Gatilho.RUEL— Nakamura, ela é toda sua. — Orlando falou e olhei para ele.— Não. — falei rastejando até a garota, mas minhas pernas foram puxadas por outro cara, amigo do Riki. Ele me colocou sentado no chão para olhar o que ia acontecer.O japonês abaixou na frente da Orlando que estava parada, e alisou sua bochecha, escorregando sua mão até os botões da sua camisa que era branca, mas agora estava suja de sangue e terra. Observei quando seus dedos abriram cada um, deixando seu sutiã bege aparecer.— Que porra é essa? — a voz alta do Vinnie surgiu. — Ele vai estuprá-la! — gritou.— Saia de perto dela. — falei, ainda tentando me aproximar.Minha respiração falhou enquanto presenciava as mãos do Nakamura percorrer pelo corpo belo da garota que estava em choque. O pano rapidamente foi tirado dela. O filho da puta me olhou sorrindo ansioso enquanto sentava atrás da morena e afundou seu rosto do pescoço dela, cravando os dentes na pele, mais uma vez.— Eu vou te matar. — agora Thomas fal
LOREA claridade da lâmpada batia no meu rosto, fazendo-me tremer as pálpebras ainda fechadas pelo cansaço e esgotamento. Meu corpo todo doía, assim como o ombro. Minha cabeça latejava como se estivesse levado uma pancada forte. A secura arranhava a minha garganta. Eu precisava de água.Movi lentamente os dedos das mãos enquanto abria os olhos lentamente, estreitando-os em seguida devido à luz que vinha do lustre e do abajur. Percorri o local, confusa encarando o meu quarto. Tudo no seu devido lugar, me deixando embaraçada por não saber o porquê de eu estar aqui e não no hospital, já que o Ruel estava me levando para lá.Lembro de tudo do dia anterior. Do Benjamin. Da história dele não ser o meu pai. Do Thomas gravemente machucado por minha causa. Do Riki me tocando. Do olhar perturbado do Vincent enquanto presenciava as mãos do japonês pelo meu corpo. Do tiro que levei. Do Ruel chorando desesperado enquanto me olhava. Tudo estava vívido em minha mente.Sentei na cama sentindo a tontu
LOREEu não sabia o que dizer. Nenhuma palavra era formada em minha boca. Eu só queria ir embora daqui. Ficar longe dessa cidade e das pessoas que mais me magoaram.— Você está com raiva de mim e eu entendo sua revolta. — Carla me olhou dolorosa mais uma vez. — Sei que fui uma mãe ruim por deixar o Benjamin me controlar e controlar você. — se abaixou, ficando na frente dos meus joelhos. — Mas por favor, não sinta raiva do Noah. Ele não sabia que tinha uma filha. Assim que o Orlando soube que eu estava grávida do seu amigo, me levou embora no mesmo momento. — acrescentou.Engoli seco encarando a mulher abaixada em minhas pernas. Olhar ressentido e angustiado. Ela deve ter passado por tanta coisa nesses últimos anos. Por isso o seu brilho foi sumindo a cada dia que passava.Eu estava com raiva, mas sabia que ela também sofreu na mão de Benjamin. Carla me protegeu. Não permitiu que o seu marido monstruoso colocasse as mãos em mim enquanto eu crescia. O medo dele acabar fazendo algo a con
RUELBenjamin estava morto.Riki estava morto. Eu enfiei o vidro em sua garganta. Eu o matei.Eu fiz o certo, não fiz?Nakamura merecia morrer. Se o japonês não morresse agora, ele com certeza iria atrás da Lore ou de mim.Orlando ficou na cama por duas semanas, as quais foram horríveis para mim. O medo dela não acordar pela perda de sangue, e a possibilidade de nunca mais poder vê-la, crescia a cada dia. Me corroendo e me torturando. Isso estava me matando. Comendo cada parte de mim que ainda restava por causa dela.Passei o tempo todo ao seu lado, e mesmo tenho que sair quando meu corpo pedia por banheiro e banho, isso me irritava. Queria estar perto quando ela acordasse.Assim que chegamos no hospital, Carla já nos esperava preocupada e com uma expressão triste. Uma enfermeira logo levou Lore, que estava encharcada do sangue que jorrava do seu ombro, para uma sala de operação. A bala estava presa e precisava ser retirada. A garota precisava de doação de sangue, mas o tipo sanguíneo
