Isabella Maziero Rossi Isabella sentiu o pânico crescendo dentro de si enquanto o carro acelerava pelas estradas sinuosas. Alexandre Ferrari estava dirigindo, suas mãos apertando o volante com tanta força que seus nós dos dedos estavam brancos. A velocidade era assustadora, e Isabella não conseguia desviar o olhar da estrada, temendo que a qualquer momento eles pudessem colidir. O coração dela batia acelerado, e cada curva apertada parecia um passo mais perto do desastre.“Como Sofia é sua filha?” Isabella perguntou, a voz trêmula de medo e confusão.“Sendo minha filha. E eu a quero de volta,” respondeu Alexandre com frieza, os olhos focados na estrada à frente.“Eu pensei que a única filha que você teve foi com a minha irmã,” insistiu Isabella, tentando entender aquela história absurda.“E foi, Paola foi a única mulher que conseguiu me enganar, aquela filha da puta,” Alexandre cuspiu as palavras, cheio de ressentimento.Isabella sentiu uma onda de raiva misturada com desespero. Paol
Isabella Maziero Rossi Isabella sentiu o desespero crescer em seu peito à medida que a confusão tomava conta da mansão. O som de gritos e móveis quebrando ecoava pelos corredores, enquanto Marcos e Alexandre brigavam com uma ferocidade quase animalesca. Aproveitando o caos, Isabella pegou a pequena Sofia pela mão e correu em direção à escada. A menina, confusa e assustada, não disse uma palavra enquanto ambas desciam os degraus apressadamente. O coração de Isabella batia descontroladamente. Ela sabia que aquela era sua única chance de escapar, de proteger Sofia de toda a confusão que cercava sua verdadeira origem. Seus pés mal tocavam os degraus, como se estivessem voando em direção à liberdade.Ao chegarem ao térreo, Isabella avistou o portão da mansão, sua única saída. Ela sabia que os seguranças estavam ocupados tentando conter a briga entre Marcos e Alexandre, foi pelo escuro entre as arvores, fez sinal.para que Sofia não fizesse barulho, mas não tinha certeza de quanto tempo is
Isabella Maziero Rossi Isabella e Sofia estavam prestes a entrar na sala escura, onde uma única luz iluminava o centro. O ambiente lembrava cenas de filmes de máfia italiana, e o medo percorreu a espinha de Isabella. Ela segurou a mão de Sofia com força, seu instinto de fuga se intensificando, mas ao olhar para trás, percebeu os seguranças bloqueando a única saída.Quando seus olhos se ajustaram à penumbra, ela viu um homem sentado na cadeira no centro da sala. O coração de Isabella acelerou ao reconhecer Marcos. Antes que ela pudesse reagir, Sofia soltou sua mão e correu para os braços do homem.“Papai, eu estava com saudades,” disse Sofia, sua voz carregada de inocência e alívio.Marcos se abaixou para abraçá-la, e o semblante duro que ele mantinha suavizou-se brevemente. “Eu também estava com saudades de você, meu amor.” Ele fechou os olhos enquanto a segurava, como se estivesse absorvendo todo o carinho que sentia pela menina. No entanto, a ternura desapareceu tão rápido quanto a
Isabella Maziero Rossi Isabella sentia o olhar de Marcos sobre ela, pesado, intenso, mas ela desviava os olhos, incapaz de sustentar aquele contato. A tensão entre os dois era palpável, quase sufocante, como se as palavras não ditas entre eles ocupassem todo o espaço. Sofia, alheia ao clima, estava animada, brincando com a aeromoça e explorando cada detalhe do avião. Mas Isabella sentia-se desconectada, uma náusea crescente dominando seu estômago, e sabia que algo não estava certo.“A senhora não vai comer nada?” A aeromoça perguntou, inclinando-se para Isabella com um sorriso simpático.“Não, eu não estou com fome,” Isabella respondeu, tentando disfarçar o mal-estar que se intensificava.Assim que o avião pousou na Itália, Marcos foi o primeiro a descer. Ele não olhou para trás para ver se Isabella o seguia, mas ela sabia que não tinha outra escolha. Segurando a mão de Sofia, ela desceu os degraus com uma sensação de incerteza pesando em seu peito. No entanto, ao entrar no carro, pe
