Encontramos Elara do lado de fora da casa, dirigindo-nos em direção à floresta, caminhando tranquilamente.— Por que tinha que ser aqui fora? — Comentei, tremendo um pouco devido ao frio do inverno.— Você que quis vir... — Rosnou o Alfa, aproximando-se mais — Após o ritual de localização, transformarei e partirei para a fenda, onde rogarei à Deusa Lua.Assenti, seguindo-o.— Sente-se melhor, minha criança? — Indagou Elara, com um sorriso sutil nos lábios.— Sim, muito obrigada por sua ajuda. Não sei como te agradecer. — Aproximei-me dela e a abracei.— Fique segura e longe de confusão. — A bruxa sorriu, lançando um olhar para o Alfa e voltando para mim — Ao menos tente.Rimos juntas, fazendo-o semicerrar os olhos sem compreender.— Bruxa, vamos logo com isto! — Rosnou o rei Lycan, imponente.— Vamos aproveitar que a híbrida está aqui — Elara disse, segurando meu dedo — É apenas uma gota de sangue, será mais precisa a localização.Assenti em concordância.— Sangue de Estrelas, Trilha
As palavras de Harvey me fizeram estremecer, compreendendo sua relutância em ceder sua devoção total à Deusa.— Alfa, por favor... Deixe isto... — Antes de terminar e contestar, a Deusa desceu da pedra, caindo no chão em sua forma lupina.— Excelente, rei Lycan. — Em um movimento suave em direção à pedra, ela abriu a fresta para o submundo, onde os gritos desesperadores se tornaram mais intensos — Lembre-se, Alfa, para sair é necessário que você passe pelas casas de pecados com a alma antes de sair. O tempo lá dentro é diferente deste plano, e caso haja alguma ameaça de desequilíbrio ou fuga de criaturas, não hesitarei em te selar no purgatório.Ele assentiu, caminhando em direção à entrada, corri parando em sua frente.— Alfa, não faça isto! — Rosnei ameaçadora — Podemos arrumar outro jeito.— Humana, todos os desejos têm consequências. Aprenda a lidar com os seus — Rugindo, ele passou por mim, raspando o pelo em meu corpo e parando — Mantenho minha palavra, trarei seu pai de volta..
— A filha, em específico! — Lambert cerrou os dentes ao falar — Sou um alfa e pai falho; mereço meu destino.— Merece. — Concordei com um leve sorriso sinistro — No entanto, sua filha não compartilha dessa visão. Fale-me sobre os caminhos do purgatório que devemos seguir.— Este é um, Alfa amaldiçoado; estamos imersos no pecado da fúria... Daí as caçadas incessantes e a punição severa! — Ele explicou — Precisamos atravessar os Ceifadores até a próxima torre.— O que não está me contando? — Olhei de soslaio, captando suas reações — Há um guardião?— Claro que há. Em geral, quem se liberta desse pecado pode passar sem lutas..., Mas se pretende me tirar daqui, Rei Lycan, deve entender que não estou isento de meus pecados. — O lobo negro explicou.— Isso não me importa. O que devo esperar do guardião? — Rosnei, dando de ombros.— Quanta arrogância e prepotência. — Lambert lançou um olhar lascivo — Um lobo sobrenatural guarda o portão de saída, algo que você talvez nunca tenha visto ou enf
— Infelizmente, teremos que enfrentar esta guardiã, cuja fome é insaciável... É a própria personificação da gula! — Ele falou — Lycan, vendarei meus olhos e tamparei meus ouvidos; preciso que me guie nesta torre para que não sucumba à luxúria.— Agora confia em mim? — Respondi com ironia.— Quero ver Sophie uma última vez. — Ele sussurrou em uma confissão, abaixando a cabeça — Você não me fará mais mal do que este lugar. Não tenho nada a perder, e você precisa de mim para sair deste lugar.— Que seja! — Rosnei irritado. Não levou muito tempo para que a pata estivesse recuperada, apesar do local ainda doer.— A dor aqui é constante, nunca cessa. A cada ferida, mesmo que recuperado, a dor excruciante fica como lembrete! — Lambert me observou antes de se vendar com um pedaço de roupa.— Vi o que os Ceifadores fizeram com você. Está me dizendo que ainda sente a dor da sua pele sendo arrancada? — Analisei o lobo negro à minha frente.— Sinto todas as dores que já me infringiram aqui, todos
