Kael Darkmore.Assim que saio do quarto de Magnus, um sorriso se forma em meus lábios. A doce Yara se entregou ao beijo. Ela de fato sente atração por nós, sabia, não tinha como negar. Mas o que realmente me surpreende é o Magnus. Sempre tão controlado, tão estratégico... Ele não quer mais esperar. Está cansado de jogar o jogo da paciência, e posso entender isso. Está na hora de agirmos, de tomarmos o que é nosso por direito.Caminho pelos corredores da mansão com passos firmes, a cabeça já cheia de planos. Magnus deixou claro o que quer, e não sou de me demorar em decisões. Assim que alcanço a saída, respiro o ar fresco da manhã, sentindo a expectativa crescer dentro de mim.— Hora de colocar esse plano em prática. — murmuro para mim mesmo, entrando no carro.Dou partida e o motor ronca como uma fera acordando de um sono profundo. Dirijo em direção ao meu escritório, minha mente funcionando a mil por hora. A estrada se estende diante de mim, e o percurso é quase automático. Conheço
Damien Darkmore.Estou no meu consultório, analisando alguns exames, quando meu celular toca. Vejo o nome de Kael na tela e uma onda de curiosidade toma conta de mim. Atendo imediatamente, sabendo que, se ele está ligando agora, é porque algo importante aconteceu.— Fala, Kael. — Atendo, mantendo a voz firme, mas amigável.— Magnus beijou Yara — ele começa sem rodeios. — E ela retribuiu.Minha sobrancelha se ergue, e um sorriso se forma no canto da minha boca. Isso é interessante. Finalmente, algo está acontecendo.— Mas logo depois ela fugiu, percebendo o que fez. Magnus disse que ela falou que não ama o filho da puta do marido dela.Dou uma risada curta, quase irônica.— Então, precisamos adiantar o plano. — Digo, minha mente já calculando os próximos passos. Se ela está começando a ceder, então temos uma chance. E não podemos desperdiçar.— Já estou adiantando. — Responde Kael, com aquela calma característica dele.— O que estou perdendo? — Pergunto, interessado em saber o que Kael
Yara Blake.Finalmente, termino de arrumar a casa. O esforço é extenuante, e meu estômago reclama de fome, já que não consegui parar para comer nada. Desde que Ronan saiu, trabalhei sem parar, limpando cada canto e lavando suas roupas. Tudo isso para evitar sua ira quando chegasse. Não posso permitir que ele tenha mais motivos para me agredir.Sinto um alívio ao ver a casa limpa e arrumada, mas a fome aperta cada vez mais. Decido sair da cozinha e me sentar um pouco no sofá. Talvez, se eu descansar por alguns minutos, conseguirei recuperar um pouco das forças antes de enfrentar o próximo desafio.Enquanto estou sentada, ouço a porta da frente se abrir. Meu coração acelera com medo. Será que o Ronan? Pensei que ele iria chegar mais tarde. De repente, a visão que me surpreende e que me deixa paralisada. É vê-lo aos beijos com outra mulher.A cena diante dos meus olhos é um soco no estômago. Ronan, com seu olhar indiferente, está trocando carícias e beijos com uma mulher que não conheço.
