Nadire Bin Arzu.Várias vezes tive que conter meus impulsos para não cair na tentação e ir lhe ver no trabalho ou em casa, para não lhe mandar mensagem. Porque o mínimo movimento que eu fizer, significará desistência.Laurinda arranjou uma vaga para mim na cafetaria onde ela trabalha, o valor que recebemos não equivale nem a metade da antiga mesada que eu recebia, mas não é ruim. Eu ainda tenho minhas economias, posso me gabar por ser uma boa gestora.Tive comprar algumas peças de roupa no brechó, e uma cesta para eu as guardar, já que nem isso eu tinha. Ração para Sacha entre outras coisas de primeira necessidade.Olhei para mim de frente ao espelho, não acreditando no que estou me tornando, estou prestes a completar um mês na casa de Laurinda, e me sinto meio diferente sabe? Me sinto mais madura, menos infantil.Olhei para os meus cabelos longos, lisos e loiros, são tão brilhantes que parecem artificial. As madeixas da frente chegam até ao queixo em descompasso, com as traseiras, qu
Nadire Bin Arzu.Eu cambaleio e caio de tanto medo.— Você está bem?— ele corre até mim, para me ajudar.— Estou!— respondo trémula.— Eu te ajudo.— Eu só quero ir pra casa... só isso... só quero ir para casa...por favor!— Calma Nadi, calma, eu vou te levar para casa. Já está tudo bem, eles não vão voltar!— ele me abraça e eu retribuo, não acreditando no que acabou de me acontecer. Ele chama um táxi e no percurso para casa, verifico se ainda tenho os meus pertences, e graças as Deus não perdi nada. Meu celular tem três chamadas perdidas de Lú, desliguei meu celular e me apoiei no ombro de Louis.Ele me deixou na porta do apartamento, e prometeu me ligar. Lú me encheu de perguntas, sem forças de dialogar, eu simplesmente fiz banho e fui me deitar, Sacha não demorou para se deitar no meu lado, e começar a fazer sons como se estivesse sentindo dor por mim. Como se sentisse que algo me aconteceu.— Calma garoto, está tudo bem!— Lú se chateou por eu ter a ignorando, mas eu simplesmente
Nadire Bin Arzu.A tarde está extremamente escaldante, se não fosse um compromisso eu não me tiraria de casa. Mas como sou uma mulher de palavra, engoli minha preguiça e peguei a estrada. Mas tudo foi compensado quando cheguei ao restaurante rústico com um Ac dos bons. Daqueles que nos faz tirar gemidos de satisfação.Para um final de semana, até que aqui está calmo, não que eu esteja acostumada a ver tanta gente. Meu tio, quis dizer, Lucílio nunca me proibiu de sair, exceto uma e outras vezes e com muita vigilância. Então essa é uma das liberdades das quais não estou acostumada.— Se eu soubesse que gostaria assim tanto desse lugar teria de convidada a primeira.— meus pés balançam na cadeira, enquanto meu sorriso vai do que acontece na rua, ao meu acompanhante. Estou de calças jeans rasgadas nós joelhos, sapatilhas vermelhas, camisa preta escrita a branco " King gângster" atrás da camisa está escrito " Sou dona da porra toda". Uma camisa bem ousada para meu pequeno encontro.Meus cab
Sabe porque odeio sexta-feira? Porque sexta feira é igual a congestionamento, caos, e tragédia. Só para não ser hipócrita, é o dia de muitas gorjetas.Ainda nem deu meio dia e estamos como loucos atendendo a clientela, provavelmente hoje ninguém terá dispensa antecipada. É uma gritaria na cozinha, e no balcão, mas na mesa agente tem que se comportar, ser gracioso.— Os pedidos da mesa seis foram trocados pela mesa quatro e se não querem problemas com o Gregory é melhor resolver essa merda!— Louis diz em pânico. Gregory é o gerente, e nos dias de muito movimento ele costuma aparecer, adivinha para que? Para bancar o bom gerente.— Calma caralho! Aqui está.— Laurinda bufa pelo nariz.— Três encomendas de bolo, um de maracujá outro de chocolate e um de... Maçã? Aqui tem maçã?— uma das nossas colegas grita pelo alto.É uma trabalheira, trabalhar num restaurante, agente só se safa de ébrios o resto vem em dosagem dupla. Por volta das quinze o movimento reduziu minimamente.— Alguém atende
