Sabe o que acontece quando você foca sua existência, num único ponto? A matemática é simplismente, todo número multiplicado por zero, dá zero, então multiplique esse ponto por zero e teremos zero. Nada. É isso que acontece, nada. Pois, ficamos tão obcecados com uma única ideia que instantaneamente, ignoramos outras milhares de ideias.E depois que essa ideia falha, o que fica? Frustração, raiva, desespero, agonia.Estou no final do segundo semestre, e o resultado de minha distração apareceu, não consegui dispensar nenhuma cadeira, exclui uma, o restante consegui admitir para o exame. Exame esse que será realizada no início do próximo ano, enfim daqui a algumas semanas, estaremos na véspera do dia 25 e já faz uma semana que mal me comunico com Eros.Estava indo em direção a biblioteca da faculdade, quando vi, AP. do outro lado da rua. Ele brilha como o sol, é impossível não notar sua presença. Apesar de achar um tédio, forcei meus pés a vierem até a faculdade, numa tentativa insana de
Harmless.Eu já realizei o último exame, agora só me falta aguardar ansiosamente pelos resultados. No caminho de volta para casa ( 10:30 ) decidi passar do ginecologista. As últimas vezes que fiz sexo com Eros foi de forma desprotegida, posso ter contraído um vírus, já que ele é um mulherengo ou ainda pior, posso estar grávida. Eu não gostaria de ficar grávida tão já, ao menos não antes deu terminar minha licenciatura e casar.Eu ainda penso em casar com ele? Sim. Eu ainda penso nisso. A questão é porque eu penso nisso se ele é um traídor? Não se trata do que eu sinto. Se trata de responsabilidade. Esse casamento, é mais uma promessa do que um sentimento. Só agora depois de muito tempo entendi o sentido das palavras da minha mãe.O semelhante do semelhante, se aproxima.Não sou obrigada à viver como se nada tivesse acontecido. Mas tenho a responsabilidade de não deixar que isso afete nas minhas responsabilidades, como a única sangue puro. Se Sebastian e Lourenço, conseguem suportar a
Acabei ficando muito encharcada, e a jacketa meio que não adiantou de nada. Lourenço e Sebastian estavam a minha esperança preocupados e já criado teorias de conspiração sobre suposto sequestro.— Encontrei um amigo e me distrai com a conversa!— conversar com Apolo me ajudou a colocar as ideias no lugar e tirar toda a ansiedade e estresse que me corroía.Em pouco tempo chegamos a mansão, mas ao passar pela sala vejo que Eros está acompanhando, tem um homem de cabelos cor de vinho, alto olho da mesma cor, com uma beleza estimulante. Acho que se ficar muito tempo o encarando só capaz de pensar só em êxtase.— Ops! Desculpa não sabia que estava acompanhado. — estou molhando o chão por onde quer que passe — Boa tarde. — cumprimento o homem que está com ele.— Boa tarde, futura rainha!— sorri presunçoso. — Acho melhor se secar antes de ficar gripada.— Certo!— mostro o meu sorriso falso, estava prestes a prosseguir o meu caminho quando a voz de Eros me interpela.— Onde estavas?— No hospi
Nadire Bin Arzu.Mamã, morreu quando eu era muito nova. E de lá para cá, quem cuidou de mim, foi Luci. Eu nunca entendi muito bem, qual, era a relação dele com a mamã. Porque eles não parecia casados, ao mesmo tempo eram muito próximos.Nunca senti necessitada de ter uma figura paterna como a maior parte dos meus colegas, porque Luci já fazia isso. E muito bem. Mas apesar disso, eu não o via como pai. Não sei porque, mas nunca consegui o ver como pai.Quando criança, quando o visse eu queria me agarrar a ele, e ficar horas a fio o admirando, uma espécie de paixoneta, que dura até agora. Não consigo o ver e não ficar canónica. Estou prestes a fazer dezoito, e já comecei a faculdade. Eu já sou uma adulta. Então tomei a decisão, depois de pensar muito com meus botões, tomei a decisão de me confessar a ele.— Esquece isso. Você está se enganando. — ele me olhou de baixo como se eu tivesse falado besteira. Ou como se não fosse surpresa o que eu disse.— Eu. Te. Amo. Quero. Que. Me. Veja.
