Marcos Rossi Marcos Rossi nunca mais quis saber de Paola. Ele a tinha banido de sua vida, eliminando qualquer vestígio de lembrança ou vontade de tê-la como esposa. Mas, depois de uma longa viagem, ele a encontrou novamente. Ele estava sozinho em um restaurante quando a viu, alterada e nervosa, sentada, olhando para o nada. O que estava acontecendo com ela?Marcos passou por ela, seus olhos brilharam ao vê-lo. Ele já conhecia aquele tipo de olhar – o olhar do interesse."Marcos Rossi," ela levantou e segurou a mão dele. "Que bom te encontrar aqui.""Paola, como vai?""Estou muito bem," ela respondeu, mas sua expressão contava outra história. Vestida para uma festa, Paola usava um vestido preto justo que realçava suas curvas, e seus cabelos estavam presos em um elegante rabo de cavalo. "Querido, sente-se comigo. Pelo que vejo você está sozinho, eu ainda nem pedi o jantar, podemos comer juntos.""Eu acho melhor sentar em outra mesa.""Por favor, sente-se comigo. É tão ruim jantar sozin
**Capítulo 4: O Peso do Legado**Marcos Rossi estava perdido em pensamentos, rememorando a figura de Paola e como, de maneira inevitável, ela havia ficado em suas mãos. A lembrança daquela mulher o fez sorrir, pois agora ele tinha a irmã de Paola em suas mãos e de quebra se livrou dela. Ele seguiu para a empresa, onde tinha seus afazeres. O falecimento recente do avô o havia deixado à frente de tudo, um fardo que carregava com orgulho e tristeza.Ao chegar, desceu do carro e ajeitou os óculos escuros. As mulheres o olhavam com desejo e os homens torciam o nariz para ele. Quando pegou o elevador, que estava vazio, pois ninguém se aventurava a entrar no mesmo elevador que ele, as portas se abriram e foi recebido pela secretária, uma senhora que já trabalhava com seu avô há anos e conhecia cada canto daquele escritório como a palma da mão."Bom dia, senhor.""Bom dia," respondeu Marcos com um aceno de cabeça. “Me passe tudo que preciso analisar hoje e me traga um café,” disse ele, tentan
Marcos saiu do clube em seu carro, acompanhado por seus homens. A tensão era palpável. Matteo, percebendo a gravidade da situação, correu para seu próprio carro e logo depois acelerou para alcançá-lo."Eu vou junto. Estou preocupado com você, cara," disse Matteo, enquanto emparelhava seu carro com o de Marcos e acenava para ele parar.“Acho melhor você não vir, Matteo. Isso não é coisa sua.”“Eu vou com você Marcos, está na hora de saber o que o poderoso Marcos Rossi esconde.” "Eu não escondo nada, só não gosto que os outros saibam do que eu faço, mas se você quer tanto saber."Os dois carros voaram pela estrada, cortando o silêncio da noite com o som dos motores. As luzes do castelo foram ficando para trás, dando lugar à escuridão da estrada que os levava ao porto, bem afastado da cidade. As árvores passavam como borrões, e o vento zunia ao redor dos veículos. Marcos mantinha o olhar fixo na estrada, a mente fervilhando com as possibilidades do que os esperava.A estrada sinuosa os
Isabella Maziero A noite estava pesada, sufocante. Isabella rolava na cama, a sensação de que estava deitada sobre espinhos era insuportável. Resolveu ir até a sacada do seu quarto, um local que era um dos seus preferidos da casa, ali ela podia ficar sozinha. Seu marido havia saído pela manhã e não retornou, deixando um vazio perturbador. Ela sabia que ele não voltaria naquela noite, ele mesmo disse que não morava ali e que ficaria sozinha na casa, mas algo não a deixava descansar.O silêncio do lugar era quebrado apenas pelos sons distantes da natureza. Vez ou outra ouvia conversas dos seguranças. Mas então, algo inusitado chamou sua atenção. Um carro parou abruptamente em frente à casa, ela pode ver os farois. Seria Marcos? Imediatamente, os portões se abriram. Ela não reconhecia aquele carro, mas a situação parecia urgente.O carro cantou os pneus assim que parou, Isabella observou que um homem saiu correndo e abriu a porta de trás do carro, tirando com cuidado uma pessoa, e essa
