— É. Agora você é a namorada oficial. – Aline bateu no ombro dele e desceu de suas pernas — Poxa eu estava brincando. – Ela deu de ombros e foi pra cozinha. Peter ouviu seu celular tocar e uma gargalhada de Aline da cozinha, riu também procurando por sua calça, quando encontrou o celular deu um sorriso — OI MÃE – gritou bem alto pra Aline ouvir.
— Grita mais Peter, adoro acordar de manhã cedo e ouvir gritaria – ele riu — E adoro mais ainda acordar, ir para a mesa do café e descobrir que meu filho desfez o noivado – Peter sentou o sofá de novo. — Não estou reclamando por isso ter acontecido, não, longe de mim, mas eu precisava mesmo saber pelo jornal?
— Mãe, foi tudo muito rápido, eu e Dafne brigamos no estacionamento e ontem ela publicou isso, o que a senhora está fazendo que não está na internet? – Marta gargalhou — Ela publicou ontem sobre o fim e hoje tinha que sair em todo lugar, não é?
— E como aconteceu, o que ela disse? Esta puta de raiva, ou o que?
— Várias coisas, mas, posso dizer que ela não saiu como santa – riu de lado — Dafne é uma pessoa de caráter mamãe, um pouco doente, orgulhosa, às vezes rabugenta...
— Ainda estamos falando dela, ou você resolveu falar um pouco de você? – Peter riu levantando do sofá e andou em direção a varanda, saindo na mesma.
— Estou falando dela, talvez fosse por isso que eu gostava dela, mas nada com que se preocupar, eu não tenho mais interesse, eu gosto de Aline, gosto mesmo.
— Isso é bom meu filho, pelo menos eu sei que agora você pode ser feliz, esquece Joana. – Peter engoliu a seco na mesma hora lembrando-se do beijo — Não é Peter?
— Sim. – respondeu e segurou na barra de ferro — eu esqueci, Joana não significa nada pra mim, eu gosto de Aline – ele repetiu e sua voz soou mais firme, Marta riu animada.
— Assim é que se fala, e onde você está?
— Estou com ela – ele murmurou contente e Marta riu — preciso desligar. Passo na sua casa depois do trabalho – ele desligou depois dela se despedir e virou para sair, encontrou Aline encostada na porta da varanda com uma camisa branca cobrindo os seios, apenas. Tinha uma xícara de café nas mãos. — Está aí há muito tempo?
— Não, mas gostei de ouvir que você gosta de mim, era sua mãe, e então eu resolvi apenas ficar ouvindo, mas se você não gostar que eu ouça qualquer conversa, eu juro que nunca mais repito isso – ela disse com um sorriso sincero, e se aproximou dele dando um selinho demorado.
— Você não parece o tipo de mulher que tem ciúme – Aline deu a xícara para ele e se encostou à barra de ferro também.
— Peter, eu confio em mim mesma. – Ela disse e Peter riu, claro.
— Pensei que você não tivesse se importando quando eu contei sobre o beijo de Joana – ele estava de costas para a barra e Aline de frente, olhando a paisagem — Eu nunca poderia imaginar que ela ainda sentia algo por mim.
— Eu não me importei porque eu acredito em suas palavras, eu acredito em você e confio em mim mesma, e sei que se você escolher ela, um dia, vai ser porque ainda sente algo, e eu quero que você seja feliz comigo ou não.
— Prefiro que seja com você – ela riu de lado.
— Eu também – Peter virou pra ela abraçando-a — Você tem que ir pro escritório, vou arrumar minhas coisas e passo lá para me despedir.
— Quando você volta?
— Domingo. Prometo.
— Dois dias sem você?
— Por favor, Peter. Eu preciso conversar com meus pais antes deles saberem pelos jornais e programas de fofoca – o abraçou também beijando seu peito — Eles não merecem isso de mim, entendeu?
— Tudo bem. Bom, minha mãe você já conhece, quando vou conhecer a sua?
— Quando o tempo certo chegar, meu bem – ele concordou.
**+**
Quando Peter chegou ao trabalho atrasado, depois de pedir mil vezes a Aline para não tirar a roupa na frente dele, o que o deixava maluco e ele esquecia completamente que tinha um trabalho e que precisava estar nele. Por estar atrasado ele passou direto para seu andar, quando o elevador abriu ele saiu arrumando seu terno e parou logo na porta quando viu Ema, ela estava de volta, infelizmente, não estava sozinha, Joana estava em cima dela de costas, de saia...
— Sr. Johnson, que bom que chegou – Ema disse e Joana se virou para encontrar ele também. Peter ignorou o decote e o sorriso lindo que ela deu, a cumprimentou com um aperto de mãos e foi até Ema dando um abraço apertado.
— Seja bem-vinda de volta – ele disse sorridente e se afastou, — Aline disse que deixaria tudo que você fosse precisar saber anotado.
— Sim eu já achei suas anotações.
— E ela, onde está? – Joana perguntou parando ao lado e tocando em seu ombro.
— Viaja hoje, precisa conversar com seus pais e além do mais, Ema voltou – Joana abriu um sorriso enorme e apertou os ombros dele com mais força. — Como foi a viagem Ema?
