Capítulo 34A descoberta da caverna e das inscrições ancestrais sobre as Lunas e os Alfas mudara tudo. Ao lado de Lucian, ela caminhava de volta para a cabana, com os olhos fixos à frente, mas a mente ainda mergulhada nas visões e sussurros que ecoavam dentro dela.As palavras das inscrições lhe mostraram verdades que até então ela desconhecia. Ser uma Luna era muito mais do que proteger os Alfas; era se tornar uma ponte entre eles e as forças místicas que mantinham a harmonia da ilha. Mas ainda havia lacunas, pedaços de um enigma que Bianca sabia que precisava resolver.Ao chegarem na clareira, os outros Alfas aguardavam em silêncio, captando a energia tensa que emanava de Lucian e Bianca. Eles se agruparam ao redor dela, formando um círculo quase ritualístico, como se instintivamente soubessem que algo importante seria revelado.Bianca respirou fundo, sentindo o peso do momento. Ela olhou para cada um deles, os rostos familiares e ao mesmo tempo desconhecidos, guerreiros leais e par
Capítulo 35 Bianca, com os olhos voltados para o céu, sentia o coração acelerar de forma inexplicável, assim que saíram da caverna. Ao seu redor, os alfas moviam-se com uma tensão nervosa que só ela conseguia perceber. Seus olhares eram furtivos, carregados de algo que ela não compreendia bem, mas que fazia sua pele arrepiar.Lucian aproximou-se, tocando seu ombro e a observando com uma expressão que misturava preocupação e determinação.— Sente isso? — Ele perguntou, os olhos escuros estavam brilhantes, analisando o horizonte.Ela assentiu, sem palavras. O ar estava denso, carregado de uma energia opressora, como se algo sombrio estivesse por vir. Sentia as mãos trêmulas, e mesmo que tentasse se acalmar, a sensação de ameaça parecia se intensificar a cada minuto.De repente, um brilho avermelhado tingiu o céu. A lua cheia, imponente e ameaçadora, surgia com uma cor de sangue, emanando uma aura maligna que parecia consumir a tranquilidade da noite.— O que é isso? — Bianca murmurou,
Capítulo 36Depois de quebrar o feitiço de Malakai Blackwood, Bianca, Lucian e os outros Alfas seguiram em direção ao vilarejo, ainda se recuperando daquela influência maligna. Ela ainda lembrava-se da sensação de desespero e medo que sentiu ao ver os alfas lutando entre si, dominados pelo feitiço de Malakai.Mas, com sua força e determinação, ela conseguiu entrar na mente deles e desfazer o encanto, restaurando o equilíbrio e a união entre os lobos.Agora, enquanto caminhavam, ela sentia uma mistura de alívio e preocupação. Sabia que Malakai não desistiria facilmente. E foi então que Lucian se aproximou.— Bianca, precisamos discutir nossa estratégia. Malakai vai tentar novamente. — falou preocupado.Ela concordou, de repente, um dos alfas, Aiden, se aproximou.— Há algo estranho aconteceu no vilarejo. Os lobos que estavam protegendo o vilarejo sumiram todos!Ela e Lucian se entreolharam, Bianca sabia que a maioria que estavam lá com ela, próximos a caverna, passaram por aquele momen
Capítulo 37Antes de sair com os outros líderes, atrás de Malakai, Lucian deixou Zephyr cuidando de Bianca. Ela sentiu sobre ela os olhares preocupados de Draven e Rykael, e a cada dia para ela ficava mais difícil negar o que sentia por ambos, mesmo estando com Lucian a quem amava também. Porém, naquele momento tudo que Bianca queria era se concentrar na recuperação de Kariel, por isso depois que eles saíram, ela se aproximou de Kariel e pegando em suas mãos, fechou os olhos e se concentrou chamando-o mentalmente:"Kariel, por favor, volte para nós." Falava em sua mente, mas sem resposta.Ela abrindo os olhos olhou para Zephir, e baixou o rosto, ele então notou que ela estava muito triste, por não estar conseguindo trazer Kariel de volta, mas levantando o olhar novamente para ele Bianca demonstrou uma nova determinação, ela não pensava em desistir. Tudo o que queria era libertar Kariel do transe. Enquanto refletia sobre como fazer isso, sentiu uma presença forte próxima a elaAo olha
