Yara Voss.Desde que voltamos para a mansão, minha vida tem sido um verdadeiro paraíso. Paris foi maravilhosa, sem dúvida, mas nada se compara à sensação de estar em casa com meus homens. Eles têm sido ainda mais perfeitos comigo desde que oficializamos nosso relacionamento. No começo, confesso que fiquei receosa de como as pessoas da mansão reagiriam ao saber que estou em um relacionamento com os três irmãos Darkmore. Mas, para minha surpresa, todos ficaram felizes. Continuo ajudando nas tarefas da mansão porque gosto, e isso nunca foi um problema para eles. Sabem que me sinto útil fazendo isso, e, para eles, minha felicidade é o que importa.Além disso, nossa rotina sexual tem sido intensa. Nunca pensei que pudesse ser tão desejada assim. De manhã, à tarde, à noite, e até de madrugada, se algum deles estiver por perto. Eles são insaciáveis, e, para ser sincera, gosto disso. Cada momento com eles é especial, e nada disso seria possível se não fosse pelo amor que sinto por cada um de
Damien Darkmore. Estou no meu consultório, finalizando alguns relatórios dos pacientes, quando meu celular vibra na mesa. Ao ver o nome de Magnus na tela, atendo imediatamente.— Damien, precisamos conversar. — A voz de Magnus vem pesada e carregada de frustração. — Kael me avisou que os pais da Yara não pararam de visitar a mansão desde que fomos a Paris. Tentam arrastá-la de volta para aquela vida desgraçada.Fecho os olhos, sentindo a raiva já começar a se acumular em mim. Magnus continua:— Não aguento mais essa situação. Eles sabem o que fizeram com a própria filha, mas ainda assim, tentam interferir na vida dela. Ronan continua com suas merdas de sempre. Prostitutas, bebidas... Ele e os pais dela ainda acham que tem algum poder sobre ela.— Bastardos. — murmuro, a raiva fervendo mais forte. Só de ouvir sobre esses malditos, sinto meu corpo se enrijecer de ódio.Magnus suspira do outro lado da linha, e posso ouvir o som do copo o sendo posto na mesa.— Quando você terminar suas
Ronan Blake. A dor no meu rosto é quase insuportável. A bolsa de gelo que aplico alivia um pouco, mas não consegue apagar a humilhação que sinto. Cada vez que fecho os olhos, o soco que levei me assombra. A raiva que sinto é avassaladora. Nunca vou esquecer essa humilhação. Assim que encontrar a Yara novamente, não vou me importar se a tenho de volta ou não; o que quero agora é matá-la. Ela teve a audácia de fugir e se entregar àqueles homens. A virgindade dela, que sempre considerei minha posse, foi tirada por esses desgraçados.Lembro-me com um prazer perverso dos tempos em que a dominava, a fazia sofrer e a transformava em minha escrava submissa. Tudo foi arruinado quando ela fugiu. Prometo que a matarei e, após acabar com ela, fugirei para outro lugar e começarei uma nova vida. O pensamento me consola, mas a fúria ainda é palpável.De repente, ouço batidas na porta. Levanto-me, irritado e ainda rosnando de raiva. Quando abro a porta, encontro dois policiais. Um deles, com uma exp
Magnus Darkmore.A raiva borbulha dentro de mim, um calor que parece transbordar em cada célula do meu corpo. O momento tão esperado finalmente chegou, e agora, Ronan está diante de nós, caído no chão como o verme que ele sempre foi. Minha ansiedade se mistura com um desejo ardente de justiça, ou melhor, de vingança. O sofrimento que ele causou à nossa Yara, as cicatrizes físicas e emocionais que ele deixou nela, tudo isso termina hoje.Me aproximo, sentindo o peso da decisão em cada passo que dou. Ele tenta erguer a cabeça, talvez para dizer algo, mas não dou a mínima chance. Antes que ele possa abrir a boca, acerto um chute direto em seu rosto com toda a força que consigo reunir. O som de ossos se chocando é tão satisfatório quanto imaginava.— Gostou disso, filho da puta? — grito, minha voz saindo quase como um rosnado. — Não é bom bater?Não espero uma resposta. Outro chute, dessa vez em sua barriga, com a mesma fúria implacável. Ele se dobra, querendo tentar se proteger, mas infe
