Na sala de reuniões, Peter foi o primeiro a entrar vendo tudo arrumado pelas mãos de Aline, tudo em perfeita ordem, as pautas que iriam usar. As cadeiras em seu devido lugar e principalmente, Kevin sentando a sua direita, Aline entrou atrás e seus olhos caíram rapidamente em cima do loiro que Peter já ia à direção, ele bateu os papéis com força em cima da mesa, fazendo Kevin olhar pra cima e levantar na mesma hora.
— Você ficou doido? – Peter perguntou e Kevin arrumou a gravata no pescoço — Deu o endereço da Aline pra Dafne, quer morrer?
— Ela disse que queria discutir as cores do vestido de Madrinha, qual é, é importante para as mulheres.
— Ah claro – Aline parou ao lado de Pet
— Você ficou doida? – Ele perguntou limpando a boca. — Isso nunca mais deve se repetir, nunca, eu não amo mais você, e porra... Eu nunca pensei que você pudesse ainda sentir alguma coisa por mim.— O primeiro amor, Peter, a gente nunca esquece, ainda mais aquele filho da puta que te trocaram, duas vezes.— Você ainda pensa em mim? – Ela riu cruzando os braços — Isso é inacreditável.— Pensa em mim também, eu sou a parte boa da sua vida – ela saiu da sala e Peter passou as mãos nos lábios de novo. As mulheres da sua vida só querem foder com ele, só pode.— Ei – ele olhou pra porta de novo vendo Aline sorrir, sim, era aque
— O que acharam? – Dafne perguntou quando Karin saiu do provador com o vestido de madrinha, era todo branco com bordados até o meio da coxa, em cima os ombros eram nus, com a borda cheia de bolinhas brilhantes. Tudo muito cheio de charme, uma decoração maravilhosa para as madrinhas de um casamento chique e cheio de “amor”. — Eu adorei, é maravilhoso – girou no lugar e assim que terminou, Aline riu arrumando o seu. — Eu também adorei. O que achou? – Ela girou no lugar. Nos ombros a tatuagem aparecia tanto que Dafne levantou indignada, e nas pernas a mesma coisa. — Acho que vamos ter que escolher outro. – Dafne passou a mão no pescoço, onde tinha escondido a marca que Henrique deixou, “homem bom, é aquele que marca seu território”. — Mas ficou lindo nela – Karin ainda pediu, tinha mesmo ficado bonito. — É, vamos escolher outro. – Aline botou a mão na cintura e Dafne se aproximou, segurou os ombros dela e abaixou o vestido de uma vez fazendo Aline tampar os seios — Que isso Dafne?
Dafne ficou paralisada, mas não se atreveu a chegar perto, entrou no elevador de novo e cruzou os braços. Porque ela insistia com isso? O que Peter tinha que ela não conseguia parar com aquela possessão por ele? Tinha homens melhores, com mais músculos, olhos escuros, uma boca suja e que trabalhava numa loja de discos... Não, ela amava Peter, tinha que colocar isso em sua cabeça. Peter entrou no elevador já ficando sério, não era mais o mesmo Peter que ela viu sorrir e beijar Aline agora pouco. — Isso não vai dar certo, não é? – perguntou e Peter olhou pra ela — Você perdeu o desejo por mim, porque nem me tocar mais você faz questão. — Dafne, por favor, não vamos começar com isso agora – ele desfez os três primeiros botões de sua camisa — Eu não quero brigar. — Nem eu, eu quero fazer outra coisa – ela jogou sua bolsa no chão do elevador e Peter olhou pra ela — Você vai me desejar, sabia? – Ela tirou a camisa e Peter arregalou os olhos — Por bem, ou por mal. — Dafne, o que você t
Aline se olhou no espelho de novo, naquela noite ela tinha se arrumado novamente para Peter, sabia que ele chegaria a qualquer momento e ainda falou ao telefone quando ligou que tinha uma surpresa. Ela ficou tão animada que pediu para ele contar tudo por telefone, mas ele apenas gargalhou disse tchau. Porém, ela também faria uma surpresa, passou na loja de roupas que viu no final de semana antes de voltar pra casa e aproveitou para comprar uma lingerie nova, certo que Peter nunca viu todas as roupas dela, mas não custava nada fazer uma pequena surpresa e ele ter um infarto no coração, não tão forte é claro. Antes de terminar de colocar todo o roupão para cobrir o que escondia, ela escutou a campainha tocar. Uniu as sobrancelhas, como assim ele tinha chegado cedo? E Dafne? Como ele tinha se livrado dela tão rápido. Tirou a interrogação da cara e amarrou o roupão de qualquer forma que conseguiu e correu para a porta, arrumou o cabelo e deu seu melhor sorriso que congelou no rosto e