— Peter, eu preciso falar com você – Joana disse e olhou pra sala dele, Peter olhou pra ela e cruzou os braços — Lá dentro.
— O que é tão especial que ninguém pode ouvir?
— Perdão senhor Johnson, mas eu não...
— Por isso mesmo, pode falar na frente de Ema que não tem problema – Joana riu de lado e jogou o cabelo para trás, aquilo o seduzia de verdade.
— Podemos almoçar juntos? – Peter franziu a testa — Não estou pensando em nada, tá bom, quero falar sobre o que aconteceu ontem.
— Hm – Peter virou para Ema que assentiu entendendo — te vejo depois – virou as costas entrando em sua sala e trancando logo depois. — Eu gosto da Aline, e esqueci Joana. Eu gosto da Aline e esqueci Joana. Eu gosto da Aline, gosto da Aline.
Repetia pra si mesmo.
— Eu gosto muito – ele riu malicioso quando se sentou na cadeira — muito.
Peter puxou a cadeira para ela se sentar. Não era só porque de uma hora pra outra Joana começou a ficar estranha que ele perderia seus modos, sentou logo na sua frente e sacou o celular do bolso, botando em cima da mesa, estava esperando ansiosamente por uma ligação de Aline, ela disse que iria até seu escritório para se despedir caso fosse viajar naquele dia e até agora não tinha aparecido e nem mesmo ligado, ele deixou um recado com Ema, de assim que ela chegar era pra ligar pra ele que ele correria até ela, sem pensar duas vezes.
— Bom, já estamos aqui, que tal você começar a falar?— Meu Deus Peter, sei que você não é apressado, e nem um pouco rabugento. – Ela falou calma abrindo o carpídio.— Aprendi a ficar desse jeito de uns tempos pra cá.— Sei. Dafne quem te ensinou – Peter riu de lado olhando ao redor, algumas pessoas olhavam pra sua mesa de rabo de olho e Peter entendia muito bem por que. Suas fotos com de Dafne estavam em todos os lugares, revistas, sites, jornais, qualquer canto que tivesse uma fofoca.Joana pediu sua comida e Peter fez a mesma coisa, até sorriram quando pediram a mesma comida, eles ainda tinham o mesmo gosto, claro. Peter odiava isso. Depois que o garçom se foi, Dafne botou os cotovelos na mesa e descansou sua cabeça ali olhando para Peter animadamente.— Como você se sente depois de tudo que aconteceu nesses dias? – Perguntou, Peter olhou pra ela e olhou ao redor de novo.— Me sinto bem Joana, exceto por aquele beijo – ela riu de canto — Nunca mais repita, passamos anos sem se toca
— De novo com ela? – os dois desfizeram o abraço e olharam pra trás vendo uma Joana completamente diferente de minutos atrás. — Você nunca vai mudar, quando mais suas ex’s aparecer na sua vida, você vai voltar atrás, isso é um saco.— O que essa maluca quer aqui em cima?— Maluca? Maluca é você, modelo falsa – ela parou na frente de Dafne que jogou a bolsa na cadeira batendo de frente com Joana.— O que você disse cabelo no ninho.— Eu disse o que você ouviu, só é bonita porque tem quilos de maquiagem na cara, se não, fazia todo mundo correr – Dafne acertou seu rosto com força fazendo Peter arregalar os olhos.— Cala essa boca sua venenosa.O elevador abriu e Aline esperou dois segundos antes de pisar no andar de Peter, tomou um susto grande quando parou assim que dobrou para ir em direção à sala de Peter, Ema estava parada olhando pra ela com um sorriso nos lábios.— Ema, que bom ver você – Ema riu sínica.— Também é bom ver você. Veio ver Peter?— Sim, eu queria falar com ele, me de
Dafne saiu do carro em frente à loja de discos com certeza e finalmente agora ela pôde conversar com Henrique. Ele tinha visto em algum lugar que tudo tinha acabado entre ela e Peter, pelo menos era o que Dafne esperava. Entrou rapidamente na loja pra fugir do sol e tirou os óculos e depois o lenço que tinha na sua cabeça.Suspirou e começou a andar pelos corredores fingindo procurar um disco qualquer, passou pelo corredor que eles tinham se falado a alguns atrás e parou no próximo quando viu ele. Henrique estava na frente de uma garota mostrando um disco enquanto ela olhava somente para ele.— É um clássico, todo mundo sabe disso – ele disse e olhou pra menina.— Esse corte de cabelo também é um clássico – ele franziu a testa e depois riu — Você tem namorada?— Não, ainda não. – Ele riu de lado e olhou pra ela com um olhar sedutor — mas ela também não pode ser você – a menina riu voltando pros discos — Não sou um completo papa anjo – falou entregando o disco pra menina mais nova.— U