Magnus Darkmore.Chegamos na mansão e estaciono o carro na garagem. As luzes suaves da casa brilham através das janelas, oferecendo um contraste tranquilo à intensidade do que acabamos de fazer. Descemos do carro, nossas roupas novas livres do sangue que derramamos, e seguimos em direção à porta. Quando entramos, o cheiro familiar da mansão nos envolve. O silêncio é interrompido por passos leves descendo as escadas.Yara aparece no topo dos degraus, e a visão dela traz imediatamente uma onda de calor ao meu peito. Ela está sorrindo, tão aberta, tão feliz. O brilho em seus olhos é inconfundível, e minha mente quase não consegue processar o alívio e a felicidade que sinto ao vê-la assim.Antes que possa dizer qualquer coisa, ela corre até nós, seus cabelos voando ao redor de seu rosto enquanto ela se aproxima com os braços abertos. Ela se atira em mim primeiro, me abraçando com força, a envolvo nos braços, segurando-a como se fosse minha âncora.Aproximo meus lábios de seus cabelos, ina
Yara Darkmore.Dois anos depois.Dois anos. É incrível pensar em como tudo mudou em dois anos. Costumava viver em um inferno, presa em um casamento arranjado com um homem que nunca me amou e que fazia questão de me lembrar disso todos os dias. Ronan nunca foi meu marido, nunca foi um companheiro. Ele era meu carcereiro, e cada momento ao lado dele era mais um lembrete de que estava presa em uma vida que não escolhi.Meus pais, se é que posso chamá-los assim, também nunca se importaram comigo. Para eles, eu era apenas um peão em um jogo de poder, uma maneira de fortalecer alianças e aumentar o controle sobre seus negócios. O amor, o cuidado, o carinho que qualquer criança deveria receber… nada disso conheci. Tudo que me deram foi o peso de expectativas e a frieza de suas manipulações.Recentemente, descobri que eles estão presos. Parece que meu pai estava envolvido em desvio de dinheiro, um esquema que finalmente veio à tona. E, para ser sincera, não senti pena. Eles mereceram o que ac
Yara Voss.Estava de pé diante do espelho, ajustando as dobras do vestido de noiva. O tecido suave contra a minha pele era um contraste inquietante com a frieza que sentia por dentro. O vestido, que deveria simbolizar felicidade e promessa, parecia mais uma armadura, uma prisão inevitável.Desde pequena, meus pais decidiram meu destino. O noivo, filho dos amigos deles, foi escolhido antes mesmo de eu entender o significado de "casamento". Nunca tive a chance de escolher ou sonhar com um amor verdadeiro; tudo foi decidido para mim. Agora, estava prestes a cumprir o que foi imposto.Minha mãe entrou no quarto, seu rosto iluminado por um sorriso forçado. Embora radiante, seus olhos carregavam uma preocupação disfarçada.— Querida, você está linda. Estou tão orgulhosa de você. — disse ela, com uma voz suave e encorajadora. — Vai dar tudo certo. Não se preocupe agora. No começo pode parecer difícil, mas com o tempo, você vai aprender a amar seu marido, assim como eu aprendi a amar o seu pa
Yara Blake.12:20 — Casa da Yara. — Eldoria.Sexta-Feira.Estou de pé em frente ao espelho, observando meu reflexo. A imagem do meu vestido de casamento continua fresca em minha mente, um lembrete cruel do dia em que minha vida mudou para sempre. Por um momento, me perco nas lembranças daquele infeliz casamento, acreditando que tudo iria melhorar com o tempo. Pensei que, eventualmente, me apaixonaria por Ronan e ele por mim. Mas não foi isso que aconteceu.Desde o dia em que nos casamos, ele nunca me tocou. Não consumamos nosso casamento na lua de mel. As palavras dele ainda ecoam em minha mente: "Você não serve para mim." Desde então, minha vida se resume a cumprir as obrigações de casa e ser uma boa esposa, do jeito que ele acha que deve ser.Ele constantemente joga na minha cara que só tenho ele na vida, que devo obedecê-lo sem questionar. Quando tentei conversar com minha mãe, na esperança de encontrar algum consolo, ela ficou do lado dele. Disse que devo sempre abaixar a cabeça p