Isabella Maziero Isabella gelou quando Marcos Rossi sussurrou em seu ouvido. Ela sabia que era em vão tentar fugir; já estava presa naquela casa. Por que entrou no carro daquele homem?"É muito dinheiro, eu não tenho esse valor," ela murmurou, a voz trêmula. Ele parou na frente dela, colocando uma mão de cada lado da poltrona onde ela estava sentada."Isso não me importa. Quero receber o que sua irmã me deve e você é a única que pode pagar, já que sua família não tem um tostão furado," ele disse, aproximando-se ainda mais. Seus lábios quase se tocaram, e Isabella, involuntariamente, abriu a boca e lambeu o lábio inferior. Os olhos de Marcos estavam fixos em cada movimento que ela fazia. O momento foi interrompido por uma batida na porta.Marcos se levantou e foi até a mesa, ajustou o terno e sentou-se na cadeira preta de couro."Entre," disse ele, a voz firme. Uma mulher, aparentando ter uns trinta anos, com cabelos negros e olhos da mesma cor, com a pele morena, parecia ser latino-
Isabella Maziero Isabella saiu correndo do escritório. Não tinha prestado atenção na casa e nem queria. Na verdade, só queria fugir daquele lugar e sair de perto daquelas pessoas. Ela ouviu a voz da mãe atrás dela. "Filha, por favor, me escute." "Saia de perto de mim, eu vou embora desse lugar cheio de loucos," Isabella respondeu, enquanto corria pelo corredor da casa, que tinha o piso de mármore. Quadros dos antepassados dos Rossi adornavam as paredes, testemunhando o drama familiar que se desenrolava. "Isabella, não seja egoísta. Sabe que precisamos deste casamento." "Mamãe, não me venha dizer o que preciso fazer. Eu não vou me casar com aquele homem que está naquele escritório para que você e meu tio se deem bem." "Nós precisamos da grana dele. Eu e seu tio não temos para onde ir." "Se virem, mamãe." "Você estragou nossa vida anos atrás. Deixou seu noivo e foi embora. A culpa do que aconteceu com Paola é sua. Minha pequena garota se perdeu; a necessidade fez com que ela f
Isabella Maziero Isabella não sabia nem mesmo para onde ir. As paredes daquele lugar imenso pareciam crescer à sua volta, sufocando suas esperanças. O coração acelerado dela ecoava nos corredores frios da mansão. Marcos Rossi, seu novo marido, estava ao seu lado, mas parecia tão distante quanto um estranho. E ele era um estranho. O nome dela agora carregava o sobrenome dele, uma mudança que ela nem teve a chance de questionar."Vou morar aqui?" A pergunta saiu antes que ela pudesse se conter, a voz dela era uma mistura de curiosidade e medo.Marcos respondeu de forma direta e impassível, "Sim, você vai morar aqui."Ele saiu do escritório e foi até uma das muitas salas da casa, deixando Isabella para trás, perdida em seus pensamentos. O ambiente era uma estranha combinação de sofás brancos modernos e móveis antigos, tudo luxuosamente decorado, mas com uma frieza que arrepiava a alma.A voz de Marcos interrompeu seu devaneio, trazendo-a de volta à realidade. Ele chamou alguém, e logo
Isabella Maziero Isabella tomou coragem depois de várias horas sentada na grama do jardim, encostada em uma árvore, e ter levado algumas mordidas de formiga. Mas qualquer coisa era melhor para ela do que ficar dentro daquela casa.A casa era muito bonita, a piscina grande, o muro cheio de folhagens e algumas flores perdidas deixavam aquele espaço perfeito. As cadeiras brancas e espreguiçadeiras vazias faziam a casa parecer um cenário de novela, só que sem personagens.Ela caminhou descalça pela grama até chegar à porta dos fundos. Ainda vestia a camisa de Marcos. As portas brancas da casa deixavam tudo tão lindo; a casa era espetacular.Assim que Isabella entrou na casa, um pequeno corredor a levou até a cozinha, onde ouviu pessoas conversando. Ela então parou e ouviu o que eles estavam dizendo."Ele se casou ontem à noite. Eu mal pude acreditar," era a voz de Ximena."Mas pelo jeito a noite de núpcias não foi bem-sucedida, pois ele foi para o clube e só saiu de lá quando estava cain