Isabella Maziero Isabella não conseguia tirar os olhos de Marcos. Sua mente estava em turbilhão, tentando compreender a complexidade de sua situação. Precisava ver o que havia no contrato de casamento que assinou, pois quando se casou com Marcos, não se atentou a nada do que dizia naquele contrato, tudo tinha sido tão rápido, seu avô deveria estar revirando no túmulo por ser tão imprudente. Talvez Ximena tivesse razão; precisava se precaver caso algo acontecesse com seu marido. O pensamento de que poderia estar em uma situação mais delicada do que imaginava a perturbava profundamente.Ao olhar para o rosto de Marcos, sua mão foi involuntariamente para acariciar a pele pálida dele. O que realmente tinha acontecido com seu marido? Em que ele estava metido para levar um tiro? Ele era tão bonito. Isabella nem sabia a idade exata de Marcos, mas notava alguns fios grisalhos em seus cabelos que lhe davam um ar sexy. Ele era um homem atraente, mesmo naquela situação vulnerável.O corpo máscu
Isabella Maziero A noite tinha sido tensa para Isabella. Marcos, havia passado mal e o médico precisou ser chamado às pressas para realizar alguns procedimentos urgentes. A preocupação tomava conta de cada canto da casa, e Isabella mal conseguia pensar em outra coisa. No entanto, um olhar persistente a incomodava – Matteo, não tirava os olhos dela. Na manhã seguinte, Matteo a chamou para o escritório. A expressão séria em seu rosto não deixava margem para dúvidas: o assunto era grave."Eu acho melhor não falar para ninguém que Marcos está nesta situação," Matteo disse com firmeza, enquanto andava de um lado para o outro. "Isso pode afetar os negócios de maneira drástica e Mia está abalada com tudo que aconteceu."Isabella assentiu, para ela era melhor que ninguém soubesse Afinal, ela tinha uma dívida com o marido e quanto menos pessoas soubessem melhor seria para ela. "Concordo com você," respondeu, a voz baixa e contida, tentando não mostrar seu nervosismo. "É uma situação difícil
Isabella Maziero Isabella estava em cima do muro, a adrenalina correndo por suas veias. Seu pé escorregou, e um grito abafado escapou de seus lábios. A mão firme de Mateu a segurou no último momento, evitando sua queda. Ela sentiu a dor aguda em sua mão, que arrancou um gemido involuntário. Matteo, com uma expressão severa e olhos cheios de fúria contida, a ajudou a descer do muro."Você estava tentando fugir?", a voz de Matteo era grave, quase um rosnado. "O que você estava pensando? Que iria conseguir escapar daqui?"Isabela, com a respiração entrecortada, respondeu desafiadoramente: "Eu quase consegui, Matteo."Os seguranças que estavam ali tinham um sorriso contido, já Matteo estava furioso e não gostou nada dos homens que estavam achando aquilo tudo engraçado.“Não tem nada de engraçado aqui, vá cada um para seu posto e não deixem essa senhora sair da casa,” todos assentiram e em segundo eles desapareceram.Sem dizer mais nada, Matteo segurou firme no braço de Isabela e a conduz
Isabella Maziero Isabella franziu as sobrancelhas, observando Matteo e Carolina. A cena parecia tirada de um filme: Carolina, vulnerável e frágil, nos braços de Matteo. Se não conhecesse bem Matteo, Isabella quase acreditaria que os dois formavam um casal perfeito. Mas a realidade era bem diferente. Matteo era muito mais velho e Isabella, ainda menor de idade, carregava um fardo pesado de problemas.Após alguns minutos de observação, do casal a sua frente que não se soltava, Isabella se aproximou e, com um tom firme.“Agora já pode soltar ela.” Matteo, desnorteado, deixou a garota.“Claro que vou soltá-la. Tome cuidado por onde anda, pirralha.” Ele ajustou o corpo, olhou ao redor, fez cara feia e disparou. “Não demore, estou com pressa,” Com isso, Matteo se retirou, deixando um rastro de tensão na sala.“É impressão minha ou o garoto Geordano gostou da minha Carolina? “Perguntou Paulo, o tio de Isabella com desdém.“Deixe de bobagens, papai. O que vou querer com um almofadinha desses