Capítulo 36

- O que foi aquela simpatia que evocou para procurar o isqueiro dentro da bolsa?

Levei alguns segundos para assimilar a que Sara se referia, e ao dar-me conta, sorri como uma tola lembrando o quão desnecessário talvez tivesse sido aquilo. 

- Ah... - Arfei. - É só uma coisinha que minha mãe me ensinou quando era pequena, para achar brinquedos perdidos. Você não conhece?

Sara respirou fundo, olhando ao redor da cela, tentando recordar-se de algo similar e voltou a me olhar.

- Não, não conheço. Você pode dizer de novo?

Novamente sorri, relaxando os ombros percebendo a tensão sobre eles.

- Tá bom. É mais ou menos assim: "São Longuinho, São Longuinho... Se o objeto aparecer dou três pulinhos." 

- Então é uma simpatia cantada?

- Exatamente.

- Bom, vou aguardar.

Olhei para Sara sem saber do que exatamente ela falava.

Não me mexi ou pronunciei qualquer palavra, apenas tentava desvendar pelo o q

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