Isabella Maziero Isabella não sabia nem mesmo para onde ir. As paredes daquele lugar imenso pareciam crescer à sua volta, sufocando suas esperanças. O coração acelerado dela ecoava nos corredores frios da mansão. Marcos Rossi, seu novo marido, estava ao seu lado, mas parecia tão distante quanto um estranho. E ele era um estranho. O nome dela agora carregava o sobrenome dele, uma mudança que ela nem teve a chance de questionar."Vou morar aqui?" A pergunta saiu antes que ela pudesse se conter, a voz dela era uma mistura de curiosidade e medo.Marcos respondeu de forma direta e impassível, "Sim, você vai morar aqui."Ele saiu do escritório e foi até uma das muitas salas da casa, deixando Isabella para trás, perdida em seus pensamentos. O ambiente era uma estranha combinação de sofás brancos modernos e móveis antigos, tudo luxuosamente decorado, mas com uma frieza que arrepiava a alma.A voz de Marcos interrompeu seu devaneio, trazendo-a de volta à realidade. Ele chamou alguém, e logo
Isabella Maziero Isabella tomou coragem depois de várias horas sentada na grama do jardim, encostada em uma árvore, e ter levado algumas mordidas de formiga. Mas qualquer coisa era melhor para ela do que ficar dentro daquela casa.A casa era muito bonita, a piscina grande, o muro cheio de folhagens e algumas flores perdidas deixavam aquele espaço perfeito. As cadeiras brancas e espreguiçadeiras vazias faziam a casa parecer um cenário de novela, só que sem personagens.Ela caminhou descalça pela grama até chegar à porta dos fundos. Ainda vestia a camisa de Marcos. As portas brancas da casa deixavam tudo tão lindo; a casa era espetacular.Assim que Isabella entrou na casa, um pequeno corredor a levou até a cozinha, onde ouviu pessoas conversando. Ela então parou e ouviu o que eles estavam dizendo."Ele se casou ontem à noite. Eu mal pude acreditar," era a voz de Ximena."Mas pelo jeito a noite de núpcias não foi bem-sucedida, pois ele foi para o clube e só saiu de lá quando estava cain
Marcos Rossi Marcos Rossi saiu do quarto, deixando sua esposa lá, sentindo uma mistura perigosa de desejo e autopreservação. Ele estava louco para possuí-la, mas sabia que o tempo seria seu aliado. Não queria assustá-la com sua impetuosidade.Marcos nunca foi um homem gentil, mas Mia, em um momento de luz em sua vida, o ensinou a ser mais compreensivo. Com ela, ele aprendeu que, para não assustar uma mulher perdida, precisava moderar seu temperamento. E foi assim que ele aprendeu como uma mulher deveria ser tratada, embora sempre acreditasse que ele decidiria se ela merecia ou não.Isabella, estava ali por dinheiro. Todas elas estavam. Dinheiro, status, poder. E Marcos Rossi tinha poder. Ele era o poder.Descendo as escadas da casa, ele encontrou Ximena parada entre a sala e o corredor que levava à cozinha. Parecia estar esperando por ele. E ela estava."O senhor vai sair?" perguntou Ximena, com um tom que oscilava entre a curiosidade e a submissão."Eu não lhe devo satisfação, Ximen
Marcos Rossi Marcos Rossi nunca mais quis saber de Paola. Ele a tinha banido de sua vida, eliminando qualquer vestígio de lembrança ou vontade de tê-la como esposa. Mas, depois de uma longa viagem, ele a encontrou novamente. Ele estava sozinho em um restaurante quando a viu, alterada e nervosa, sentada, olhando para o nada. O que estava acontecendo com ela?Marcos passou por ela, seus olhos brilharam ao vê-lo. Ele já conhecia aquele tipo de olhar – o olhar do interesse."Marcos Rossi," ela levantou e segurou a mão dele. "Que bom te encontrar aqui.""Paola, como vai?""Estou muito bem," ela respondeu, mas sua expressão contava outra história. Vestida para uma festa, Paola usava um vestido preto justo que realçava suas curvas, e seus cabelos estavam presos em um elegante rabo de cavalo. "Querido, sente-se comigo. Pelo que vejo você está sozinho, eu ainda nem pedi o jantar, podemos comer juntos.""Eu acho melhor sentar em outra mesa.""Por favor, sente-se comigo. É tão ruim jantar sozin
