POV: DAIMONAirys franziu o cenho, claramente desconfiada. Seus olhos analisaram cada movimento meu. Os dedos dela se fecharam aos poucos. Corpo preparado. Olhar atento."Ela aprende rápido." Fenrir aprovou com um rosnado baixo dentro da minha mente.— Você é uma presa interessante de caçar, pequena coelhinha. — Estalei a língua, provocando. Ela bufou alto ao ouvir o apelido, o rosto corando de raiva. — Me mostre o que aprendeu.— E se eu me recusar? — Ela ergueu o queixo. O sorriso dela era afiado. Desafiador. — Não quero lutar contra você.— Não é uma opção. — Rosnei, e avancei de imediato.Ela mal teve tempo de pensar. Ergui a perna num golpe rápido, mirando alto, mas ela reagiu a tempo se abaixando, saindo da minha linha de ataque. A rapidez me surpreendeu. O corpo dela deslizou para o lado, os cabelos platinados balançaram com o movimento. Seu olhar encontrou o meu, firme, ofegante.Ela arfava, o peito subindo com força. Seus olhos brilhavam com tensão e uma centelha de excitação
POV: AIRYSPulsei.Não entre as pernas. Era pior. Pulsei em pontos que não deveriam reagir só com um pensamento. Um pensamento idiota e ousado demais: Como seria a fome de Daimon Fenrir?Merda. Bastou isso para meu cheiro mudar. Eu soube. Ele soube.O olhar dele ficou mais denso, mais selvagem. Terroso. Lupino. Feroz.Ele me fitava como se já estivesse me despindo, sem mover um músculo. Sem dizer nada. Só com aquele maldito olhar."Predatório."Engoli em seco. A garganta secou.Se ele ao menos fosse feio. Se tivesse um defeito. Mas não, ele era aquele tipo cruel de bonito, com o charme bruto dos que sabem o que são e o que fazem. E fazem bem.Limpei a garganta, tentando recobrar alguma dignidade, ajustando a costura da camisa nos ombros dele. Os braços estavam ali firmes. Quentes. Tensos.E a minha vontade? Apertar. Morder. Marcar.Passar a língua por cada centímetro largo de ombro. Subir pelo pescoço até o maxilar... E afundar os dentes ali, só para ouvir o som que ele faria.— Não t
POV: AIRYSEngoli seco.— Você não é real. — Dei de ombros, caminhando até a cama. Na escuridão da floresta ao fundo, a fera negra de olhos vermelhos acompanhava cada um dos meus passos. Sua presença era uma sombra constante, um predador à espreita.— Hunf. E como eu deveria ser? — Em um movimento rápido, Daimon agarrou meu pulso e me puxou para a cama. Seu olhar percorreu meu corpo de forma lenta e deliberada. Foi então que me dei conta de que, naquele sonho, eu estava exatamente como fui dormir: nua. — É o seu sonho, humana. Me mostre o que deseja.Um arrepio me percorreu inteira. Ele parecia tão real. Seu toque, quente e firme. A presença dominante, quase esmagadora. Sua respiração era pesada, contida, carregada de intenção. Os rosnados baixos que escapavam de seu peito reverberavam em mim, fazendo meu corpo reagir de maneira incontrolável.— É mesmo apenas um sonho? — sussurrei, mordendo o lábio inferior, tentando conter o tremor na voz.Ele sorriu, revelando as presas afiadas. Se
POV: AIRYS— Pequena, isso é um pedido perigoso para se fazer a um lobo faminto. — A voz de Daimon soou grave, carregada de uma ameaça velada. Seus dedos envolveram meu pescoço, apertando com firmeza, mas sem machucar. Era um toque de posse, domínio puro. Seu olhar faiscante mantinha o controle absoluto da situação. — Não espere que eu decline se decidir começar.Minha respiração acelerou, mas forcei um sorriso malicioso.— É o meu sonho, certo? — Meus olhos se fixaram nos dele, naquele tom terroso mesclado ao escarlate, afundados em um desejo bruto e incontrolável. — Não há consequências, não é real.Daimon não se moveu por um instante, apenas me estudou com intensidade antes de aproximar o rosto, seu nariz roçando contra minha pele. A respiração quente fez cada fio do meu corpo se eriçar, enquanto suas presas raspavam levemente contra minha face.— Se está tão certa disso… — Sua voz era um rosnado rouco, carregado de algo que me fez estremecer. — Por que está tremendo?Mergulhando o
