POV: AIRYS
Um riso profundo e provocante vibrou no peito largo de Daimon, ressoando contra minha pele molhada e fria, causando arrepios intensos. Sua mão quente deslizou lentamente por meu ombro até meus braços, despertando uma tensão inquietante.
Com um movimento firme e rápido, ele me virou contra a parede fria embaixo da escada, prendendo-me com seu corpo robusto. Sua cabeça inclinou-se ligeiramente, enquanto seus olhos semicerrados percorriam lentamente cada traço do meu rosto, descendo sem pressa pelo meu corpo até minhas mãos feridas.
— Está socando de forma errada, pequena — Rosnou grave baixinho, voltando a encarar meus olhos, com intensidade dominadora.
— Devia ter visto a árvore — retruquei com sarcasmo, tentando me esquivar, passando por baixo dos seus braços, mas ele me deteve facilmente. Daimon agarrou meu qu
POV: AIRYSUmedeci os lábios, observando seu olhar acompanhar o gesto. Seu peito subia e descia de forma contida, mas eu podia sentir a tensão queimando sob sua pele. Inclinei o rosto, deixando minha boca roçar contra a dele, sentindo o calor de sua respiração quando sussurrei:— Eu não desisto, Alfa. — Minha voz saiu suave, carregada de algo mais profundo. — Apenas encontro outras formas de conseguir o que desejo.Antes que ele pudesse reagir, cravei os dentes em seu lábio inferior, mordendo com força o suficiente para sentir o gosto metálico do sangue. Suguei lentamente, provocando, saboreando. Um rosnado reverberou de seu peito, misturado a um gemido rouco, abafado, denso.Ele não recuou. Não me afastou. Não desviou o olhar.Me afastei devagar, deslizando o dorso da mão sobre os l&aa
POV: AIRYSAntes que pudesse processar qualquer coisa, um choque gelado percorreu minha pele. Gemei baixinho com a sensação e me levantei de sobressalto, o movimento brusco fazendo a dor pulsar em minha mão.Foi quando o vi.Daimon estava ali, sentado ao lado da cama, segurando minha mão firme entre as dele enquanto aplicava uma compressa de gelo. A coberta deslizou pelo meu corpo, revelando minhas curvas, e seus olhos vagaram lentamente por cada centímetro exposto. O ar pareceu ficar mais denso, carregado de algo que fazia minha pele formigar.— Ei! O que está fazendo? — Minha voz saiu cortante, mas não o intimidou.Ele não respondeu. Apenas continuou sua inspeção descarada, respirando profundamente, absorvendo meu aroma como se pudesse me ler através dele.Meu coração a
POV: AIRYSMeu corpo, traidor e sensível ao toque, reagia sem permissão: um arrepio subiu por minha espinha, minha respiração tornou-se rápida, e uma onda de desejo tomou conta de mim.— Estou intrigado em saber mais sobre quem você realmente é.Meu coração martelou forte contra o peito. Aquele homem era uma tempestade prestes a me consumir, e eu sabia que ceder seria um erro. Mas não pude evitar provocá-lo.— Alfa, você realmente é um homem confuso. — Sorri sem humor, mantendo o olhar firme no dele. — Não deveria se aproximar tanto, se não deseja se envolver.— Nunca disse que desejava o oposto.A confissão saiu bruta, sem hesitação, arranhando minha pele como uma promessa indomável. Um choque percorreu meu corpo, e estremeci ao sentir a proximidade crescente. Daimon inclinou-se, e seus lábios roçaram nos meus, provocando-me. O toque era faminto, repleto de intenção. Lentamente, a ponta de sua língua deslizou pelo contorno da minha boca, arrancando-me um suspiro involuntário. Seu sus