RUEL— Você tem ciúmes dela comigo, e quanto a isso, não posso fazer nada. Terá que aceitar que Lore me considera alguém especial. — voltou a dizer. — Ainda sou o seu segurança particular, e se você fizer algo que a magoe ao ponto de fazer que ela te odeie até a eternidade, não hesitarei em fazê-lo pagar.Sorri fraco e descrente. Ele estava me ameaçando. Sua voz séria a ameaçadora deixou bem claro.Thomas gostava da Lore, não ao ponto de querer algo a mais. Ele está satisfeito com a relação que os dois têm.— Não se preocupe. — apaguei meu cigarro. — Não tenho nenhuma intenção de fazer que a Orlando sofra.Ele assentiu apagando o dele também.— Mas se você me ameaçar mais uma vez, Thomas, eu garanto que nunca mais abrirá a porra dessa sua boca.Passei por ele tombando o seu ombro e entrei. O homem voltou com um terno preto nas mãos. Me mostrou e assenti. Não queria ficar muito tempo longe da Lore. Ele colocou a peça no saco branco, o qual protege o traje, e me entregou. Após pagar, en
LORENão fiquei surpresa ao ver que o Ruel não estava na cama quando acordei, ele sempre fazia isso, mas senti falta do seu cheiro. Depois de voltarmos do estúdio, comemos algo que o loiro preparou e caímos no sono. O Evans estava se esforçando fazendo comida para me deixar alimentada. Era fofo.Tatuei o seu nome no lado direito da minha cintura e o Vincent fez o mesmo. Tatuou o meu. Ambos em japonês, já que achamos a escrita muito bonita. Não doeu tanto quanto eu imaginava. A dor era suportável e o tamanho do rabisco na acima da minha virilha era médio e horizontal.Suspirei e saí do quarto. Desci as escadas e passei pelo vestíbulo, logo entrando na cozinha e pegando uma xícara de café. Estava com fome e precisava de cafeína no meu corpo. Bebi um pouco do líquido preto após Jennie despejá-lo no pequeno copo e olhei para trás, ouvindo barulhos de passos se aproximando.Era o Thomas.Ele usava uma calça de pano e uma camisa de manga curta. Cruzou os braços após se escorar na parede cor
LOREO loiro assentiu e beijou a minha boca. Beijo molhado e demorado. Gostoso e lento. O qual me deixava louca e fervendo por ele. Isso foi um gatilho para desejar rapidamente o seu corpo no meu.— Quero tirá-la daqui, mas sei que você precisa passar mais tempo com elas enquanto ainda tem chance. — sua voz era baixa e calma.— Eu quero poder aproveitar cada segundo que ainda tenho, mas parece que fica mais difícil para me despedir. — suspirei. — Não queria ter que vê-las pela última vez.— Mas é necessário, linda. — ele disse. — Temos que deixá-los seguros, e isso só vai acontecer se estivermos longe.— Eu sei.— Quando pegaram o Shawn, eu fiquei desesperado. — admitiu.— Eu vou sentir tanta falta delas. — admiti. — Queria poder explicar o porquê do meu sumiço repentino.Carla explicou que não poderíamos ligar para nenhum dos nossos amigos. E que, inclusive, ela terá que se comunicar de um jeito moderado. Teremos telefones descartáveis.— Vamos ficar até a festa de verdade começar. —
Primeiramente, queria agradecer aos meus leitores que acompanharam essa linda história sobre dois adolescentes que mesmo com desavenças e diferenças, lutaram e fizeram de tudo pelo amor. Sou bastante grata a cada um de vocês.Quero agradecer também as minhas amigas que me apoiaram e caminharam comigo durante a criação da capa, enredo e a personalidade dos personagens. Sou uma pessoa felizarda por sempre contar com o apoio delas.Não peço desculpas pelos gatilhos que contém nos capítulos, pois como a história é sobre máfia, presumo que já sabiam ou esperavam como ela iria ser. Apenas peço perdão por não ter deixado explícitos quais temas problemáticos iriam ser abordados em cada um deles.Espero que tenham gostado desse livro. Dos personagens principais. Do desenvolvimento de cada um deles. De como eles superaram tudo que passaram com a ajuda um do outro. Eles eram distintos, mas, ao mesmo tempo, os dois se pareciam. Como Lore começou a passar muito tempo com Vincent, ela acabou pegand