Capítulo 38Bianca despertou com um sobressalto, o coração batendo tão forte que parecia ecoar pela cabana. Seu corpo estava coberto de suor frio, e o ar ao seu redor parecia pesado, denso, como se o próprio pesadelo se recusasse a deixá-la. A imagem de Malakai ainda flutuava em sua mente, com seus olhos sombrios e um sorriso cruel que parecia prometer destruição. Ela tentou recuperar o fôlego, fechando os olhos por um instante para afastar a sensação de perigo iminente, mas a sombra da presença dele ainda pairava em seu coração.Respirando fundo, ela deslizou as pernas para fora da cama, sentindo o chão gelado sob seus pés descalços. Enquanto olhava ao redor da cabana, a escuridão parecia mais opressiva, quase viva. Naquela manhã, a ilha parecia ter absorvido o eco do pesadelo, e o silêncio que preenchia o ar era mais inquietante do que qualquer som.A lembrança do olhar de Malakai, carregado de um desejo sombrio e incompreensível, não a abandonava. Havia algo sobre ele que a atraía
Capítulo 39A noite se despedia lentamente, e os primeiros raios de sol se insinuavam entre as copas das árvores, lançando uma luminosidade suave e dourada sobre a ilha. Um novo dia surgia, e com ele uma promessa de renovação pairava no ar. No entanto, para os alfas, o amanhecer trazia mais do que uma simples sensação de alívio; trazia também uma necessidade urgente de preparação, de fortalecimento interior. A partida de Lucian, um dos pilares da irmandade, deixara um vazio entre eles, e Draven sabia que, se quisessem proteger Bianca e a própria ilha, precisavam mais do que vigilância; precisavam de uma unidade inabalável, um espírito purificado.Draven, sempre atento às tradições e sabedor das forças místicas que sustentavam a ilha, decidiu convocar os alfas ao amanhecer para propor o ritual de purificação. Era uma prática antiga, quase sagrada, transmitida através de gerações e realizada em raríssimos momentos de necessidade extrema. A cerimônia permitia aos guerreiros reconectar-se
Capítulo 40O ritual de purificação da noite anterior ainda reverberava na mente de Bianca, como um eco distante, e ela sentia que algo profundo e inominável havia mudado dentro dela e, talvez, em todo o grupo. Era uma transformação sutil, mas ela a sentia pulsar como uma promessa de algo novo e poderoso.Saindo da cama, foi até a janela, onde pôde ver a ilha despertando. Seus olhos vagaram pelas árvores, e ela sentiu uma conexão inexplicável com tudo ao seu redor. A ilha era muito mais do que um refúgio. Sentia como se ela e aquele lugar compartilhassem algo misterioso, uma força ancestral que pulsava em cada árvore, em cada folha, em cada canto.Enquanto observava a paisagem, ouviu uma batida na porta. Surpresa, abriu-a e encontrou Rykael, que a observava com seu olhar sério, mas sereno.— Não queria incomodar. — Disse ele, em um tom baixo, hesitante, que não lhe era comum. — Mas senti que talvez você quisesse conversar... Sobre o ritual, sobre tudo.Bianca sorriu, assentindo.— Obr
Capítulo 41Bianca caminhava em silêncio ao lado de Draven, seus passos ecoando suavemente pelo chão coberto de folhas secas. O céu começava a se tingir de laranja, um prenúncio de que a noite logo se aproximaria. A uma semana da partida de Lucian e dos outros alfas, ela sentia uma inquietação crescente, uma necessidade inexplicável de buscar algo na floresta que a chamava como um sussurro suave, embora desconhecido.Ela não sabia ao certo o que procurava, mas sentia no fundo da alma que deveria ouvir esse chamado. Ainda assim, parte de si hesitava, razão pela qual havia pedido a Draven que a acompanhasse. Seu equilíbrio a fazia sentir-se segura.— Não esperava que me chamasse para uma caminhada tão longa a essa hora. — Comentou Draven, lançando-lhe um olhar curioso. — Você parece... Diferente hoje, Bianca. Como se estivesse em outro lugar.Bianca sorriu, mas o sorriso foi fraco.— Talvez eu esteja mesmo. Ou parte de mim, ao menos. — Respondeu, com uma leveza forçada. Respirou fundo,