Lyra sentiu um arrepio subir por sua espinha. O frio da neve não era nada comparado à intensidade do olhar de Roric.Ela abriu os olhos devagar, respirou fundo e se virou…Ele estava ali.Alto, imponente, com os olhos escuros fixos nela, como se pudesse enxergar até sua alma.Seu coração disparou.— Você… há quanto tempo está aí? — sua voz saiu mais fraca do que queria.Roric deu um passo à frente, a neve estalando sob suas botas, seu cheiro amadeirado e selvagem a cercando.— Tempo suficiente.O peito de Lyra subiu e desceu rapidamente. Não… não podia ser verdade.Ela balançou a cabeça, como se pudesse apagar o momento.— Você… não ouviu nada.Um sorriso torto surgiu no canto dos lábios dele.— Ouvi tudo.Os olhos dela se arregalaram, e ela recuou um passo.— Não…Mas Roric avançou, encurtando a distância entre eles.— Você pediu à Lua para não sentir nada por mim. — Sua voz era grave, carregada de algo que fez a pele dela formigar. — Mas o problema, Lyra… é que já sente.Ela tentou
A noite ainda seguia com a celebração ao redor da fogueira. Roric desceu as escadas da mansão com um ar diferente, sua presença ainda mais imponente. Os olhos de seus irmãos não deixaram de notar.Bran e Kaelen se aproximaram, um sorriso de lado nos lábios, enquanto Stefan e Scott observavam de longe, desconfiados.— Finalmente tomou o que é seu, irmão? — Bran perguntou, dando um gole em sua bebida.Kaelen cruzou os braços, analisando Roric com atenção. O cheiro da fêmea ainda estava nele, o cheiro da posse, da entrega, do vínculo selado.— Pela sua cara, diria que a noite foi... proveitosa. — Kaelen soltou uma risada baixa.Roric apenas arqueou uma sobrancelha, pegando um copo de hidromel, sem desviar o olhar.— Ela agora sabe quem é o Alpha dela.Os irmãos riram, satisfeitos, enquanto Stefan e Scott trocavam olhares. Eles sabiam que Lyra não era de se dobrar facilmente.— E a loba? Como está? — Scott perguntou com um tom sério.Roric bebeu um gole e respondeu com um meio sorriso:—
A fogueira ainda ardia intensamente, iluminando os corpos imponentes dos Alphas, que agora se reuniram novamente para celebrar.A Chegada dos IrmãosBran e Kaelen surgiram da mansão, seus passos firmes e confiantes. O cheiro deles estava mais forte—uma mistura intensa de feromônios e posse, sinal de que haviam reivindicado completamente suas companheiras.Roric, que já estava bebendo, ergueu o olhar para os irmãos. Ele arqueou uma sobrancelha, notando os sorrisos satisfeitos que ambos carregavam.— Vejo que tiveram uma noite… produtiva. — Roric comentou, sua voz carregada de ironia, enquanto levava a taça aos lábios.Stefan e Scott, que também estavam bebendo ao lado da fogueira, trocaram olhares e riram, percebendo o cheiro de poder que Bran e Kaelen exalavam.— Diria que foi mais do que produtiva, irmão. — Bran respondeu, pegando um copo de hidromel e erguendo-o em comemoração.Kaelen apenas sorriu de lado, passando a mão pelos cabelos bagunçados, seu olhar brilhando com orgulho e s
Fael ainda termina:— Ela tinha um pelo igual à neve. — Ele pega um punhado de neve no chão e mostra. — Branca assim, exatamente.Gael franze a testa, parecendo lembrar de algo.— Antes de tudo, eu percebi que alguém espionava. Mas não era ninguém daqui.O silêncio tomou conta do grupo.Então, Gael apontou diretamente para Stefan e Scott.— Eram vocês.Stefan e Scott se entreolharam, confusos.— Essa loba estava interessada em vocês dois. — Gael afirmou.Fael concordou, sua expressão séria.— Agora que penso nisso… é verdade. Antes de corrermos atrás dela, ela estava de olho em vocês.A tensão no ar era palpável.Os Alphas se entreolharam, processando as palavras de Gael e Fael. Stefan franziu a testa, enquanto Scott cruzava os braços, pensativo.— Uma loba branca de olhos vermelhos? Interessada em nós? — Scott murmurou.Roric tomou um gole de sua bebida antes de falar:— Isso não é comum. Nenhuma loba deveria ter olhos vermelhos. Apenas Alphas os possuem.Bran concordou.— E se ela e
