Capítulo 0002
Depois de amanhã?

A família Xavier estava com pressa demais!

Mas isso não estava em suas mãos para decidir. Afinal, o casamento com Jonathan já estava completamente certo. Desde que ela se comportasse bem, a família Xavier não a trataria mal.

- Tudo bem. - Respondeu Débora.

Após discutirem os detalhes, Núbia providenciou um quarto de hóspedes para Débora e, depois de arrumar suas coisas, ela se preparou para voltar para a escola.

Ela estava do lado de fora da Mansão do Xavier, olhando para o saldo em sua conta bancária, que não era suficiente nem para comprar um pão, franzindo a testa.

Não havia outra opção a não ser ir a pé para a escola.

Débora mal deu um passo quando um carro parou na frente dela:

- Srta. Débora, Sra. Núbia pediu para eu te levar.

Ela ficou surpresa, sem recusar:

- Obrigada.

Débora pensou: “Não esperava que Sra. Núbia fosse tão atenciosa. Parece que meus próximos dias não serão tão difíceis assim.”

Na Mansão do Xavier, Núbia estava em frente à cama, olhando para o homem deitado nela, seu rosto refinado transbordava tristeza:

- Joe, arranjei um casamento para você. Essa moça é boa e bonita. - Enquanto falava, sua voz engasgou um pouco. - Seria tão bom se você pudesse abrir os olhos para ver.

Jonathan Xavier ainda dormia pacificamente na cama, com sua mandíbula esculpida, nariz marcante e lábios finos ressecados, sua pele um pouco pálida.

Durante todo esse tempo, Núbia falava com ele todos os dias, esperando que ele acordasse, mesmo que fosse para repreendê-la.

Infelizmente, os desejos nem sempre se realizavam.

Na escola, assim que Débora chegou ao campus, uma voz masculina sarcástica ressoou ao lado:

- Olha quem chegou! A princesinha da família Castro! Uau, sua família está arruinada, e você ainda tem coragem de vir para a escola?

Débora encarou a fonte da voz com indiferença, era Irvin.

Ao olhar nos olhos cativantes dela, Irvin ficou hipnotizado.

Débora era conhecida como a beldade da escola e até da cidade de Viana, e tinha uma lista interminável de pretendentes. Mas ela nunca olhava para eles.

Irvin era um dos pretendentes dela.

Irvin, confiante em sua aparência bonita, se sentiu extremamente ofendido após ser ignorado por Débora em suas tentativas de conquista. Assim que descobriu a falência da família Castro, veio rapidamente para humilhá-la.

Débora achou aquele homem patético demais para ser levado a sério e decidiu ignorá-lo, mas Irvin segurou firmemente o pulso dela:

- Você não tem onde dormir esta noite, né? Que tal implorar para mim? Eu te deixo ir para a minha casa dormir.

Irvin estava hipnotizado pelos belos olhos azuis de Débora, chegando ao ponto de quase babar por ela.

Débora não se virou, falando friamente:

- Me solte!

Irvin riu friamente:

- Eu não vou soltar! A menos que você prometa ir para casa comigo!

Irvin pensou: “Humph, ela não tem mais uma casa rica. Esta noite, vou conquistá-la à força, e ela não terá escolha a não ser concordar com minha perseguição!”

- Ah! - Antes que ele pudesse continuar com seus devaneios, um som de pá ecoou quando Débora lhe deu um tapa.

Irvin sentiu a cabeça zunindo, cobrindo o rosto vermelho, expressou com raiva:

- Débora, você ousou me bater! Minha mãe nunca me bateu! Vou contar ao diretor e fazer ele te expulsar!

- Fique à vontade.

Débora bateu palmas, lançando duas palavras frias antes de voltar para a sala de aula.

No escritório do diretor.

Irvin se sentou em frente a Débora, com as pernas cruzadas e olhares inquietos, se movendo de um lado para o outro nela.

- Diretor João! Foi ela! Me deu um tapa sem motivo algum, e ainda está doendo agora! Rápido, expulse ela!

Quando Débora fosse expulsa pelo diretor, ela precisaria implorar para voltar à escola. Nessa hora, ele faria Débora chorar e implorar sob ele!
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