Nadire Bin Arzu.— Pra onde vai com essas malas?— dei um pulo de susto. Virei o rosto, e vi Luci com sua típica roupa social, encostado no batendo da porta.É praticamente meio dia de um sábado ensolarado.— Vou embora.— Vai o que?— Vou embora, quero minha independência. Não posso viver com alguém que não me ama. — ele se manteve sério me encarando, engoli em seco, sentindo medo.— Com autorização de quem?— Não preciso de sua autorização, estou indo embora. — Quer ser independente é...— ele passou a língua pelos lábios, irritado — Deixe as roupas que eu te comprei, deixe tudo. De preferência só permito que leves sua bolsa, e seus cadernos. Quer ser independente? Comece do zero, e as prepare para pagar suas propinas mensais da faculdade. — ele se virou, e saiu.Não sabia que ele ia levar tudo para o lado tão pessoal. Mas se ele pensa que vou desistir agora, ele está enganado. Fui pegar minha mochila que já estava preparada, e eu que não sou idiota, coloquei algumas peças íntimas d
Nadire Bin Arzu.Várias vezes tive que conter meus impulsos para não cair na tentação e ir lhe ver no trabalho ou em casa, para não lhe mandar mensagem. Porque o mínimo movimento que eu fizer, significará desistência.Laurinda arranjou uma vaga para mim na cafetaria onde ela trabalha, o valor que recebemos não equivale nem a metade da antiga mesada que eu recebia, mas não é ruim. Eu ainda tenho minhas economias, posso me gabar por ser uma boa gestora.Tive comprar algumas peças de roupa no brechó, e uma cesta para eu as guardar, já que nem isso eu tinha. Ração para Sacha entre outras coisas de primeira necessidade.Olhei para mim de frente ao espelho, não acreditando no que estou me tornando, estou prestes a completar um mês na casa de Laurinda, e me sinto meio diferente sabe? Me sinto mais madura, menos infantil.Olhei para os meus cabelos longos, lisos e loiros, são tão brilhantes que parecem artificial. As madeixas da frente chegam até ao queixo em descompasso, com as traseiras, qu
Nadire Bin Arzu.Eu cambaleio e caio de tanto medo.— Você está bem?— ele corre até mim, para me ajudar.— Estou!— respondo trémula.— Eu te ajudo.— Eu só quero ir pra casa... só isso... só quero ir para casa...por favor!— Calma Nadi, calma, eu vou te levar para casa. Já está tudo bem, eles não vão voltar!— ele me abraça e eu retribuo, não acreditando no que acabou de me acontecer. Ele chama um táxi e no percurso para casa, verifico se ainda tenho os meus pertences, e graças as Deus não perdi nada. Meu celular tem três chamadas perdidas de Lú, desliguei meu celular e me apoiei no ombro de Louis.Ele me deixou na porta do apartamento, e prometeu me ligar. Lú me encheu de perguntas, sem forças de dialogar, eu simplesmente fiz banho e fui me deitar, Sacha não demorou para se deitar no meu lado, e começar a fazer sons como se estivesse sentindo dor por mim. Como se sentisse que algo me aconteceu.— Calma garoto, está tudo bem!— Lú se chateou por eu ter a ignorando, mas eu simplesmente
Nadire Bin Arzu.A tarde está extremamente escaldante, se não fosse um compromisso eu não me tiraria de casa. Mas como sou uma mulher de palavra, engoli minha preguiça e peguei a estrada. Mas tudo foi compensado quando cheguei ao restaurante rústico com um Ac dos bons. Daqueles que nos faz tirar gemidos de satisfação.Para um final de semana, até que aqui está calmo, não que eu esteja acostumada a ver tanta gente. Meu tio, quis dizer, Lucílio nunca me proibiu de sair, exceto uma e outras vezes e com muita vigilância. Então essa é uma das liberdades das quais não estou acostumada.— Se eu soubesse que gostaria assim tanto desse lugar teria de convidada a primeira.— meus pés balançam na cadeira, enquanto meu sorriso vai do que acontece na rua, ao meu acompanhante. Estou de calças jeans rasgadas nós joelhos, sapatilhas vermelhas, camisa preta escrita a branco " King gângster" atrás da camisa está escrito " Sou dona da porra toda". Uma camisa bem ousada para meu pequeno encontro.Meus cab