Oliver percorria densas florestas, acampamentos isolados, grutas obscuras e até mesmo imponentes montanhas em busca de Victoria e do filhote do Alfa. Sua incansável jornada parecia não ter fim, e a sensação de impotência ecoava em sua mente e coração. Ele temia as consequências iminentes que sua loba enfrentaria assim que o rei Lycan descobrisse seu paradeiro.Por uma feliz reviravolta do destino, a responsabilidade de caçá-los foi designada ao Beta. Oliver viu nisso uma oportunidade de persuadir sua companheira a devolver o filhote e a guiá-la na difícil decisão de abandonar a alcateia. Estava disposto a seguir seus passos, mesmo que isso significasse enfrentar desafios inimagináveis.Farejando o ar com agilidade, Oliver percebeu a presença de Victoria. Ela surgiu próxima a uma imponente rocha, diante de uma caverna, encarando-o. Ele compreendeu que sua loba desejava ser encontrada por ele.— Victoria... — disse Oliver ao se aproximar e parar diante dela.— Beta! — respondeu ela, ced
— Nunca estive tão sã em toda a minha vida — Ela rosnou de volta — Se me ama, junte-se a mim!— Eu amava aquela doce Victoria, não essa que está machucando o próprio sobrinho e segue disposta a matar seu povo por uma vingança que não trará seu amado de volta! — Bradou Oliver, agarrando firme Victoria pelos ombros, cravando suas garras nela — Mostre-me onde está Conan. Eu o levarei de volta comigo, e você... Suma de uma vez antes que o Alfa a encontre!— Quanta benevolência, Beta — A voz sombria ecoou de dentro da caverna, vindo em direção a eles — Estava vendo o espetáculo de vocês... É, patético!O odor de podridão impregnou o ar, sufocando o ambiente em que estavam. A bruxa lançou o Beta para longe, rindo sombriamente enquanto se aproximava. Victoria parou à sua frente, em posição defensiva.— Deixe-o em paz. Ele não faz parte do plano! — Disse ela para a bruxa.— Mas é um excelente aperitivo para as Sombras, tão forte... — Passando a língua nos dentes podres, a bruxa o encarava.—
— E quem foi o responsável por isso? — Perguntei, arregalando os olhos em confusão.— Elisa, uma descendente indireta nossa. — Morgana explicou.— Indireta? — Questionei, franzindo a testa.— Isso significa que ela não nasceu com a magia dos ancestrais, mas foi abençoada por eles para poder utilizar seus poderes. — Isadora revirou os olhos enquanto falava com desdém.— Entendi. — Suspirei. — E Conan? Ele pode ter herdado a magia dos ancestrais? Também é um híbrido, correto?Um silêncio tenso pairou no ar enquanto todas se entreolhavam.— Isso ainda é incerto, tanto para os ancestrais quanto para nós. Até mesmo o Destino não revelou nada sobre Conan; sua irmã possuía traços bruxos mais marcantes, e em seu caso, Sophie, não esperávamos que os lados lupino e bruxo fossem igualmente intensos. — Morgana observou atentamente.— Temos uma teoria; dependendo de como o filhote crescer, ele pode se tornar a chave para o equilíbrio total entre as espécies! — Sibila comentou.— Ou a causa da dest
— Eu não deveria estar aqui... — Sussurrei, envolvida por sua áurea, embargada pela saudade.— Você nunca deveria ter ficado longe! — Harvey rosnou impaciente, passando a língua sobre meus seios, mordiscando a roupa que no sonho usava — Apresente-se a mim como no dia de sua transformação!Sua ordem surtiu um efeito diferente; me encontrava completamente nua à sua frente, seus olhos estavam em chamas, o Alfa passava a língua pelos lábios com malícia.— Como? — Suspirei, cobrindo o corpo com as mãos.— O sonho é meu — Ele se aproximou, tirando minhas mãos para me analisar de cima a baixo — Assim como você!Me puxando pelo quadril, Harvey tomou meus lábios com força, mostrando seu domínio. Minha loba rugia eufórica por seus toques. Mordendo meus lábios inferiores, ele agarrou meu cabelo, puxando minha cabeça para o lado e lambendo a pele exposta do meu pescoço.Suspirei com seus toques ousados, sentindo minha intimidade pulsar. Agarrei seus braços fortes, alisando-os com as garras enquan
