Hannah Foster entrou rapidamente na chácara, puxando o cobertor ao redor do corpo enquanto os olhos severos de Asmodeus Delphi a perfuravam. O velho Alpha, de postura imponente e olhar crítico, cruzou os braços, exalando desaprovação.— Quantas vezes eu já te disse para não se expor assim, Hanna? — Sua voz era baixa, mas carregava um peso de autoridade que poucos ousariam desafiar.— Eu só queria olhar… — Ela resmungou, apertando o cobertor contra o corpo. — Só usei minha loba um pouco. Ninguém me viu.Antes que Asmodeus pudesse retrucar, Malachi Sparta, o vampiro mais velho e calculista, encostou na porta, seus olhos prateados cheios de julgamento. — Ninguém te viu? Tem certeza? Porque eu senti os alphas correndo atrás de você como cães famintos.Hanna desviou o olhar, mordendo o lábio. — Eles não sabem quem eu sou.Asmodeus respirou fundo, massageando as têmporas. — Isso não importa. Se o conselho de cima descobrir que você existe, não vai importar se sabem seu nome ou não. Você se
Hanna sentou-se no sofá, cruzando as pernas e observando os dois homens à sua frente. Seus olhos azuis brilharam com um misto de curiosidade e desafio enquanto perguntava:— Vocês conhecem aqueles Alphas?Asmodeus e Malachi se entreolharam. Sabiam exatamente de quem ela estava falando, mesmo que Hanna ainda não soubesse os nomes deles.Malachi apoiou-se na mesa, analisando a sobrinha com um olhar afiado.— E por que essa pergunta, Hanna?Ela deu de ombros, mas sua expressão denunciava que não era apenas uma curiosidade casual.— Apenas achei interessante a forma como eles agiam. Fortes, determinados. Diferentes dos outros.Asmodeus riu baixo, um som rouco e cheio de ironia.— Stefan e Scott — disse, pronunciando os nomes com firmeza. — Dois Alphas poderosos. Leais às leis da matilha. E, principalmente... — Ele inclinou-se ligeiramente para frente, estreitando os olhos. — Odeiam sanguessugas.Hanna manteve a expressão neutra, mas sentiu um leve frio na espinha.— Interessante... — mur
Hanna fixou os olhos na lua brilhante no céu escuro, um sorriso sutil brincando em seus lábios. A luz prateada refletia em sua pele pálida, dando-lhe uma aura quase etérea.Seus olhos vermelhos brilharam com intensidade quando murmurou, quase para si mesma:— Como será o gosto do sangue de um Alpha?No mesmo instante, seus dentes de vampira surgiram, afiados e prontos para perfurar.Asmodeus estreitou os olhos, cruzando os braços enquanto observava a jovem híbrida com atenção.— Não brinque com isso, Hanna. O sangue deles é poderoso... e viciante. Se provar uma vez, pode nunca mais querer parar.Malachi se aproximou, um meio sorriso carregado de segundas intenções nos lábios.— Ou talvez seja exatamente isso que ela quer.Hanna virou-se para os dois, passando a língua lentamente sobre as presas afiadas.— Se for tão bom quanto dizem... talvez eu não queira parar mesmo.O silêncio tomou conta da sala.Asmodeus sabia que não poderia impedi-la. Malachi apenas ria, ciente de que um caos e
A porta da chácara se abriu com força, e um Alpha imponente entrou. Seus olhos eram selvagens, e seu cheiro dominante fez o ar vibrar de tensão.— Onde está Hanna? — Varg rosnou, olhando diretamente para Malachi e Asmodeus.Os dois permaneceram em silêncio por um instante. Asmodeus cruzou os braços, analisando a fúria do Alpha, enquanto Malachi apenas sorriu de canto, sem pressa para responder.— Ela saiu. — Malachi disse, casualmente.— Saiu? — Varg repetiu, sua voz carregada de ameaça. — Você deixou ela sair sozinha?— Ela não é mais uma criança. — Malachi retrucou, erguendo uma sobrancelha.Varg avançou até ele em um instante, seu corpo irradiando raiva.— Ela é a única híbrida que existe! Se o conselho descobrir, não será apenas ela que estará em perigo, mas todos nós!Asmodeus suspirou, já prevendo essa reação.— Ela queria explorar. Você sabe como Hanna é. Ela não gosta de ser controlada.Varg rosnou, os olhos faiscando.— E onde diabos ela foi?O silêncio de Malachi foi a únic