Abri os olhos, percebendo-me imóvel diante do portão, segurando Lambert, que tentava se soltar enquanto ainda estava vendado.— Rei Lycan? Rei Lycan? — Lambert me chamava.Apertei sua mão com firmeza, arrastando-o para fora daquele portão do purgatório. Ao nosso redor, gritos de pavor ecoavam, e senti a fera retornar ao meu ser. Olhei para trás e vi a Succubus em sua verdadeira forma, parada junto ao portão, toda cortada e ensanguentada, com olhos espantados.— Isto não ficará assim, Fera. Seu destino é no purgatório. Teremos nossa vingança! — A guardiã proclamou com uma ameaça estrondosa.Libertei os olhos de Lambert da venda improvisada. Ele ria ao me medir.— Até mesmo os amaldiçoados caem em tentação, não é mesmo, Rei Lycan? — Rindo divertido, o lobo negro virou-se para frente — Espero que tenha sobrado energia para confrontar a Gula!Olhei para baixo, percebendo a excitação pulsante em meu íntimo. Rosnei irritado, passando à frente do alfa caído com passos firmes.— A Sophie, esp
Ele assentiu, erguendo-se do chão com determinação.— Então vamos, estamos no último portão para fora deste lugar terrível. — Rosnei.— Parece um sonho sair daqui... — Lambert comentou — O que vai acontecer com a minha alma?— A Deusa decidirá se a absolverá ou se será uma alma vagante. — Expliquei.— Gostaria de ter tempo na terra para ficar com as minhas filhas. — Lambert comentou animado, e então percebi o que ele não sabia. O encarei sobre os ombros, ponderando se contaria, mas preferi ignorar.Nos aproximamos do portão, um rugido estrondoso e empoderado ecoou no ambiente. À nossa frente, meu falecido pai, Walker, emergiu do meio do pó de ouro reluzente.— O bom filho a casa torna. — Ele rosnou sarcasticamente — Sentiu saudades, filhote?— Este é o seu... — Lambert começou, mas o interrompi.— Meu pai! — Brandei enfurecido, até mesmo a fera se remexia dentro de mim. — Como veio parar aqui? E como se tornou um guardião?— Sou um rei poderoso, filhote burro, era de se esperar que eu
POV: SOPHIE— Ele já está lá dentro por tanto tempo... — Comentei, observando a fenda com preocupação — Será que não seria mais prudente eu oferecer minha ajuda?A Deusa, radiante em todo o seu esplendor, sorriu em resposta.— Não, pequena loba, este teste é para o Alfa amaldiçoado. — A Deidade fixou o olhar em mim com intensidade — Você não tem permissão para interferir!— Mas e se ele precisar de ajuda? Não posso simplesmente ficar de braços cruzados. — Protestei, cerrando os punhos.— O Rei Lycan sabe se virar; você conhece o poder que ele possui e está ciente da força de sua fera. — Elara respondeu, lançando um olhar ao redor — Só espero que não demore muito até seu retorno.— O tempo lá dentro é diferente do nosso... — A Lua comentou com elegância em sua fala arrastada — Provavelmente, se passaram segundos no purgatório, enquanto aqui ainda o aguardamos a mais de um dia desde a partida do amaldiçoado.— Lentidão do tempo... Eu li sobre isso em um livro de magia do clã das bruxas
Assoviando, Harry ria apressadamente enquanto avançava na minha direção com um olhar desafiador.— Olha só, como você é cheia de coragem. Mas sabemos que seu Alfa não está; farejamos sua magia reduzida! — Harry disse esnobe, aproximando-se lentamente devido à rajada de vento da tempestade — Não tememos sua loba!— Pois deveriam. Não imaginam sua força... Pergunte a Agatha! — Brandei, estufando o peito orgulhosa, encarando o espírito de minha irmã nas costas do beta.— A Agatha? — Henry perguntou curioso, chegando perto do escudo — Você é a Agatha.— Sou mesmo? — Sorri esnobe — Lobos realmente fracos por não notar a diferença.Ambos farejaram em minha direção, os olhos escureceram ressaltando a linha predatória; os irmãos se entreolharam, rosnando alto em raiva.— MALDITA, Você é a gêmea amaldiçoada! — Brandou o Alfa da lua de sangue — Como conseguiu ser exata...— Magia, lobo tolo! — Dei de ombros, alargando ainda mais meu sorriso — E aquilo foi apenas uma fração do meu poder.— Pare