— O que é isto? — Exclamei, saltando da cama enquanto a casa tremia por completo. Corri para fora, deparando-me com Isadora ajoelhada no chão, mãos fincadas na terra, desencadeando tremores intensos. Seus olhos, antes claros, agora estavam enegrecidos, enquanto Morgana e Sibila tentavam acalmá-la.— A guerra é inevitável — proferiu Isadora com voz distorcida e sombria. — As sombras pairam sobre este mundo, cobrindo-o com sua maldade. Ninguém estará seguro. Faça a luz escolhida emergir e ampliar, eu vos ordeno.Os tremores se dissiparam, os olhos de Isadora voltaram ao seu tom natural, e suas irmãs a ajudaram a levantar-se.— O que foi isso? — Indaguei, confusa, enquanto elas passavam por mim.— Uma visão dos ancestrais — explicou Sibila, parando diante de mim. — Infelizmente, eles não têm uma forma sutil de transmitir informações ou deixar claras suas vontades.— Não sabia que Isadora era vidente. — Murmurei, ainda perplexa.— Não é. Somos portadoras dos ancestrais e da magia. Isadora
Ao meu redor, a imagem parecia tremular com tons acinzentados, desprovidos de cores ou vida. O ambiente se desenrolava como um labirinto, onde criaturas das sombras assumiam formas de seres conhecidos, sussurrando meus medos mais profundos. Algumas delas emanavam raiva, enquanto outras buscavam me depreciar ainda mais.Como parte desse cenário sinistro, testemunhei uma das criaturas, assumindo a forma do mais velho Conan, ceifando a vida de Harvey com um sorriso possessivo. Estremeci, sentindo o aperto doloroso em meu coração.— Não permita que percebam seu medo, ou serão caçadas. — Isadora falava ao meu lado.— Para onde devemos ir? — A encarei.— Aqui é suficiente; não precisamos nos aprofundar na escuridão hoje. Estas criaturas à sua frente são as mais fracas, almas perdidas que sucumbirão. Manipule-as! — Isadora ordenou de forma imperativa.— Manipular? — Arregalei os olhos, confusa.— Sim, conduza a encenação dessas criaturas para algo que gostaria que representassem. Mas lembre-
Avançando em minha direção, pronto para atacar, posicionei-me defensivamente, mas um rugido retumbante reverberou por entre os lobos, imobilizando todos no lugar. Um lobo imponente, de pelagem negra contrastando com o peito branco, avançou com passos decididos em nossa direção, ultrapassando seu Beta para se posicionar à minha frente. Seus olhos irradiavam uma luxúria maliciosa, uma perigosa intimidade que indicava um conhecimento profundo sobre minha irmã.— Então, você teve a audácia de retornar! — Ele deu de ombros.— Alfa — inclinei a cabeça em sinal de respeito — Você já antecipava minha volta, não é verdade?— Ficaria surpreso com quantas vezes mulheres retornaram para os meus braços! — Rosnando, ele dirigiu-se aos seus lobos — Deixem-na passar.— Mas, irmão, não podemos confiar nela! — O Beta rosnou na minha direção.Harry passou por ele, rosnando alto em sua direção.— Eu disse, deixem-na passar! — Ordenou.Com um sorriso majestoso e provocador, passei por eles; Henry rosnava
Henry me conduziu até seu quarto, segurando-me pelos braços enquanto eu colocava a mão em seu peito nu, exibindo um sorriso sedutor.— Posso ir ao banheiro antes? A viagem foi longa, como mencionei! — Dei um sorriso charmoso.— Não demore, Agatha. Estamos te esperando há um tempo! — Henry sorriu, mantendo seus olhos fixos em mim.Ao entrar no banheiro, respirei fundo. Ao trancar a porta, comecei a me lavar, sentindo nojo de seus toques. Recordando da magia, sussurrei a fórmula de manipulação da mente, mantendo-a em minha mão.— Vamos lá, vamos conseguir! — Suspirei ao me olhar no espelho, sentindo-me suja, apesar de não estar traindo. Era como se estivesse sendo infiel ao meu alfa rabugento. — Estou fazendo isso por todos nós!Refleti para o espelho, reunindo coragem, e saí do banheiro com um largo sorriso sedutor. Henry se aproximou de maneira brusca, agarrando meu pulso com tanta força que temi quebrar, suas mordidas eram vorazes. Ao tocar sua pele, ele ficou sob o encantamento, e c