Hanna se jogou no sofá com um sorriso satisfeito nos lábios, ainda saboreando o gosto do sangue dos Alphas.— Nossa, o sangue deles é tão bom… e o cheiro? Maravilhoso! — ela suspirou, os olhos brilhando. — E aliás… que corpos! Os peitos nus deles são simplesmente perfeitos. Fortes, definidos…Malachi soltou uma gargalhada, se divertindo com a ousadia dela, enquanto Asmodeus apenas arqueou uma sobrancelha, mantendo a expressão séria.Já Varg… bom, Varg não achou nem um pouco engraçado.Ele avançou até Hanna num instante, seus olhos ferozes faiscando.— O que mais você fez, Hanna? — sua voz era grave, perigosa.Ela mordeu o lábio e deu um sorriso travesso.— Só passei a mão um pouquinho…O rugido de Varg fez as paredes da chácara tremerem.— VOCÊ O QUÊ?!Malachi riu ainda mais alto, se jogando para trás na poltrona.— Hanna, eu sabia que você ia longe, mas isso… isso superou minhas expectativas!— Cale a boca, Malachi! — Varg rugiu, os punhos cerrados. Ele se virou novamente para Hanna
Hanna recostou-se no sofá, abraçando o cobertor ao redor do corpo. Um sorriso malicioso brincava em seus lábios enquanto ela fitava os três homens à sua frente.— Talvez… eu tenha deixado um pouquinho do meu cheiro lá.O silêncio foi instantâneo.Varg travou o maxilar, os olhos ficando mais sombrios. Asmodeus franziu a testa, e até Malachi, que ria momentos antes, perdeu o humor na mesma hora.— Você fez O QUÊ?! — Varg rugiu, avançando um passo na direção dela.Hanna ergueu uma sobrancelha, despreocupada.— Calma. Eles não vão saber quem eu sou. Nem o que eu sou.— Você está brincando com fogo, Hanna. — Asmodeus falou, a voz carregada de irritação. — Se eles descobrirem que um híbrido—ou pior, uma vampira—tocou neles… Sabe o que isso significa?Hanna deu de ombros.— Significa que eu me diverti um pouco.Varg fechou os punhos, controlando a fúria.— Você não entende o perigo que está correndo.— Ou talvez eu entenda muito bem. — Ela sorriu, os olhos brilhando com um tom avermelhado.
A madrugada seguia silenciosa, mas no quarto de Roric, o ar estava carregado.Lyra, deitada ao lado dele, suava intensamente, seu corpo estremecendo como se estivesse em um transe profundo. Pequenos gemidos escapavam de seus lábios entreabertos, e seu cheiro… aquele aroma intoxicante estava se espalhando pelo quarto de forma avassaladora.Roric abriu os olhos de súbito, sentindo seu lobo rugir dentro dele. O cheiro era tão forte que fez seus músculos tensionarem, o desejo incendiando cada célula do seu corpo.Ele passou a mão pelo rosto, tentando recuperar o controle, mas era quase impossível. O lobo dentro dele queria reivindicá-la de novo. Seu olhar desceu para Lyra, que ainda dormia, seu peito subindo e descendo rapidamente, os feromônios dela descontrolados.— Maldição… — ele rosnou baixinho, sentindo suas garras ameaçarem emergir.Lyra não tinha culpa. Na noite anterior, ele já havia tomado para si, marcado seu corpo… mas agora, algo estava diferente. Aquilo não era apenas um ci
Lyra piscou lentamente, o olhar perdido ao redor do quarto. Seu corpo ainda tremia, os ecos do pesadelo reverberando dentro dela. Quando seus olhos encontraram os de Roric, sua expressão se tornou ainda mais confusa. — O que... o que eu tô fazendo aqui? — Sua voz saiu hesitante, e ela franziu o cenho. Roric sentiu um aperto no peito. Ele não gostou da forma como ela olhou para ele—como se não soubesse o motivo de estar ali. — No meu quarto? — Ele perguntou, a voz grave. Ela assentiu devagar, olhando ao redor como se tentasse juntar as peças do que havia acontecido. — Lyra... — Stefan cruzou os braços. — Você não lembra de nada? Ela passou a mão pelo rosto, os pensamentos nebulosos. — Eu lembro de... estar na mansão, lembro de beber um pouco na festa... depois disso... — Seu olhar voltou para Roric. — Como eu vim parar aqui? Scott e Stefan trocaram um olhar. Algo estava errado. Roric cerrou os punhos, tentando controlar a onda de emoções que o dominava. — Você não se