Marcos Rossi Marcos Rossi saiu do quarto, deixando sua esposa lá, sentindo uma mistura perigosa de desejo e autopreservação. Ele estava louco para possuí-la, mas sabia que o tempo seria seu aliado. Não queria assustá-la com sua impetuosidade.Marcos nunca foi um homem gentil, mas Mia, em um momento de luz em sua vida, o ensinou a ser mais compreensivo. Com ela, ele aprendeu que, para não assustar uma mulher perdida, precisava moderar seu temperamento. E foi assim que ele aprendeu como uma mulher deveria ser tratada, embora sempre acreditasse que ele decidiria se ela merecia ou não.Isabella, estava ali por dinheiro. Todas elas estavam. Dinheiro, status, poder. E Marcos Rossi tinha poder. Ele era o poder.Descendo as escadas da casa, ele encontrou Ximena parada entre a sala e o corredor que levava à cozinha. Parecia estar esperando por ele. E ela estava."O senhor vai sair?" perguntou Ximena, com um tom que oscilava entre a curiosidade e a submissão."Eu não lhe devo satisfação, Ximen
Marcos Rossi Marcos Rossi nunca mais quis saber de Paola. Ele a tinha banido de sua vida, eliminando qualquer vestígio de lembrança ou vontade de tê-la como esposa. Mas, depois de uma longa viagem, ele a encontrou novamente. Ele estava sozinho em um restaurante quando a viu, alterada e nervosa, sentada, olhando para o nada. O que estava acontecendo com ela?Marcos passou por ela, seus olhos brilharam ao vê-lo. Ele já conhecia aquele tipo de olhar – o olhar do interesse."Marcos Rossi," ela levantou e segurou a mão dele. "Que bom te encontrar aqui.""Paola, como vai?""Estou muito bem," ela respondeu, mas sua expressão contava outra história. Vestida para uma festa, Paola usava um vestido preto justo que realçava suas curvas, e seus cabelos estavam presos em um elegante rabo de cavalo. "Querido, sente-se comigo. Pelo que vejo você está sozinho, eu ainda nem pedi o jantar, podemos comer juntos.""Eu acho melhor sentar em outra mesa.""Por favor, sente-se comigo. É tão ruim jantar sozin
**Capítulo 4: O Peso do Legado**Marcos Rossi estava perdido em pensamentos, rememorando a figura de Paola e como, de maneira inevitável, ela havia ficado em suas mãos. A lembrança daquela mulher o fez sorrir, pois agora ele tinha a irmã de Paola em suas mãos e de quebra se livrou dela. Ele seguiu para a empresa, onde tinha seus afazeres. O falecimento recente do avô o havia deixado à frente de tudo, um fardo que carregava com orgulho e tristeza.Ao chegar, desceu do carro e ajeitou os óculos escuros. As mulheres o olhavam com desejo e os homens torciam o nariz para ele. Quando pegou o elevador, que estava vazio, pois ninguém se aventurava a entrar no mesmo elevador que ele, as portas se abriram e foi recebido pela secretária, uma senhora que já trabalhava com seu avô há anos e conhecia cada canto daquele escritório como a palma da mão."Bom dia, senhor.""Bom dia," respondeu Marcos com um aceno de cabeça. “Me passe tudo que preciso analisar hoje e me traga um café,” disse ele, tentan
Marcos saiu do clube em seu carro, acompanhado por seus homens. A tensão era palpável. Matteo, percebendo a gravidade da situação, correu para seu próprio carro e logo depois acelerou para alcançá-lo."Eu vou junto. Estou preocupado com você, cara," disse Matteo, enquanto emparelhava seu carro com o de Marcos e acenava para ele parar.“Acho melhor você não vir, Matteo. Isso não é coisa sua.”“Eu vou com você Marcos, está na hora de saber o que o poderoso Marcos Rossi esconde.” "Eu não escondo nada, só não gosto que os outros saibam do que eu faço, mas se você quer tanto saber."Os dois carros voaram pela estrada, cortando o silêncio da noite com o som dos motores. As luzes do castelo foram ficando para trás, dando lugar à escuridão da estrada que os levava ao porto, bem afastado da cidade. As árvores passavam como borrões, e o vento zunia ao redor dos veículos. Marcos mantinha o olhar fixo na estrada, a mente fervilhando com as possibilidades do que os esperava.A estrada sinuosa os