Lucílio.— Olha não me interessa!— sinto seu corpo vibrando contra o meu, e essa sensação me deixa ainda mais louco — prefiro ser independente do que depender de si, não me custa nada trancar a faculdade e se você requerer judicialmente eu irei fugir.— Fuja!— segurei seu braço à puxando para mim, pela simples necessidade neurótica de a ter, de a sentir mais perto. — não abuse da minha boa fé garotinha, menta uma coisa na sua cabeça, de mim você não fuge, você não me conhece e te garanto que não irá querer me conhecer verdadeiramente. — essa é a primeira vez que fico louco pela simples fato de um projeto de mulher, decide se afastar de mim. Tento colocar na minha cabeça que é pela promessa que fiz a Mü, mas no meu interior eu sei que não, é por mim, porque eu só penso no meu benefício, maior parte das vezes. — quando eu decidir que essa brincadeira acaba, essa brincadeira acaba, você entende? — Eu não tenho medo de ti. Foda-se quem você é, e foda-se seu verdadeiro eu. — disse tropeç
Lucílio.Me aproximo deles a passos rápidos e sem os dar chance de reagir, jogo o mauricinho para o chão, o golpeando violentamente.— O que pensa que está fazendo!— ela começa a gritar, cogitando ir ajudar o amante. Mas seguro seu braço com força.— Calada.— o moleque tenta se levantar, mas lhe dou um vislumbre do inferno — No chão agora.Nem ele entende o que aconteceu com ele, e sem dar chance dele entender, nós teletransporto. No primeiro estante ela toma distancia de mim, como se pudesse se proteger de mim.— O que você fez com ele o devolva!— ela grita com raiva.— Eu disse calada. — segurei seu braço com força a arrastando até o sofá, onde ela tropeça e cai de costas. Antes que ela pudesse reagir, tomo seus lábios. Leves e macios, beijo sua boca como louco, como se eu pudesse a devorar por inteiro, e tirar toda a marca daquele moleque de seu corpo. Me separo por falta de ar, ela fica alguns segundos de olhos fechados, enquanto lágrimas marcam seu rosto.— Bem feito.— Porquê...
Nadire Bin Arzu.Num estante eu estava sendo bombardeada de informações, e no outro eu estava em minha cama num sono profundo. Sem sonho, sem pesadelo. Apenas no completo breu da minha mente.Na manhã seguinte quando despertei mal me reconheci, levantei-me da cama, até que trombei com um papel escrito." Meu irmão ficou de vir me levar para passar um tempo em casa, a saúde da minha mãe tem piorada, voltarei assim que puder. Ontem você dormiu cedo, hoje quis te acordar, mas seu cachorro ameaçou me morder, portanto não quis te incomodar. Eu não sei aqui horas está vendo essa carta, pois eu saí as doze de casa. Não irei me demorar, deixei as chaves em cima do balcão, e na despensa deve ter comida para um ano kkkkkkk brincadeirinha. Não bote fogo na minha casa, voltarei em breve.Mas uma coisa, Louis veio a sua procura ontem, não sei o que aconteceu entre vós, mas ele parecia preocupado e atordoado. Atenda as ligações do garoto, vocês formam um lindo casal.Beijos.By: da única pessoa qu
— Sim um anjo. Qualé? Pensa que só a humanidade evoluí? Eu não iria aparecer aqui de vestido branco celestial.— Mundano.— cuspi.— Não sou mundano. Sou um anjo.— disse com raiva — Anjo vulgar, anjo caído.— Arzu.— quando ele pronunciou meu sobrenome senti um impacto tão grande que poderia me ajoelhar — O Único anjo caído aqui, é o demônio que você está tentando encontrar. Deixe Lucifer em paz. Ele finalmente voltou ao inferno e aceitou te deixar em paz. Você não devia querer se misturar com ele.— Ele voltou... Porquê?— Era isso ou ele ia te consumir, te condenar.— Eu-Não-Me-Importo. Traga-o de volta já.— Não. Você não entende criança, ele é mau. Volte para Louis será feliz.— Eu não... deixe-me vê-lo.— Impossível. A única forma de o ver é morrendo.— Mate-me.Ele me olhou assustado.— Porque está disposta a ir tão longe por ele?— Porque eu preciso. Se minha mãe conviveu com ele, que sou eu para não seguir? Porque eu não posso?— ele segurou as minhas mãos.— São circunstâncias