Peter voltou pra casa depois de mais dois copos de vinho, não estava esperando nada de mais daquela conversa entre amigos, sempre faziam isso nas sextas à noite quando não tinham compromissos e pareceu fazer muito bem a Peter que não sabia se ainda tinha uma casa pra voltar quando adentrou seu apartamento, certo que ele tinha dado a Dafne, mas suas coisas ainda estavam ali, não estavam?Fechou a porta e logo ouviu uma música tocar no fundo, ele seguiu o caminho chegando em um quarto de hospedes, ele bateu na porta e ouviu a voz da Dafne mandando ele entrar, ele abriu a porta e olhou de longe, estava arrumada pra sair, com mais um dos seus vestidos justos e curto com decote longo, normal.— Vai sair? – perguntou o óbvio e olhou em volta do quarto, várias sacolas novas além de coisas suas pessoais, ela tinha trocado de quarto?— O que você acha meu amigo? – Não olhou pra ele, seu batom era mais importante no momento – Lembra-se do cara que eu disse que tinha ficado naquele dia – ela vir
— Vai passar o dia nesse computador mesmo? – Ele olhou pra cima vendo Dafne chegar da Academia colocando as chaves em cima da mesa de centro da sala.— Vou. Preciso encontrar um apartamento novo para me liberar este pra você. – Mangou e ela deu língua.— Porque não fica em um dos seus? Você tem tantos – era verdade, mas Peter não era tão fã do luxo que eles ostentavam, gostava de estar em um lugar confortável, sem muito luxo e aparelhos — Já sei, são grandes demais e cheios de coisas.— Você me conhece bem.— Claro que conheço – ela pensou um pouco e depois riu — Já sei de um lugar.— Que lugar?— Você se lembra do prédio da Aline, né? Claro. Era tão bonitinho, de frente pra praia, sem muito glamour, coisa que eu detesto, prefiro o luxo – se jogou no sofá.— Você tem razão.— Claro que eu tenho razão.— Pelo menos dessa vez – ela fez careta e levantou do sofá, Peter riu tirando seu pé no meio e olhou pro rosto dela e seguiu direto pro pescoço quando uma mancha chamou sua atenção. — Ha
— Mãe? – Aline murmurou colocando o casaco e abriu a porta enquanto Peter procurava por suas roupas — O que esta fazendo aqui? – ela perguntou arrumando o cabelo e tentando fechar o casaco.— Não sei. Ouvir gemidos, barulhos e depois a porta estava aberta. Eu fiquei preocupada e procurei por esses barulhos. E sei lá, tem quartos na minha casa e minha filha não precisava ficar fazendo essas coisas dentro de um carro com um estranho. – Peter saiu do carro arrumando o cabelo — e o estranho aí.— Mãe – Aline riu e foi para o lado do Peter — desculpa a culpa foi minha. E não seja tão inconveniente. – os dois suspiraram — Esse é Peter.— Eu sei, depois de ouvir tantos gemidos seus – ela estendeu a mão e Peter hesitou em tocá-la. — Eu não mordo. – Aline deu uma tapa em seus ombros o forçando a cumprimentá-la. — Eu vou entrar, aguardo os dois amanha no café – deu as costas. Ela entrou e Aline foi pra frente de Peter.— Isso não era pra ter acontecido.— Foi bem mais excitante saber que tinha
Na segunda-feira parecia mais animada para todo mundo, principalmente para Joana. Levantou cedo pra se arrumar, a última coisa que queria era ficar dentro de casa quando tinha o caminho livre para o coração de Peter. Brigar com Dafne e ainda ser expulsa da sua sala por Aline não era nada comparado a ligação que ela tinha com Peter, ele a amava, de todo o coração, sempre a amou, porque por causa de uma vadia do cabelo cor de rosa chegaria de repente e ele se apaixonaria, isso não era certo. Tomou um banho e vestiu um vestido azul com decote e curto, tubinho colado em seu corpo, tinha aquele vestido há muito tempo só porque foi Peter quem deu a ela e ela era louca por ele. Fez uma maquiagem simples e deixou seus lábios bem marcados. Saiu de carro indo direto pro seu carro, queria o quanto antes chegar à empresa e falar com Peter, jamais desistiria daquele homem, jamais. — Bom dia Ema – Joana cumprimentou a mulher assim que as portas do elevador se abriram, Ema ficou de pé e sorriu ao v
— Oi – ela riu e ele apenas cruzou os braços depois de abrir a porta — poxa vida, pode ficar feliz em me ver? Por favor. Só um pouquinho – ele riu dando passagem pra ela entrar.— A que devo a honra da minha amiga que não consigo resistir? – Henrique perguntou abraçando ela por trás e depositando um beijo no seu rosto que desceu para o pescoço e ela soltou sua bolsa virando pra ele dando vários beijos em sua boca, ele a pegou com mais força a deixando soltar um gemido entre o beijo quando sua pegada foi mais forte, ele adorava fazer isso com ela, Dafne era uma mulher incrível, ele gostava dos seus toques e principalmente do seu gemido chamando por ele, ou o mandando ir mais rápido.— Eu quero te convidar pra sair – ela disse e encarou os olhos negros — é de noite pensei que podíamos sair pra jantar – falou e abaixou à cabeça se afastando, Henrique percebeu uma coisa estranha.— Tem alguma coisa que precisa me contar? – Perguntou cruzando seus braços e ela riu de lado.— Tem Henrique,