Aqui começa a DUOLOGIA NOIVAS RELUTANTES Mia Madson e Geovane Geordano convidam para o enlace matrimonial. Capítulo 1 Mia Madson Enquanto eu entrava naquele corredor, pensava o que eu estava fazendo ali? Qual a real razão de estar fazendo aquilo? As pessoas me olhavam, cochichavam e algumas delas tinha um sorriso que eu não sabia dizer se eram de alegria por estar ali vendo um circo ou se zombavam de mim pelo meu passado pitoresco, tive vontade de gargalhar. Eu sorria, afinal todos esperavam isso de mim. O que uma atriz faz? Ela atua e faz o seu papel. Não conhecia a metade daquelas pessoas, mas elas me conheciam, afinal quem não me conhece? Digamos que eu seja um pouco peculiar. Tudo foi feito às pressas, mas está bonito e olha essas flores? Uma breve observação. Os lírios-brancos que enfeitavam a pequena capelinha da propriedade dos Geordano, fico impressionada com tamanha beleza e de como o dinheiro pode pagar uma festa como essa e com tanta rapidez. O buquê em minhas mãos
MIA MADSON — Mia, por que está arrumando esse tipo de confusão? Agora você vem com essa loucura de um mês, eu quero que assine isso logo - ele estende o papel.— E se eu não assinar? O que o meu maridinho vai fazer? - ele pegou a minha taça de vinho e jogou na parede — Mia, não me desafie sua…— Sua? - eu o desafiei com o olhar - Eu assino Geovane, mas você terá que prometer que ficará casado comigo e manteremos a farsa por mais um mês. Só assim eu assino esses papéis, é pegar ou largar? - estendo a mão para ele - Acordo fechado? - ele não pegou minha mão, então dei a última cartada - Ou eu não assino nada - fui decisiva - E então ficaremos casados do mesmo jeito por que o processo do divórcio vai demorar mais que isso ou até mesmo a anulação.— Você é uma manipuladora Mia Madson, da pior espécie - ele estava furioso comigo - Por isso que odeio você.— O sentimento é recíproco, vou assinar os documentos, mas eles vão ficar comigo - Peguei uma caneta e assinei o tal acordo de divórcio
MIA MADSON A minha cabeça estava estourando e doía tanto que eu não queria nem mesmo abrir os meus olhos, eu já tive algumas ressacas na vida depois dos últimos acontecimentos, mas as piores delas são a de vinho e de whisky.— Eu preciso parar de beber. Falando em beber, onde eu estou? - tento puxar na minha memória o que aconteceu comigo, mas algo está me intrigando, que barulho de água é esse? Será que eu tô em algum lugar com vazamento? Não espera, parece ser um chuveiro? - Ah, não, o que foi que fiz dessa vez? - coloco a mão na minha cabeça.Abro apenas um dos olhos, pois a claridade me fez fechá-los, preciso saber onde estou, não me recordo de muita coisa, já falei que vinho e eu não combinamos muito. O barulho do chuveiro para e eu me sento na cama, pelo menos estou em uma cama macia, já estive em lugares piores. O local estava com uma luz baixa, mas mesmo assim faziam meus olhos doerem e era tão aconchegante, aquele lugar parecia tão romântico, talvez se meu casamento fosse de
Mia MadsonForam três dias tranquilos aqui nessa casa e sim me apossei dela, ninguém veio aqui e eu pude andar por aí, ver a natureza e colocar os meus pés descalços no chão, sabe a quanto tempo eu não fazia isso? Também não me lembro, e é tão ruim não me lembrar das coisas. Depois que fui me arriscar numa carreira de atriz que não é nada promissora para mim e que eu não gosto, eu deixei de ser eu mesma, para ser uma personagem. A preparação para a festa de aniversário da senhora Geordano estava a todo vapor, a minha recepção de casamento foi algo tão pequeno perto da grandiosa festa da matriarca, seus sessenta anos seria marcado com uma festa de arromba. Eu observava tudo da casa de Geovane, me sentia uma intrusa ali no meio daquelas pessoas, mas eu precisava estar ali. Então vamos a mais uma atuação. A minha mala foi trazida no outro dia depois do casamento, e eu não tinha uma roupa apropriada para a festa na qual eu não tinha sido convidada, então eu preciso de um vestido novo.