso, e, para eles, minha felicidade é o que importa.Além disso, nossa rotina sexual tem sido intensa. Nunca pensei que pudesse ser tão desejada assim. De manhã, à tarde, à noite, e até de madrugada, se algum deles estiver por perto. Eles são insaciáveis, e, para ser sincera, gosto disso. Cada momento com eles é especial, e nada disso seria possível se não fosse pelo amor que sinto por cada um de
Damien Darkmore. Estou no meu consultório, finalizando alguns relatórios dos pacientes, quando meu celular vibra na mesa. Ao ver o nome de Magnus na tela, atendo imediatamente.— Damien, precisamos conversar. — A voz de Magnus vem pesada e carregada de frustração. — Kael me avisou que os pais da Yara não pararam de visitar a mansão desde que fomos a Paris. Tentam arrastá-la de volta para aquela vida desgraçada.Fecho os olhos, sentindo a raiva já começar a se acumular em mim. Magnus continua:— Não aguento mais essa situação. Eles sabem o que fizeram com a própria filha, mas ainda assim, tentam interferir na vida dela. Ronan continua com suas merdas de sempre. Prostitutas, bebidas... Ele e os pais dela ainda acham que tem algum poder sobre ela.— Bastardos. — murmuro, a raiva fervendo mais forte. Só de ouvir sobre esses malditos, sinto meu corpo se enrijecer de ódio.Magnus suspira do outro lado da linha, e posso ouvir o som do copo o sendo posto na mesa.— Quando você terminar suas
Ronan Blake. A dor no meu rosto é quase insuportável. A bolsa de gelo que aplico alivia um pouco, mas não consegue apagar a humilhação que sinto. Cada vez que fecho os olhos, o soco que levei me assombra. A raiva que sinto é avassaladora. Nunca vou esquecer essa humilhação. Assim que encontrar a Yara novamente, não vou me importar se a tenho de volta ou não; o que quero agora é matá-la. Ela teve a audácia de fugir e se entregar àqueles homens. A virgindade dela, que sempre considerei minha posse, foi tirada por esses desgraçados.Lembro-me com um prazer perverso dos tempos em que a dominava, a fazia sofrer e a transformava em minha escrava submissa. Tudo foi arruinado quando ela fugiu. Prometo que a matarei e, após acabar com ela, fugirei para outro lugar e começarei uma nova vida. O pensamento me consola, mas a fúria ainda é palpável.De repente, ouço batidas na porta. Levanto-me, irritado e ainda rosnando de raiva. Quando abro a porta, encontro dois policiais. Um deles, com uma exp
Magnus Darkmore.A raiva borbulha dentro de mim, um calor que parece transbordar em cada célula do meu corpo. O momento tão esperado finalmente chegou, e agora, Ronan está diante de nós, caído no chão como o verme que ele sempre foi. Minha ansiedade se mistura com um desejo ardente de justiça, ou melhor, de vingança. O sofrimento que ele causou à nossa Yara, as cicatrizes físicas e emocionais que ele deixou nela, tudo isso termina hoje.Me aproximo, sentindo o peso da decisão em cada passo que dou. Ele tenta erguer a cabeça, talvez para dizer algo, mas não dou a mínima chance. Antes que ele possa abrir a boca, acerto um chute direto em seu rosto com toda a força que consigo reunir. O som de ossos se chocando é tão satisfatório quanto imaginava.— Gostou disso, filho da puta? — grito, minha voz saindo quase como um rosnado. — Não é bom bater?Não espero uma resposta. Outro chute, dessa vez em sua barriga, com a mesma fúria implacável. Ele se dobra, querendo tentar se proteger, mas infe
Magnus Darkmore.Chegamos na mansão e estaciono o carro na garagem. As luzes suaves da casa brilham através das janelas, oferecendo um contraste tranquilo à intensidade do que acabamos de fazer. Descemos do carro, nossas roupas novas livres do sangue que derramamos, e seguimos em direção à porta. Quando entramos, o cheiro familiar da mansão nos envolve. O silêncio é interrompido por passos leves descendo as escadas.Yara aparece no topo dos degraus, e a visão dela traz imediatamente uma onda de calor ao meu peito. Ela está sorrindo, tão aberta, tão feliz. O brilho em seus olhos é inconfundível, e minha mente quase não consegue processar o alívio e a felicidade que sinto ao vê-la assim.Antes que possa dizer qualquer coisa, ela corre até nós, seus cabelos voando ao redor de seu rosto enquanto ela se aproxima com os braços abertos. Ela se atira em mim primeiro, me abraçando com força, a envolvo nos braços, segurando-a como se fosse minha âncora.Aproximo meus lábios de seus cabelos, ina
Yara Darkmore.Dois anos depois.Dois anos. É incrível pensar em como tudo mudou em dois anos. Costumava viver em um inferno, presa em um casamento arranjado com um homem que nunca me amou e que fazia questão de me lembrar disso todos os dias. Ronan nunca foi meu marido, nunca foi um companheiro. Ele era meu carcereiro, e cada momento ao lado dele era mais um lembrete de que estava presa em uma vida que não escolhi.Meus pais, se é que posso chamá-los assim, também nunca se importaram comigo. Para eles, eu era apenas um peão em um jogo de poder, uma maneira de fortalecer alianças e aumentar o controle sobre seus negócios. O amor, o cuidado, o carinho que qualquer criança deveria receber… nada disso conheci. Tudo que me deram foi o peso de expectativas e a frieza de suas manipulações.Recentemente, descobri que eles estão presos. Parece que meu pai estava envolvido em desvio de dinheiro, um esquema que finalmente veio à tona. E, para ser sincera, não senti pena. Eles mereceram o que ac