Gatilho.LORE— Você não sabe? Que estranho... — comentou desconfiado.— Benjamin não quer me envolver nisso, Vargas. Você sabe... — soltei. — Mas preciso saber para participar da vingança também, até porque eu fui a mais afetada.Ele assentiu concordando e andou, logo tirando a faixa da cabeça. Olhou para a mesma e faz uma careta ao perceber o sangue que saía dela.— Caralho... — sua voz era baixa. — Não sei o endereço exato, mas é uma casa abandonada. Benjamin disse que iria executá-los lá.Engoli seco assentindo enquanto controlava as minhas mãos trêmulas.— Você sabe a localização? — olhei pro Thomas.— Não tenho certeza se é essa, mas eu sei onde fica uma casa que presumo estar exatamente desse estado. — ele respondeu.Acenei com a cabeça para o outro homem ao seu lado, e meu segurança entendeu de primeira. O de olhos castanhos agarrou a cabeça do Vargas, sufocando o mesmo com o seu braço direito. O outro segurança tossiu sem forças e logo desmaiou. Thomas o colocou novamente pre
Gatilho.LOREEle me olhou divertido e me afastou com um chute. Assim que vi uma garrafa velha de bebida no chão, peguei apressada e quando o alto se aproximou, eu acertei sua cabeça com ela, ferindo seu crânio e deixando-o zonzo. Dei outro soco e um chute em sua nuca assim que ele caiu de joelhos.O gosto de metal apareceu em minha boca e cuspi o sangue avermelhado no chão. Corri até a sala, tomando a atenção do Shawn, que me olhava surpreso e assustado. Me encarou chocado e olhou pro Ruel ao seu lado.— Lore? — disse ele. — O quê? Por que está aqui?Sua voz saiu incrédula e me aproximei do Vincent, que estava de olhos fechados. Arregalei os meus ao ver sua camisa ensopada de vermelho e levei a mão até lá, suspendendo o pano e notando sua grave ferida que minava sangue.— O que fizeram com ele? — perguntei.— Foi atacado com um vidro...Balancei a cabeça do loiro, que logo tremeu os olhos e abriu, encarando meu rosto ainda zonzo e cansado. Vincent molhou os lábios com um sorriso larg
Gatilho.RUELDerrubei o cara que segurava os meus braços enquanto me levava para fora da casa e chutei o seu rosto, fazendo o sangue do seu nariz espirrar, e o homem rolar os olhos, inconsciente. Levei as mãos até o ferimento da minha barriga causado por Riki e gemi. O japonês enfiou o vidro no meu abdômen após eu contrariá-lo mais uma vez. Doía para caralho. Mesmo com o suéter da Lore servindo como uma compressa, a dor agonizante me fazia remoer.Olhei para trás, certificando se o Carter tinha conseguido fugir. Espero que agora ele já esteja longe.Por que ela veio?Quando a vi ajoelhada em minha frente, pensei que fosse apenas uma imaginação. Achei que estava quase perto da morte e minha mente fodida imaginou ela. Mas após perceber que era a Orlando em carne e osso, eu me desesperei. Medo e pavor tomou conta do meu corpo. Não queria que o Nakamura colocasse as mãos nela novamente. Eu estava com raiva e irritado devido à morena ter me procurado tanto ao ponto de encontrar esse lugar
Gatilho.RUEL— Nakamura, ela é toda sua. — Orlando falou e olhei para ele.— Não. — falei rastejando até a garota, mas minhas pernas foram puxadas por outro cara, amigo do Riki. Ele me colocou sentado no chão para olhar o que ia acontecer.O japonês abaixou na frente da Orlando que estava parada, e alisou sua bochecha, escorregando sua mão até os botões da sua camisa que era branca, mas agora estava suja de sangue e terra. Observei quando seus dedos abriram cada um, deixando seu sutiã bege aparecer.— Que porra é essa? — a voz alta do Vinnie surgiu. — Ele vai estuprá-la! — gritou.— Saia de perto dela. — falei, ainda tentando me aproximar.Minha respiração falhou enquanto presenciava as mãos do Nakamura percorrer pelo corpo belo da garota que estava em choque. O pano rapidamente foi tirado dela. O filho da puta me olhou sorrindo ansioso enquanto sentava atrás da morena e afundou seu rosto do pescoço dela, cravando os dentes na pele, mais uma vez.— Eu vou te matar. — agora Thomas fal