— O que é isto? — Exclamei, saltando da cama enquanto a casa tremia por completo. Corri para fora, deparando-me com Isadora ajoelhada no chão, mãos fincadas na terra, desencadeando tremores intensos. Seus olhos, antes claros, agora estavam enegrecidos, enquanto Morgana e Sibila tentavam acalmá-la.— A guerra é inevitável — proferiu Isadora com voz distorcida e sombria. — As sombras pairam sobre este mundo, cobrindo-o com sua maldade. Ninguém estará seguro. Faça a luz escolhida emergir e ampliar, eu vos ordeno.Os tremores se dissiparam, os olhos de Isadora voltaram ao seu tom natural, e suas irmãs a ajudaram a levantar-se.— O que foi isso? — Indaguei, confusa, enquanto elas passavam por mim.— Uma visão dos ancestrais — explicou Sibila, parando diante de mim. — Infelizmente, eles não têm uma forma sutil de transmitir informações ou deixar claras suas vontades.— Não sabia que Isadora era vidente. — Murmurei, ainda perplexa.— Não é. Somos portadoras dos ancestrais e da magia. Isadora
Ao meu redor, a imagem parecia tremular com tons acinzentados, desprovidos de cores ou vida. O ambiente se desenrolava como um labirinto, onde criaturas das sombras assumiam formas de seres conhecidos, sussurrando meus medos mais profundos. Algumas delas emanavam raiva, enquanto outras buscavam me depreciar ainda mais.Como parte desse cenário sinistro, testemunhei uma das criaturas, assumindo a forma do mais velho Conan, ceifando a vida de Harvey com um sorriso possessivo. Estremeci, sentindo o aperto doloroso em meu coração.— Não permita que percebam seu medo, ou serão caçadas. — Isadora falava ao meu lado.— Para onde devemos ir? — A encarei.— Aqui é suficiente; não precisamos nos aprofundar na escuridão hoje. Estas criaturas à sua frente são as mais fracas, almas perdidas que sucumbirão. Manipule-as! — Isadora ordenou de forma imperativa.— Manipular? — Arregalei os olhos, confusa.— Sim, conduza a encenação dessas criaturas para algo que gostaria que representassem. Mas lembre-
Avançando em minha direção, pronto para atacar, posicionei-me defensivamente, mas um rugido retumbante reverberou por entre os lobos, imobilizando todos no lugar. Um lobo imponente, de pelagem negra contrastando com o peito branco, avançou com passos decididos em nossa direção, ultrapassando seu Beta para se posicionar à minha frente. Seus olhos irradiavam uma luxúria maliciosa, uma perigosa intimidade que indicava um conhecimento profundo sobre minha irmã.— Então, você teve a audácia de retornar! — Ele deu de ombros.— Alfa — inclinei a cabeça em sinal de respeito — Você já antecipava minha volta, não é verdade?— Ficaria surpreso com quantas vezes mulheres retornaram para os meus braços! — Rosnando, ele dirigiu-se aos seus lobos — Deixem-na passar.— Mas, irmão, não podemos confiar nela! — O Beta rosnou na minha direção.Harry passou por ele, rosnando alto em sua direção.— Eu disse, deixem-na passar! — Ordenou.Com um sorriso majestoso e provocador, passei por eles; Henry rosnava
Henry me conduziu até seu quarto, segurando-me pelos braços enquanto eu colocava a mão em seu peito nu, exibindo um sorriso sedutor.— Posso ir ao banheiro antes? A viagem foi longa, como mencionei! — Dei um sorriso charmoso.— Não demore, Agatha. Estamos te esperando há um tempo! — Henry sorriu, mantendo seus olhos fixos em mim.Ao entrar no banheiro, respirei fundo. Ao trancar a porta, comecei a me lavar, sentindo nojo de seus toques. Recordando da magia, sussurrei a fórmula de manipulação da mente, mantendo-a em minha mão.— Vamos lá, vamos conseguir! — Suspirei ao me olhar no espelho, sentindo-me suja, apesar de não estar traindo. Era como se estivesse sendo infiel ao meu alfa rabugento. — Estou fazendo isso por todos nós!Refleti para o espelho, reunindo coragem, e saí do banheiro com um largo sorriso sedutor. Henry se aproximou de maneira brusca, agarrando meu pulso com tanta força que temi quebrar, suas mordidas eram vorazes. Ao tocar sua pele, ele ficou sob o encantamento, e c