Isabella ainda estava abalada depois da visita inesperada de Marta Ferrari e seu tio. A presença daquela mulher na mansão a deixou tensa, como se o mundo ao seu redor estivesse desmoronando. Quando a porta da sala se fechou, Isabella se encostou ali, o eco da ameaça de Marta ainda pairava no ar. O rosto de Sofia, confuso e assustado, fez Isabella sentir um peso enorme no peito. Ela sabia que tinha que proteger sua filha, custasse o que custasse."Vem, querida, vamos para dentro," disse Isabella, pegando Sofia pela mão e conduzindo-a para o interior da casa. Cada passo que dava parecia um lembrete da prisão invisível em que estava, uma onde sua própria família era tanto o carcereiro quanto o prisioneiro. "Por que aquela mulher quer me levar daqui, mamãe?", perguntou Sofia, sua voz pequena e cheia de medo.Isabella parou, agachando-se na altura da filha, e a abraçou com força. "Eu não sei, meu amor, mas eu prometo que não vou deixar ninguém te levar."O dia passou arrastado, e cada minu
Isabella Maziero Rossi Isabella ficou ao lado de Marcos durante toda a noite, mantendo-se alerta a cada movimento ao redor. Ela sabia que Marta poderia se aproximar a qualquer momento, e a expectativa de um confronto iminente a deixava em constante tensão. As risadas e conversas ao seu redor pareciam distantes, abafadas pelo turbilhão de pensamentos que rodopiavam em sua mente. A música suave, as luzes cintilantes e os sussurros entre os convidados mal a atingiam; ela estava presa em sua própria bolha de ansiedade. Os olhares daquela mulher estava em todos cantos.Eventualmente, Isabella decidiu se retirar por um instante, precisava de um momento a sós para reorganizar os pensamentos. Caminhou até o banheiro, sentindo o peso da situação nas suas costas. Assim que abriu a porta, seu coração quase parou ao ver Marta Ferrari já lá dentro, aplicando batom vermelho com um ar casual, como se esperasse por ela.“Você deve achar que eu estou brincando, não é mesmo?” A voz de Marta era fria,
Isabella Maziero Rossi Isabella sentiu o pânico crescendo dentro de si enquanto o carro acelerava pelas estradas sinuosas. Alexandre Ferrari estava dirigindo, suas mãos apertando o volante com tanta força que seus nós dos dedos estavam brancos. A velocidade era assustadora, e Isabella não conseguia desviar o olhar da estrada, temendo que a qualquer momento eles pudessem colidir. O coração dela batia acelerado, e cada curva apertada parecia um passo mais perto do desastre.“Como Sofia é sua filha?” Isabella perguntou, a voz trêmula de medo e confusão.“Sendo minha filha. E eu a quero de volta,” respondeu Alexandre com frieza, os olhos focados na estrada à frente.“Eu pensei que a única filha que você teve foi com a minha irmã,” insistiu Isabella, tentando entender aquela história absurda.“E foi, Paola foi a única mulher que conseguiu me enganar, aquela filha da puta,” Alexandre cuspiu as palavras, cheio de ressentimento.Isabella sentiu uma onda de raiva misturada com desespero. Paol
Isabella Maziero Rossi Isabella sentiu o desespero crescer em seu peito à medida que a confusão tomava conta da mansão. O som de gritos e móveis quebrando ecoava pelos corredores, enquanto Marcos e Alexandre brigavam com uma ferocidade quase animalesca. Aproveitando o caos, Isabella pegou a pequena Sofia pela mão e correu em direção à escada. A menina, confusa e assustada, não disse uma palavra enquanto ambas desciam os degraus apressadamente. O coração de Isabella batia descontroladamente. Ela sabia que aquela era sua única chance de escapar, de proteger Sofia de toda a confusão que cercava sua verdadeira origem. Seus pés mal tocavam os degraus, como se estivessem voando em direção à liberdade.Ao chegarem ao térreo, Isabella avistou o portão da mansão, sua única saída. Ela sabia que os seguranças estavam ocupados tentando conter a briga entre Marcos e Alexandre, foi pelo escuro entre as arvores, fez sinal.para que Sofia não fizesse barulho, mas não tinha certeza de quanto tempo is