**Capítulo 4: O Peso do Legado**Marcos Rossi estava perdido em pensamentos, rememorando a figura de Paola e como, de maneira inevitável, ela havia ficado em suas mãos. A lembrança daquela mulher o fez sorrir, pois agora ele tinha a irmã de Paola em suas mãos e de quebra se livrou dela. Ele seguiu para a empresa, onde tinha seus afazeres. O falecimento recente do avô o havia deixado à frente de tudo, um fardo que carregava com orgulho e tristeza.Ao chegar, desceu do carro e ajeitou os óculos escuros. As mulheres o olhavam com desejo e os homens torciam o nariz para ele. Quando pegou o elevador, que estava vazio, pois ninguém se aventurava a entrar no mesmo elevador que ele, as portas se abriram e foi recebido pela secretária, uma senhora que já trabalhava com seu avô há anos e conhecia cada canto daquele escritório como a palma da mão."Bom dia, senhor.""Bom dia," respondeu Marcos com um aceno de cabeça. “Me passe tudo que preciso analisar hoje e me traga um café,” disse ele, tentan
Marcos saiu do clube em seu carro, acompanhado por seus homens. A tensão era palpável. Matteo, percebendo a gravidade da situação, correu para seu próprio carro e logo depois acelerou para alcançá-lo."Eu vou junto. Estou preocupado com você, cara," disse Matteo, enquanto emparelhava seu carro com o de Marcos e acenava para ele parar.“Acho melhor você não vir, Matteo. Isso não é coisa sua.”“Eu vou com você Marcos, está na hora de saber o que o poderoso Marcos Rossi esconde.” "Eu não escondo nada, só não gosto que os outros saibam do que eu faço, mas se você quer tanto saber."Os dois carros voaram pela estrada, cortando o silêncio da noite com o som dos motores. As luzes do castelo foram ficando para trás, dando lugar à escuridão da estrada que os levava ao porto, bem afastado da cidade. As árvores passavam como borrões, e o vento zunia ao redor dos veículos. Marcos mantinha o olhar fixo na estrada, a mente fervilhando com as possibilidades do que os esperava.A estrada sinuosa os
Isabella Maziero A noite estava pesada, sufocante. Isabella rolava na cama, a sensação de que estava deitada sobre espinhos era insuportável. Resolveu ir até a sacada do seu quarto, um local que era um dos seus preferidos da casa, ali ela podia ficar sozinha. Seu marido havia saído pela manhã e não retornou, deixando um vazio perturbador. Ela sabia que ele não voltaria naquela noite, ele mesmo disse que não morava ali e que ficaria sozinha na casa, mas algo não a deixava descansar.O silêncio do lugar era quebrado apenas pelos sons distantes da natureza. Vez ou outra ouvia conversas dos seguranças. Mas então, algo inusitado chamou sua atenção. Um carro parou abruptamente em frente à casa, ela pode ver os farois. Seria Marcos? Imediatamente, os portões se abriram. Ela não reconhecia aquele carro, mas a situação parecia urgente.O carro cantou os pneus assim que parou, Isabella observou que um homem saiu correndo e abriu a porta de trás do carro, tirando com cuidado uma pessoa, e essa
Isabella Maziero Isabella não conseguia tirar os olhos de Marcos. Sua mente estava em turbilhão, tentando compreender a complexidade de sua situação. Precisava ver o que havia no contrato de casamento que assinou, pois quando se casou com Marcos, não se atentou a nada do que dizia naquele contrato, tudo tinha sido tão rápido, seu avô deveria estar revirando no túmulo por ser tão imprudente. Talvez Ximena tivesse razão; precisava se precaver caso algo acontecesse com seu marido. O pensamento de que poderia estar em uma situação mais delicada do que imaginava a perturbava profundamente.Ao olhar para o rosto de Marcos, sua mão foi involuntariamente para acariciar a pele pálida dele. O que realmente tinha acontecido com seu marido? Em que ele estava metido para levar um tiro? Ele era tão bonito. Isabella nem sabia a idade exata de Marcos, mas notava alguns fios grisalhos em seus cabelos que lhe davam um ar sexy. Ele era um homem atraente, mesmo naquela situação vulnerável.O corpo máscu