A neve caía ao redor deles, mas o calor entre seus corpos era quase sufocante.Lyra tentava resistir, mas seu próprio corpo a traía.O cheiro inebriante que sua loba Isis exalava dominava o ar, deixando Roric à beira da loucura.— Para, Roric… me deixa ir… — A voz dela falhou, quase um sussurro, enquanto ele afundava o rosto no pescoço dela.O lobo Odin rugiu dentro dele, impaciente, faminto.— Você acha que eu posso simplesmente ignorar isso, Lyra? Seu cheiro está me chamando.Ele pressionou os lábios contra a pele dela, bem onde a marca ainda latejava.Um som escapou da boca dela, um gemido involuntário que fez Roric perder o controle por um segundo.Seus dedos se fecharam na cintura dela, trazendo-a ainda mais para perto.Lyra tentou empurrar ele de novo, mas suas forças estavam falhando.O corpo dele era sólido, quentes, dominante.A cada beijo, a cada toque, a conexão entre eles ficava mais forte.— Diga que não quer. — Roric murmurou contra o pescoço dela, a voz rouca.Ela abriu
Lyra sentiu um arrepio subir por sua espinha. O frio da neve não era nada comparado à intensidade do olhar de Roric.Ela abriu os olhos devagar, respirou fundo e se virou…Ele estava ali.Alto, imponente, com os olhos escuros fixos nela, como se pudesse enxergar até sua alma.Seu coração disparou.— Você… há quanto tempo está aí? — sua voz saiu mais fraca do que queria.Roric deu um passo à frente, a neve estalando sob suas botas, seu cheiro amadeirado e selvagem a cercando.— Tempo suficiente.O peito de Lyra subiu e desceu rapidamente. Não… não podia ser verdade.Ela balançou a cabeça, como se pudesse apagar o momento.— Você… não ouviu nada.Um sorriso torto surgiu no canto dos lábios dele.— Ouvi tudo.Os olhos dela se arregalaram, e ela recuou um passo.— Não…Mas Roric avançou, encurtando a distância entre eles.— Você pediu à Lua para não sentir nada por mim. — Sua voz era grave, carregada de algo que fez a pele dela formigar. — Mas o problema, Lyra… é que já sente.Ela tentou
A noite ainda seguia com a celebração ao redor da fogueira. Roric desceu as escadas da mansão com um ar diferente, sua presença ainda mais imponente. Os olhos de seus irmãos não deixaram de notar.Bran e Kaelen se aproximaram, um sorriso de lado nos lábios, enquanto Stefan e Scott observavam de longe, desconfiados.— Finalmente tomou o que é seu, irmão? — Bran perguntou, dando um gole em sua bebida.Kaelen cruzou os braços, analisando Roric com atenção. O cheiro da fêmea ainda estava nele, o cheiro da posse, da entrega, do vínculo selado.— Pela sua cara, diria que a noite foi... proveitosa. — Kaelen soltou uma risada baixa.Roric apenas arqueou uma sobrancelha, pegando um copo de hidromel, sem desviar o olhar.— Ela agora sabe quem é o Alpha dela.Os irmãos riram, satisfeitos, enquanto Stefan e Scott trocavam olhares. Eles sabiam que Lyra não era de se dobrar facilmente.— E a loba? Como está? — Scott perguntou com um tom sério.Roric bebeu um gole e respondeu com um meio sorriso:—
A fogueira ainda ardia intensamente, iluminando os corpos imponentes dos Alphas, que agora se reuniram novamente para celebrar.A Chegada dos IrmãosBran e Kaelen surgiram da mansão, seus passos firmes e confiantes. O cheiro deles estava mais forte—uma mistura intensa de feromônios e posse, sinal de que haviam reivindicado completamente suas companheiras.Roric, que já estava bebendo, ergueu o olhar para os irmãos. Ele arqueou uma sobrancelha, notando os sorrisos satisfeitos que ambos carregavam.— Vejo que tiveram uma noite… produtiva. — Roric comentou, sua voz carregada de ironia, enquanto levava a taça aos lábios.Stefan e Scott, que também estavam bebendo ao lado da fogueira, trocaram olhares e riram, percebendo o cheiro de poder que Bran e Kaelen exalavam.— Diria que foi mais do que produtiva, irmão. — Bran respondeu, pegando um copo de hidromel e erguendo-o em comemoração.Kaelen apenas sorriu de lado, passando a mão pelos cabelos bagunçados, seu olhar brilhando com orgulho e s