POV: AIRYSDeslizei os dedos sobre a marca cravada em meu ombro. O formato dos dentes ainda era visível, a pele sensível ao toque. Meu olhar percorreu o quarto vazio, mas havia compressas ao lado da cama e um bilhete cuidadosamente dobrado ao lado de uma flor branca, daquelas que nascem na neve."Use o lago da gruta sagrada para se recuperar mais rápido. O Beta a treinará todos os dias."A caligrafia era precisa, elegante, com traços curvados que transmitiam controle e firmeza.— Isso foi escrito pelo Daimon? — murmurei, franzindo o cenho. Como um homem tão bruto podia escrever de forma tão refinada?A imagem dele segurando uma caneta passou pela minha mente.“Como ela não quebrou em suas mãos?” O pensamento me fez sorrir, um riso breve e involuntário.Agarrei o robe e o enrolei ao corpo antes de sair pelo corredor, meus pés movendo-se com pressa na direção da gruta. Assim que entrei na água, um arrepio percorreu minha pele. O calor do líquido contrastava com a brisa fria que tocava m
POV: AIRYSMinha garganta secou, e eu virei o rosto, engolindo em seco, evitando aquele olhar penetrante. Num único movimento, tomei meu café de uma vez e me levantei rápida demais.— Vou encontrar seu beta para treinar. — O tom defensivo na minha voz não passou despercebido.Mal tinha dado um passo e me assustei ao notar Symon encostado preguiçosamente no batente da porta, os olhos baixos no celular. O susto me fez arregalar os olhos.— Mas como vocês conseguem se mover tão silenciosamente? — Bufei, irritada. — Chega a ser exasperante!Daimon rosnou baixinho, exibindo as presas afiadas em um sorriso repleto de presunção.— Humanos são barulhentos demais, pequena. — Sua voz era um rosnado suave, carregado de sarcasmo e desafio.Minha respiração falhou por um segundo quando ele deu um passo mais próximo, sua presença dominadora tomando todo o espaço ao meu redor.— Sua irmã sabia das torturas que você sofria?A pergunta dele me pegou de surpresa no instante em que eu estava me afastand
POV: AIRYSOs guerreiros assentiram, alguns trocando olhares que não me agradaram nem um pouco.Meu corpo estremeceu antes que eu percebesse, e minha mão agiu sozinha. Segurei o tecido da camisa de Symon, apertando forte.— Achei que você me treinaria! — sibilei por entre os dentes, cravando os dedos ainda mais em seu uniforme.Meu coração batia acelerado.A sensação de estar cercada, de ser um alvo… era sufocante.— Sou um Beta. Tenho funções mais importantes do que ser babá e treinador de presas. — Symon rosnou, sua voz carregada de tédio e desprezo antes de se afastar, voltando para junto dos guerreiros.Antes de sair completamente, parou e lançou um olhar de canto, um brilho malicioso dançando em seus olhos.
POV: AIRYSUma onda de calor subiu pelo meu rosto. O sangue latejava em minhas têmporas, e meu corpo reagia àquela afirmação com uma mistura de raiva e desconforto.— Eu o seduzi! — gritei, indignada, sentindo a pele incendiar.Symon apenas me observou, o humor em seu rosto se dissipando rapidamente. Seu semblante assumiu um tom sério, os braços se cruzaram, e sua postura ficou rígida.— Humana, ainda não percebeu que o Supremo está testando você? Avaliando cada detalhe seu, observando cada reação? — Sua voz se aprofundou, misteriosa. — Assim como foi no julgamento.Meu coração falhou uma batida. O peso daquelas palavras reverberou dentro de mim, como um trovão distante se aproximando rapidamente.— No julgamento? — Minha voz vaci
POV: AIRYSRindo, Jasper continuou as provocar:— Hamissa, quantos ciclos de acasalamento são precisos para entender o recado divino? — A voz de Jasper carregava um tom de divertimento perverso, seu olhar fixo, implacável, desafiando as lobas sem o menor traço de paciência.— Que recado divino? Seu soldadinho de merda! — Sther interveio, a raiva transbordando em cada palavra. Os olhos dela ardiam de fúria enquanto seus punhos se cerravam ao lado do corpo, pronta para um confronto.Jasper sorriu, aquele tipo de sorriso que gelava o sangue e despertava um instinto de alerta. Ele inclinou levemente a cabeça, deixando a escuridão de seus olhos se aprofundar.— O recado de que vocês não são dignas de um lobo ancestral. De um Fenrir. — Sua voz ressoou com provocação calculada.