Hannah Foster entrou rapidamente na chácara, puxando o cobertor ao redor do corpo enquanto os olhos severos de Asmodeus Delphi a perfuravam. O velho Alpha, de postura imponente e olhar crítico, cruzou os braços, exalando desaprovação.— Quantas vezes eu já te disse para não se expor assim, Hanna? — Sua voz era baixa, mas carregava um peso de autoridade que poucos ousariam desafiar.— Eu só queria olhar… — Ela resmungou, apertando o cobertor contra o corpo. — Só usei minha loba um pouco. Ninguém me viu.Antes que Asmodeus pudesse retrucar, Malachi Sparta, o vampiro mais velho e calculista, encostou na porta, seus olhos prateados cheios de julgamento. — Ninguém te viu? Tem certeza? Porque eu senti os alphas correndo atrás de você como cães famintos.Hanna desviou o olhar, mordendo o lábio. — Eles não sabem quem eu sou.Asmodeus respirou fundo, massageando as têmporas. — Isso não importa. Se o conselho de cima descobrir que você existe, não vai importar se sabem seu nome ou não. Você se
Hanna sentou-se no sofá, cruzando as pernas e observando os dois homens à sua frente. Seus olhos azuis brilharam com um misto de curiosidade e desafio enquanto perguntava:— Vocês conhecem aqueles Alphas?Asmodeus e Malachi se entreolharam. Sabiam exatamente de quem ela estava falando, mesmo que Hanna ainda não soubesse os nomes deles.Malachi apoiou-se na mesa, analisando a sobrinha com um olhar afiado.— E por que essa pergunta, Hanna?Ela deu de ombros, mas sua expressão denunciava que não era apenas uma curiosidade casual.— Apenas achei interessante a forma como eles agiam. Fortes, determinados. Diferentes dos outros.Asmodeus riu baixo, um som rouco e cheio de ironia.— Stefan e Scott — disse, pronunciando os nomes com firmeza. — Dois Alphas poderosos. Leais às leis da matilha. E, principalmente... — Ele inclinou-se ligeiramente para frente, estreitando os olhos. — Odeiam sanguessugas.Hanna manteve a expressão neutra, mas sentiu um leve frio na espinha.— Interessante... — mur
Hanna fixou os olhos na lua brilhante no céu escuro, um sorriso sutil brincando em seus lábios. A luz prateada refletia em sua pele pálida, dando-lhe uma aura quase etérea.Seus olhos vermelhos brilharam com intensidade quando murmurou, quase para si mesma:— Como será o gosto do sangue de um Alpha?No mesmo instante, seus dentes de vampira surgiram, afiados e prontos para perfurar.Asmodeus estreitou os olhos, cruzando os braços enquanto observava a jovem híbrida com atenção.— Não brinque com isso, Hanna. O sangue deles é poderoso... e viciante. Se provar uma vez, pode nunca mais querer parar.Malachi se aproximou, um meio sorriso carregado de segundas intenções nos lábios.— Ou talvez seja exatamente isso que ela quer.Hanna virou-se para os dois, passando a língua lentamente sobre as presas afiadas.— Se for tão bom quanto dizem... talvez eu não queira parar mesmo.O silêncio tomou conta da sala.Asmodeus sabia que não poderia impedi-la. Malachi apenas ria, ciente de que um caos e
A porta da chácara se abriu com força, e um Alpha imponente entrou. Seus olhos eram selvagens, e seu cheiro dominante fez o ar vibrar de tensão.— Onde está Hanna? — Varg rosnou, olhando diretamente para Malachi e Asmodeus.Os dois permaneceram em silêncio por um instante. Asmodeus cruzou os braços, analisando a fúria do Alpha, enquanto Malachi apenas sorriu de canto, sem pressa para responder.— Ela saiu. — Malachi disse, casualmente.— Saiu? — Varg repetiu, sua voz carregada de ameaça. — Você deixou ela sair sozinha?— Ela não é mais uma criança. — Malachi retrucou, erguendo uma sobrancelha.Varg avançou até ele em um instante, seu corpo irradiando raiva.— Ela é a única híbrida que existe! Se o conselho descobrir, não será apenas ela que estará em perigo, mas todos nós!Asmodeus suspirou, já prevendo essa reação.— Ela queria explorar. Você sabe como Hanna é. Ela não gosta de ser controlada.Varg rosnou, os olhos faiscando.— E onde diabos ela foi?O silêncio de Malachi foi a únic