POV: AIRYS— Então me beije… e não pare. — Ofeguei, minha boca entreaberta, implorando silenciosamente pelo que eu sabia que viria a seguir.Um sorriso torto surgiu na curva final de seus lábios antes de ele tomar os meus com fome.O beijo começou bruto, rude, possessivo. Ele não apenas beijava, ele devorava, explorava, tomava o que queria, como um predador saboreando sua presa. Sua língua invadiu minha boca sem resistência, dominando o espaço, arrancando-me suspiros pesados entre um arfar e outro.Mas ele não parou.Seus dedos continuavam se movendo, me provocando, controlando cada centímetro do meu corpo. Sempre que eu chegava perto do ápice, ele diminuía os movimentos, mantendo-me à beira, me negando o alívio, prolongando o tormento.Quando finalmente abandonou minha boca, eu já estava sem ar, a respiração descompassada, o peito subindo e descendo de maneira frenética.Ele tombou a cabeça levemente, o olhar intenso preso em mim. A língua deslizou sobre suas presas afiadas antes que
POV: AIRYSA provocação foi inevitável.Me movimentei sobre ele, lenta, provocante.Suas garras arranharam minha pele em resposta, deixando uma trilha ardente por onde passaram.Um rosnado grave e ameaçador escapou de sua garganta.— Sou perigoso. — Declarou em um grunhido poderoso, sua voz firme e fria, carregada de uma intensidade que me fez estremecer.Ele não desviou o olhar nem por um segundo, como se estivesse tentando me avisar, tentando me dar uma chance de recuar.Mas, ao mesmo tempo, suas mãos apertaram minha cintura, guiando-me para mais um movimento provocante.O calor subiu em espiral pelo meu corpo, fazendo cada parte de mim vibrar com antecipação.Um arrepio percorreu minha espinha dos pés à cabeça, e ele percebeu.
POV: AIRYSMe virei lentamente, meu olhar encontrou o dele: intenso, implacável, prendendo-me como um predador observando sua presa. Meu peito subia e descia em respirações curtas, e a pressão dentro de mim crescia a cada segundo. As lágrimas ameaçavam escapar, queimando na borda dos meus olhos, mas engoli o nó na garganta, forçando-me a manter a firmeza na voz.— E o que isso significa, Daimon? — O chamei pelo nome, um apelo, um desafio, mas acima de tudo, uma necessidade desesperada de compreensão. O que estava acontecendo comigo? Com ele? Conosco?A pergunta ecoava em minha mente, reverberando em cada parte do meu corpo. “Quem nós somos?”Ele tombou levemente a cabeça, me avaliando em silêncio. O peso daquele olhar fazia minha pele arrepiar, minha respiração prender. Então, lentamente,
POV: AIRYSO ar se tornou pesado.Daimon se moveu antes que eu pudesse piscar.O estrondo preencheu a biblioteca quando seu punho atingiu a madeira ao lado da minha cabeça. O impacto foi tão feroz que a estante rangeu em protesto, os livros caindo em cascata ao redor de nós. Seu corpo irradiava calor, seus músculos rígidos vibravam com a contenção de algo primitivo.— Nenhum outro homem a tocará além de mim! — O rosnado saiu grave, gutural, carregado de posse.Seu olhar faiscava, o olho esquerdo cintilava em vermelho-sangue, enquanto o direito permanecia no tom terroso profundo. O contraste era hipnótico, feroz.Minha pele arrepiou quando uma de suas garras deslizou pelo meu queixo, erguendo meu rosto. Seu toque era quente, firme, dominante.Estremeci com sua explosão, sentindo a tensão densa que pairava entre nós. Seu peito subia e descia de maneira irregular, suas narinas dilatadas, os punhos ainda cerrados. Seu cheiro estava mais intenso, mais viciante.Algo dentro dele estava muda