Damien Darkmore.Fiquei no consultório até tarde hoje. Não iria voltar para casa, mas não conseguia me concentrar no trabalho, então resolvi sair mais cedo. No caminho de volta, algo me chama a atenção perto do ponto de ônibus. Meu coração quase parou quando percebi que é a Yara.Vê-la daquele jeito, encolhida, com o corpo tremendo de frio e os olhos cheios de lágrimas, mexe profundamente comigo. A chuva molha suas roupas e seu cabelo, deixando-a com um aspecto ainda mais frágil. Não penso duas vezes; paro o carro bruscamente e corro até ela.— Yara! Pelo amor de Deus, o que aconteceu? — pergunto, segurando seu rosto gelado entre minhas mãos. Ela está fria como gelo, e meu instinto é protegê-la. — Você está muito gelada, vai acabar pegando uma pneumonia.Ela tenta resistir quando a puxo em direção ao carro.— Eu vou molhar o banco... — murmura, quase sem forças.— Não me importo com a porra do banco, apenas entre nesse carro, Yara. — insisto, sem paciência para formalidades.Ela engol
Magnus Darkmore.Estou no meu escritório, revisando algumas papeladas que preciso assinar. A noite está silenciosa, e a única coisa que se ouve é o som da caneta riscando o papel. Minhas preocupações giram em torno dos negócios da empresa e da nossa doce Yara, mas, de repente, o som de uma notificação no meu celular interrompe meus pensamentos. Pego o aparelho e vejo que é uma mensagem do Damien:"Encontrei Yara. Estava no ponto de ônibus, sozinha e molhada até os ossos. Estou levando-a para casa agora"Meu coração dispara ao ler aquilo. Por que diabos Yara estava sozinha em um ponto de ônibus a essa hora da noite? Uma onda de preocupação me invade, e me levanto imediatamente, deixando os papéis espalhados pela mesa. Saio do escritório apressadamente e vou direto para a sala de estar.Assim que chego à sala, sento no sofá, tentando controlar a ansiedade que me consome. Meu pé bate no chão repetidamente, uma tentativa inútil de aliviar a tensão. Não consigo entender o que pode ter acon
Kael Darkmore.Estou no meu escritório desde às seis da manhã. Fui acordado pelo toque insistente do meu celular. Quando peguei o aparelho, vi que havia mensagens do meu investigador particular. A curiosidade e a ansiedade me tomaram imediatamente, e abri as mensagens. Meu coração acelerou conforme eu lia o conteúdo. Ronan, aquele desgraçado, traía Yara há muito tempo, e não só isso... Ele também a agredia. Cada linha que eu lia, cada informação que via, fazia meu sangue ferver de raiva.A raiva me consumia. Não conseguia acreditar que ele teve a audácia de encostar um dedo em Yara. Sou um juiz, e conheço bem as leis e como elas funcionam, mas quando se trata dela, minha obsessão muda as regras do jogo. Não há limites para o que estou disposto a fazer para protegê-la e para garantir que ela esteja a salvo.Sabia que precisava agir rapidamente. Liguei imediatamente para Lorenzo, que será o novo advogado de Yara, pedindo que ele viesse à mansão o mais rápido possível. Não restava tempo
Lorenzo Duarte.Saio da mansão sentindo uma animação que quase não consigo conter. Mal posso esperar para acabar com alguém. É sempre tão divertido ver o desespero nos olhos dos outros, especialmente quando são tão culpados como Ronan. Sou um advogado excelente, claro, mas não posso negar que tenho um lado sádico. Ver um agressor ou um abusador sofrer as consequências dos seus atos é um prazer que não me importo de admitir.Quando Kael me mostrou as evidências que o investigador reuniu, fiquei satisfeito. Era mais do que suficiente para enterrar Ronan de vez. E o fato de ele ter traído e agredido Yara só torna meu trabalho ainda mais gratificante. Agora, com o endereço da empresa dele em mãos, sei exatamente onde o encontrar. Imagino que esteja lá, pensando que sua vida ainda é normal, sem saber o que está prestes a acontecer. Mal posso esperar para humilhá-lo em seu próprio território.Dirijo pela cidade, mantendo meu foco na estrada e no que está por vir. Quando chego à pequena empr
Yara Voss.Ainda não consigo acreditar que isso esteja acontecendo. Quando o senhor Damien me deixou no quarto dele ontem à noite, segui suas instruções sem questionar. Tomei um banho quente para tentar relaxar, mas meus pensamentos não paravam de girar. Peguei uma camisa dele que parecia mais um vestido em mim, e até uma cueca fechada no plástico. Vesti-me com suas roupas confortáveis e tentei dormir, mas o sono não foi fácil. Acordei várias vezes durante a noite, sempre com a sensação de estar sendo observada, ou pior, perseguida.Às cinco da manhã, já estava acordada, depois de uma sequência interminável de pesadelos. Em um deles, Ronan me encontrava e me batia, como tantas outras vezes que havia suportado em silêncio. Em outro, ainda pior, ele descobria que o senhor Magnus havia me beijado, e a raiva em seus olhos me congelava. No sonho, ele me agredia de todas as maneiras possíveis, me quebrando por dentro e por fora. Acordei com o corpo tremendo, o suor escorrendo pela minha tes