— Como você sabe disso? – Jonny ficou sério — Como sabe disso? — Não interessa, você acredita mesmo que na hora com todos os presentes naquele lugar, com sua noiva modelo bonita e bem cuidada, ele vai dizer não e trocar aquela mulher por você? — Uma mulher como eu? — Uma simples mulher como você – ele ficou sério. — Fala sério Aline, o que você quer que eu faça pra você me perdoar? – Ele se aproximou agarrando os braços dela. Aline ficou olhando pra ele, uma rajada de sentimentos atingiu seu coração — Eu faço qualquer coisa pra te ter de volta. — Sai da minha frente – ela sussurrou olhando nos olhos dele, construindo coragem de dentro pra fora — Eu odeio você, com todo o meu coração, não tem espaço pra você na minha mente, eles foram ocupados por outra pessoa. — Tá apaixonada de novo? Por Peter Johnson? Não me faça rir – ele apertou mais os braços dela trazendo pra mais perto, Aline congelou — Eu vou te fazer lembrar-se do que você sentia por mim antes. Sem esperar mais ele a be
— E então, o que decidiu? – Peter perguntou de frente pra mesa, encarando Dafne em seus olhos azuis brilhantes e determinados naquela manhã.— Pensei em dizer que eu terminei tudo, você me traiu não foi? – Ela olhou pra Aline que continuou a olhar pra ela. — Eu quero dar um fim nisso.— Claro. Não imaginava o contrário – Dafne riu pegando seu telefone.— Claro, tem que imaginar mesmo, pelo menos um pouco de mim você conhece. Eu vou aceitar fazer um desfile fora e quando questionarem sobre isso, eu digo o que aconteceu.— Certo.— Mandei cancelar tudo, até os convites que já estavam mandados, e enviarei de volta os presentes que ganhamos – ela levantou da cadeira olhando diretamente para Peter. — Espero que você consiga seguir sua vida sem mim, seu idiota. – Pegou sua bolsa e foi embora, quando chegou à porta soltou uma gargalhada e virou pra eles mandando beijo.— Orgulhosa como sempre – Peter murmurou e Aline deu um sorriso de lado.— Preciso falar com meus pais – Aline soltou de rep
— É. Agora você é a namorada oficial. – Aline bateu no ombro dele e desceu de suas pernas — Poxa eu estava brincando. – Ela deu de ombros e foi pra cozinha. Peter ouviu seu celular tocar e uma gargalhada de Aline da cozinha, riu também procurando por sua calça, quando encontrou o celular deu um sorriso — OI MÃE – gritou bem alto pra Aline ouvir. — Grita mais Peter, adoro acordar de manhã cedo e ouvir gritaria – ele riu — E adoro mais ainda acordar, ir para a mesa do café e descobrir que meu filho desfez o noivado – Peter sentou o sofá de novo. — Não estou reclamando por isso ter acontecido, não, longe de mim, mas eu precisava mesmo saber pelo jornal? — Mãe, foi tudo muito rápido, eu e Dafne brigamos no estacionamento e ontem ela publicou isso, o que a senhora está fazendo que não está na internet? – Marta gargalhou — Ela publicou ontem sobre o fim e hoje tinha que sair em todo lugar, não é? — E como aconteceu, o que ela disse? Esta puta de raiva, ou o que? — Várias coisas, mas, pos
— Bom, já estamos aqui, que tal você começar a falar?— Meu Deus Peter, sei que você não é apressado, e nem um pouco rabugento. – Ela falou calma abrindo o carpídio.— Aprendi a ficar desse jeito de uns tempos pra cá.— Sei. Dafne quem te ensinou – Peter riu de lado olhando ao redor, algumas pessoas olhavam pra sua mesa de rabo de olho e Peter entendia muito bem por que. Suas fotos com de Dafne estavam em todos os lugares, revistas, sites, jornais, qualquer canto que tivesse uma fofoca.Joana pediu sua comida e Peter fez a mesma coisa, até sorriram quando pediram a mesma comida, eles ainda tinham o mesmo gosto, claro. Peter odiava isso. Depois que o garçom se foi, Dafne botou os cotovelos na mesa e descansou sua cabeça ali olhando para Peter animadamente.— Como você se sente depois de tudo que aconteceu nesses dias? – Perguntou, Peter olhou pra ela e olhou ao redor de novo.— Me sinto bem Joana, exceto por aquele beijo – ela riu de canto — Nunca mais repita, passamos anos sem se toca