Fael ainda termina:— Ela tinha um pelo igual à neve. — Ele pega um punhado de neve no chão e mostra. — Branca assim, exatamente.Gael franze a testa, parecendo lembrar de algo.— Antes de tudo, eu percebi que alguém espionava. Mas não era ninguém daqui.O silêncio tomou conta do grupo.Então, Gael apontou diretamente para Stefan e Scott.— Eram vocês.Stefan e Scott se entreolharam, confusos.— Essa loba estava interessada em vocês dois. — Gael afirmou.Fael concordou, sua expressão séria.— Agora que penso nisso… é verdade. Antes de corrermos atrás dela, ela estava de olho em vocês.A tensão no ar era palpável.Os Alphas se entreolharam, processando as palavras de Gael e Fael. Stefan franziu a testa, enquanto Scott cruzava os braços, pensativo.— Uma loba branca de olhos vermelhos? Interessada em nós? — Scott murmurou.Roric tomou um gole de sua bebida antes de falar:— Isso não é comum. Nenhuma loba deveria ter olhos vermelhos. Apenas Alphas os possuem.Bran concordou.— E se ela e
Hannah Foster entrou rapidamente na chácara, puxando o cobertor ao redor do corpo enquanto os olhos severos de Asmodeus Delphi a perfuravam. O velho Alpha, de postura imponente e olhar crítico, cruzou os braços, exalando desaprovação.— Quantas vezes eu já te disse para não se expor assim, Hanna? — Sua voz era baixa, mas carregava um peso de autoridade que poucos ousariam desafiar.— Eu só queria olhar… — Ela resmungou, apertando o cobertor contra o corpo. — Só usei minha loba um pouco. Ninguém me viu.Antes que Asmodeus pudesse retrucar, Malachi Sparta, o vampiro mais velho e calculista, encostou na porta, seus olhos prateados cheios de julgamento. — Ninguém te viu? Tem certeza? Porque eu senti os alphas correndo atrás de você como cães famintos.Hanna desviou o olhar, mordendo o lábio. — Eles não sabem quem eu sou.Asmodeus respirou fundo, massageando as têmporas. — Isso não importa. Se o conselho de cima descobrir que você existe, não vai importar se sabem seu nome ou não. Você se
Hanna sentou-se no sofá, cruzando as pernas e observando os dois homens à sua frente. Seus olhos azuis brilharam com um misto de curiosidade e desafio enquanto perguntava:— Vocês conhecem aqueles Alphas?Asmodeus e Malachi se entreolharam. Sabiam exatamente de quem ela estava falando, mesmo que Hanna ainda não soubesse os nomes deles.Malachi apoiou-se na mesa, analisando a sobrinha com um olhar afiado.— E por que essa pergunta, Hanna?Ela deu de ombros, mas sua expressão denunciava que não era apenas uma curiosidade casual.— Apenas achei interessante a forma como eles agiam. Fortes, determinados. Diferentes dos outros.Asmodeus riu baixo, um som rouco e cheio de ironia.— Stefan e Scott — disse, pronunciando os nomes com firmeza. — Dois Alphas poderosos. Leais às leis da matilha. E, principalmente... — Ele inclinou-se ligeiramente para frente, estreitando os olhos. — Odeiam sanguessugas.Hanna manteve a expressão neutra, mas sentiu um leve frio na espinha.— Interessante... — mur
Hanna fixou os olhos na lua brilhante no céu escuro, um sorriso sutil brincando em seus lábios. A luz prateada refletia em sua pele pálida, dando-lhe uma aura quase etérea.Seus olhos vermelhos brilharam com intensidade quando murmurou, quase para si mesma:— Como será o gosto do sangue de um Alpha?No mesmo instante, seus dentes de vampira surgiram, afiados e prontos para perfurar.Asmodeus estreitou os olhos, cruzando os braços enquanto observava a jovem híbrida com atenção.— Não brinque com isso, Hanna. O sangue deles é poderoso... e viciante. Se provar uma vez, pode nunca mais querer parar.Malachi se aproximou, um meio sorriso carregado de segundas intenções nos lábios.— Ou talvez seja exatamente isso que ela quer.Hanna virou-se para os dois, passando a língua lentamente sobre as presas afiadas.— Se for tão bom quanto dizem... talvez eu não queira parar mesmo.O silêncio tomou conta da sala.Asmodeus sabia que não poderia impedi-la. Malachi apenas ria, ciente de que um caos e