— Idiota! — Revirei os olhos. — Precisará de mais do que isso para me conter aqui.— Disse alguma coisa, bruxa? — O lobo que me empurrou para dentro me encarou feroz.— Disse que preciso de um banho e de descansar — O encarei firme. — Poderia sumir da minha frente logo?Rosnando, o lobo bateu a porta com força, trancando-a por fora e montando guarda.Depois da higienização, deitei-me para descansar; só precisava disso e nada mais. No entanto, minha loba era teimosa, sentia sua fúria sobre mim, rebelde e incontrolável!A senti explodir no peito, correndo por meu sonho, apesar dos meus gritos ecoando para que ela não fosse por este caminho. Não demorou muito para que encontrasse Harvey, desta vez mais cansado e levemente abatido; algo não parecia certo!Ele ergueu seus olhos em minha direção, a loba parou, recuando alguns passos e cedendo lugar à minha forma humana.— Agora você me larga aqui com suas bagunças — Rosnei, falando com ela que estava em silêncio.Se aproximando a passos fir
POV: HARVEY— Você é sempre inconveniente, fera! — Rugi em sua direção, lançando-o para longe, mas sua velocidade o fazia se aproximar rapidamente.— Alfa patético! — Brandou a fera. — Sua Luna fede a outros lobos, aos seus inimigos, e você ainda a protege.— Então sabe onde ela está? — Encarei-o firmemente, ciente de que a fera havia percebido seu paradeiro.— Desde os seus encontros secretos, sei da sua localização. — A fera ria entre as presas.— E claro que não cogitou me contar. — Rosnei, enfiando as garras em seu maxilar, que deslocou, fazendo-o se divertir com a dor.— Não compartilhamos segredos! — A fera revidou com mais uma patada, lançando-me longe. Arfei com a dor; sua força aumentava a cada instante. Havia notado que, com a proximidade da Hibrida, a fera havia ficado mais tempo contida. Isso mudou bruscamente após a sua partida. Algo em sua magia e essência era a chave para me livrar desse demônio.— Você não se livrará de mim. — A fera rugiu alto, andando de um lado para
Henry parecia ter terminado e saiu para preparar o plano de ataque. Fui sorrateira com a magia de localização, buscando Elisa que, para minha sorte, estava em sua prisão. Comecei a caminhar em sua direção, sentindo um puxão em meu pulso e algo me pressionando contra a parede.— Agatha... Sua bruxa maldita, você me enganou! — Rugiu o beta enfurecido. Estreitei os olhos sem compreender, vendo o espírito de minha irmã passar por trás dele, divertida com a cena, antes de desaparecer. — O plano era derrubar meu irmão juntos, por que tinha que querer aquele filhote? Tudo fluía bem!— Não sabia que era um lobo tão emotivo que guardava tamanha mágoa... — Sorri sedutora, alisando sua face — Se não tivesse tentado me matar, estaríamos reinando aqui juntos!— Então... foi por isso? — Ele arqueou as sobrancelhas esperançoso.— Por que mais seria? — Mantive os olhos firmes em sua direção — Pode me soltar ou terei que manipular a magia de novo?Suspirando, Harry se aproximou mais, inalando meu chei
Fui para o meu quarto, selando a porta com magia. Precisava descansar de fato. Mas antes, precisava saber como Harvey estava. Aquele tolo precisava ser alertado sobre o ataque; não queria que um dos nossos se ferisse.Marquei o solo com magia extracorpórea, uma necessidade premente me impelia à rapidez. Sentando-me no centro, entoava com determinação:— Conduzam-me até meu companheiro! — Exigi à magia que me guiava.Harvey mergulhava no rio, absorto em seu banho. Observando ao redor, percebi que estava sozinha em um local desconhecido. Consciente de que ele estava em movimento, caçando-me.— Sinto sua presença, humana... — Murmurou ele, sem erguer os olhos, farejando o aroma da magia extracorpórea.— Vejo que está ileso... Após o confronto com a fera! — Comentei na sua direção, virando o rosto para o lado, evitando encará-lo completamente nu; mesmo nesta forma, sentia-me corada.— O que quer aqui? — Rosnou impaciente o alfa, aproximando-se. Virou meu rosto para encará-lo — Ou vai dize