Isabella Maziero Rossi Isabella e Sofia estavam prestes a entrar na sala escura, onde uma única luz iluminava o centro. O ambiente lembrava cenas de filmes de máfia italiana, e o medo percorreu a espinha de Isabella. Ela segurou a mão de Sofia com força, seu instinto de fuga se intensificando, mas ao olhar para trás, percebeu os seguranças bloqueando a única saída.Quando seus olhos se ajustaram à penumbra, ela viu um homem sentado na cadeira no centro da sala. O coração de Isabella acelerou ao reconhecer Marcos. Antes que ela pudesse reagir, Sofia soltou sua mão e correu para os braços do homem.“Papai, eu estava com saudades,” disse Sofia, sua voz carregada de inocência e alívio.Marcos se abaixou para abraçá-la, e o semblante duro que ele mantinha suavizou-se brevemente. “Eu também estava com saudades de você, meu amor.” Ele fechou os olhos enquanto a segurava, como se estivesse absorvendo todo o carinho que sentia pela menina. No entanto, a ternura desapareceu tão rápido quanto a
Isabella Maziero Rossi Isabella sentia o olhar de Marcos sobre ela, pesado, intenso, mas ela desviava os olhos, incapaz de sustentar aquele contato. A tensão entre os dois era palpável, quase sufocante, como se as palavras não ditas entre eles ocupassem todo o espaço. Sofia, alheia ao clima, estava animada, brincando com a aeromoça e explorando cada detalhe do avião. Mas Isabella sentia-se desconectada, uma náusea crescente dominando seu estômago, e sabia que algo não estava certo.“A senhora não vai comer nada?” A aeromoça perguntou, inclinando-se para Isabella com um sorriso simpático.“Não, eu não estou com fome,” Isabella respondeu, tentando disfarçar o mal-estar que se intensificava.Assim que o avião pousou na Itália, Marcos foi o primeiro a descer. Ele não olhou para trás para ver se Isabella o seguia, mas ela sabia que não tinha outra escolha. Segurando a mão de Sofia, ela desceu os degraus com uma sensação de incerteza pesando em seu peito. No entanto, ao entrar no carro, pe
Aqui começa a DUOLOGIA NOIVAS RELUTANTES Mia Madson e Geovane Geordano convidam para o enlace matrimonial. Capítulo 1 Mia Madson Enquanto eu entrava naquele corredor, pensava o que eu estava fazendo ali? Qual a real razão de estar fazendo aquilo? As pessoas me olhavam, cochichavam e algumas delas tinha um sorriso que eu não sabia dizer se eram de alegria por estar ali vendo um circo ou se zombavam de mim pelo meu passado pitoresco, tive vontade de gargalhar. Eu sorria, afinal todos esperavam isso de mim. O que uma atriz faz? Ela atua e faz o seu papel. Não conhecia a metade daquelas pessoas, mas elas me conheciam, afinal quem não me conhece? Digamos que eu seja um pouco peculiar. Tudo foi feito às pressas, mas está bonito e olha essas flores? Uma breve observação. Os lírios-brancos que enfeitavam a pequena capelinha da propriedade dos Geordano, fico impressionada com tamanha beleza e de como o dinheiro pode pagar uma festa como essa e com tanta rapidez. O buquê em minhas mãos
MIA MADSON — Mia, por que está arrumando esse tipo de confusão? Agora você vem com essa loucura de um mês, eu quero que assine isso logo - ele estende o papel.— E se eu não assinar? O que o meu maridinho vai fazer? - ele pegou a minha taça de vinho e jogou na parede — Mia, não me desafie sua…— Sua? - eu o desafiei com o olhar - Eu assino Geovane, mas você terá que prometer que ficará casado comigo e manteremos a farsa por mais um mês. Só assim eu assino esses papéis, é pegar ou largar? - estendo a mão para ele - Acordo fechado? - ele não pegou minha mão, então dei a última cartada - Ou eu não assino nada - fui decisiva - E então ficaremos casados do mesmo jeito por que o processo do divórcio vai demorar mais que isso ou até mesmo a anulação.— Você é uma manipuladora Mia Madson, da pior espécie - ele estava furioso comigo - Por isso que odeio você.— O sentimento é recíproco, vou assinar os documentos, mas eles vão ficar comigo - Peguei uma caneta e assinei o tal acordo de divórcio