Capítulo 0004
À noite, Débora estava deitada na cama, meio perdida em seus pensamentos.

De repente, seu celular começou a tocar e ela olhou rapidamente para ver quem era.

Aquele número familiar fez seu coração se apertar um pouco, os olhos lacrimejaram.

Ela deixou o celular de lado, sem atender ou rejeitar a chamada.

O toque continuou por mais de uma dúzia de vezes antes de parar. A pessoa desistiu de ligar e mandou uma série de mensagens:

[Onde você está?]

[Retorne minha ligação.]

Débora deletou todas as mensagens com os dedos levemente trêmulos.

Em seu íntimo, ela pensou: “Charles, a partir de agora, não teremos mais nenhum contato. Onde estou, você nunca saberá.”

Uma lágrima escorreu por sua bochecha, caindo em seus cabelos e desaparecendo.

Na manhã seguinte, Débora foi acordada pelo som de batidas na porta. Ela ficou um pouco atordoada, se sentando na cama para recobrar a consciência.

“Ah, é verdade, hoje é o meu casamento.”

Ela abriu a porta e Núbia entregou a ela uma caixa de joias:

- Dê uma olhada nisso.

Débora ficou momentaneamente surpresa ao abrir a caixa e descobrir um bracelete de esmeralda, a mesma que pertencia à sua mãe.

Ela instantaneamente se emocionou, finalmente protegendo algo da sua mãe.

Núbia disse:

- Querida, hoje é um dia feliz para seu casamento. Eu comprei o que você queria, pare de chorar.

Débora enxugou as lágrimas e assentiu com a cabeça:

- Obrigada, Sra. Núbia.

Sua gratidão era genuína e vinda do fundo do coração.

Núbia a ajudou a vestir o vestido de noiva que havia escolhido anteriormente e a levou para o segundo andar.

Ela sabia que no quarto atrás da porta vermelha com madeira polida morava seu futuro marido.

Núbia sorriu e disse:

- Entre primeiro, eu vou descer para receber os convidados.

Débora olhou para a porta diante dela, sentindo uma estranha sensação.

Ela respirou fundo e empurrou suavemente a porta para entrar.

O quarto era espaçoso, predominantemente em tons de cinza, minimalista e frio em sua decoração, emanando a aura nobre do dono do quarto.

Débora abraçou a si mesma, sentindo que o quarto era como uma câmara fria, sem vida.

Ela entrou no quarto e viu o homem deitado imóvel na cama.

A respiração de Débora também ficou tensa.

Ela reuniu coragem e se aproximou para ver claramente o rosto do homem na cama.

Seu rosto magro era extremamente pálido, mas sua beleza esculpida era tão requintada que era impossível esquecê-la com um único olhar.

Seu nariz reto e seus lábios sensuais eram de tirar o fôlego.

Débora não pôde deixar de suspirar, se não fosse por aquele acidente, este homem certamente seria um príncipe aclamado por todos, mas o destino era cruel.

Jonathan permanecia deitado ali, e se não fosse por sua respiração fraca, Débora poderia até pensar que ele estava morto.

Ela se aproximou, se sentando com cuidado em um sofá ao lado da cama, evitando fazer qualquer movimento audacioso.

...

O pátio da Mansão do Xavier estava repleto de carros de luxo.

A sala estava cheia de animação.

Para manter a dignidade do casamento de Débora e evitar que a família Xavier se tornasse um assunto de fofocas, a Núbia convidou apenas aqueles que tinham um relacionamento sólido com a família Xavier.

- Parabéns, irmã! - Pietra Botelho entrou sorridente, segurando a mão da Núbia, expressando seus bons votos. - Que ótimo, você finalmente realizou seu desejo!

O sorriso no rosto da Núbia desapareceu instantaneamente:

- O que você está fazendo aqui?

Pietra ignorou completamente a mudança de expressão da Núbia e levou seu filho despreocupado para perto dela:

- Luís! Cumprimente logo!

Luís deu um sorriso malicioso:

- Devo te chamar de tia ou simplesmente de dona Xavier?
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