LOREA claridade da lâmpada batia no meu rosto, fazendo-me tremer as pálpebras ainda fechadas pelo cansaço e esgotamento. Meu corpo todo doía, assim como o ombro. Minha cabeça latejava como se estivesse levado uma pancada forte. A secura arranhava a minha garganta. Eu precisava de água.Movi lentamente os dedos das mãos enquanto abria os olhos lentamente, estreitando-os em seguida devido à luz que vinha do lustre e do abajur. Percorri o local, confusa encarando o meu quarto. Tudo no seu devido lugar, me deixando embaraçada por não saber o porquê de eu estar aqui e não no hospital, já que o Ruel estava me levando para lá.Lembro de tudo do dia anterior. Do Benjamin. Da história dele não ser o meu pai. Do Thomas gravemente machucado por minha causa. Do Riki me tocando. Do olhar perturbado do Vincent enquanto presenciava as mãos do japonês pelo meu corpo. Do tiro que levei. Do Ruel chorando desesperado enquanto me olhava. Tudo estava vívido em minha mente.Sentei na cama sentindo a tontu
LOREEu não sabia o que dizer. Nenhuma palavra era formada em minha boca. Eu só queria ir embora daqui. Ficar longe dessa cidade e das pessoas que mais me magoaram.— Você está com raiva de mim e eu entendo sua revolta. — Carla me olhou dolorosa mais uma vez. — Sei que fui uma mãe ruim por deixar o Benjamin me controlar e controlar você. — se abaixou, ficando na frente dos meus joelhos. — Mas por favor, não sinta raiva do Noah. Ele não sabia que tinha uma filha. Assim que o Orlando soube que eu estava grávida do seu amigo, me levou embora no mesmo momento. — acrescentou.Engoli seco encarando a mulher abaixada em minhas pernas. Olhar ressentido e angustiado. Ela deve ter passado por tanta coisa nesses últimos anos. Por isso o seu brilho foi sumindo a cada dia que passava.Eu estava com raiva, mas sabia que ela também sofreu na mão de Benjamin. Carla me protegeu. Não permitiu que o seu marido monstruoso colocasse as mãos em mim enquanto eu crescia. O medo dele acabar fazendo algo a con
RUELBenjamin estava morto.Riki estava morto. Eu enfiei o vidro em sua garganta. Eu o matei.Eu fiz o certo, não fiz?Nakamura merecia morrer. Se o japonês não morresse agora, ele com certeza iria atrás da Lore ou de mim.Orlando ficou na cama por duas semanas, as quais foram horríveis para mim. O medo dela não acordar pela perda de sangue, e a possibilidade de nunca mais poder vê-la, crescia a cada dia. Me corroendo e me torturando. Isso estava me matando. Comendo cada parte de mim que ainda restava por causa dela.Passei o tempo todo ao seu lado, e mesmo tenho que sair quando meu corpo pedia por banheiro e banho, isso me irritava. Queria estar perto quando ela acordasse.Assim que chegamos no hospital, Carla já nos esperava preocupada e com uma expressão triste. Uma enfermeira logo levou Lore, que estava encharcada do sangue que jorrava do seu ombro, para uma sala de operação. A bala estava presa e precisava ser retirada. A garota precisava de doação de sangue, mas o tipo sanguíneo
RUEL— Você tem ciúmes dela comigo, e quanto a isso, não posso fazer nada. Terá que aceitar que Lore me considera alguém especial. — voltou a dizer. — Ainda sou o seu segurança particular, e se você fizer algo que a magoe ao ponto de fazer que ela te odeie até a eternidade, não hesitarei em fazê-lo pagar.Sorri fraco e descrente. Ele estava me ameaçando. Sua voz séria a ameaçadora deixou bem claro.Thomas gostava da Lore, não ao ponto de querer algo a mais. Ele está satisfeito com a relação que os dois têm.— Não se preocupe. — apaguei meu cigarro. — Não tenho nenhuma intenção de fazer que a Orlando sofra.Ele assentiu apagando o dele também.— Mas se você me ameaçar mais uma vez, Thomas, eu garanto que nunca mais abrirá a porra dessa sua boca.Passei por ele tombando o seu ombro e entrei. O homem voltou com um terno preto nas mãos. Me mostrou e assenti. Não queria ficar muito tempo longe da Lore. Ele colocou a peça no saco branco, o qual protege o traje, e me entregou. Após pagar, en